A Ponte Binacional, que interliga o Amapá à Guiana Francesa no extremo norte do Brasil, ficará pronta em agosto. No entanto, a tão sonhada integração entre os povos brasileiro e francês através da fronteira ainda está longe de ser uma realidade. Muitas questões ainda têm que ser discutidas. As questões diplomáticas estão sendo tratadas entre os governos Brasileiros e Francês. Os parlamentares amapaenses (Federal e Estadual) estão pontuando os problemas e tentando resolver nas esferas competentes. Porém, os gestores executivos dos países fronteiriços e a sociedade comercial estão discutindo as parcerias comerciais a serem executadas pelos povos amigos.
Os numerosos problemas da região que estão na alçada do governo estadual amapaense e da Guiana Francesa, estes estão evoluindo. Tanto que uma delegação francesa esteve no Amapá para alinhavar assuntos de interesse comum e foi recebida pelo chefe do Gabinete Civil do Governo do Amapá, Kelson Vaz, representando o governador Camilo Capiberibe.
Uma reunião foi realizada no Palácio do Setentrião que teve a participação do titular da Secretaria de Estado da Indústria, Comércio e Mineração (Seicom), José Reinaldo Picanço, foram debatidos vários assuntos para a cooperação entre o Estado e a comunidade francesa. Entre os temas discutidos estão o alinhamento da relação comercial entre o Amapá e a Guiana Francesa, Turismo, Segurança, Saúde, Educação, entre outros setores importantes.
Na ocasião o chefe da Casa Civil amapaense explanou sobre as realizações que estão acontecendo no município de Oiapoque, município amapaense que por meio da Ponte Binacional, será a única ligação entre o Brasil e a o Platô das Guianas, que pertence à comunidade européia. Kelson Vaz discorreu sobre a BR-156, reordenamento territorial e a segurança na fronteira entre os dois países.
O conselheiro da delegação francesa, Fabien Canavy, esclareceu aos membros do Poder Executivo amapaense que além do interesse em firmar parceria, que a vinda da comissão ao Estado foi para sorver conhecimento sobre a Piscicultura amapaense e a fabricação da farinha local, técnicas que os franceses têm interesse em implantar em seu país.
Ao analisar o encontro, Fabien Canavy, disse que o evento marcou uma retomada do diálogo e colaboração entre vizinhos. Segundo ele, existia cordialidade entre Amapá e Guiana Francesa na época do governo de João Alberto Capiberibe, mas que a relação internacional ficou estagnada, durante os oito anos da gestão passada. “Por conta de nossas condições geográficas, peculiaridades e semelhanças com o Amapá, existem técnicas amapaenses mais úteis para nós do que especialidades européias. Estamos felizes com a boa vontade do Governo do Estado do Amapá. Essa aproximação não existiu durante a administração passada. Essa atitude política só existia na época da gestão de João Alberto Capiberibe”, pontuou Fabien Canavy.
Além de Fabien Canavy, a comissão era formada pelo prefeito de Camapy, município guianense indígena, René Monnerville, o secretário de Economia da Guiana, Roland Loe-Mie, a responsável pela comunicação da delegação, Katiana Larance e seis presidentes de associações de classe do Platô das Guianas
Convite
O chefe da Casa Civil, Kelson Vaz e o secretário de Estado da Indústria, Comércio e Mineração convidaram a delegação a participar da Feira Agropecuária do Amapá, que será realizada em setembro de 2011. De acordo com José Reinaldo Picanço, o evento tem como missão, além da exposição de produtos locais, restabelecerem a relação entre o Estado e os parceiros econômicos do Amapá.
Encaminhamentos
Ao final da reunião, o chefe do Gabinete Civil determinou como encaminhamentos o agendamento de visitas da comissão a criadouros de peixe e casas de produção de farinha. Kelson Vaz disse ainda que o Amapá está de portas abertas para os vizinhos franceses e que é de interesse do Poder Executivo estreitar as relações entre o Estado e o Platô das Guianas, em todos os setores. “A comissão veio buscar experiências na nossa Agricultura Familiar, como elementos fármacos, essências, sementes e produção de farinha, além da criação de peixes. Abriremos as portas de nossos setores competentes e cooperativas que atuam nas áreas de interesse francês. Iremos estabelecer uma relação direta, sem intermediários, para realizarmos negócios e parcerias de interesse mútuo”, disse Kelson Vaz.
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