Nesta última semana, a população brasileira ficou a par de nova falcatrua política. Os amapaenses, por sua vez, têm motivos em dobro para se lamentar: raramente vemos o Estado em destaque nacional, e então, quando isto acontece, é para ser envolvido em esquemas de corrupção.
Não faz muito tempo, nesta mesma coluna, implorava-se por investimentos em infraestrutura, turismo e entretenimento no Amapá. Agora sabemos por que nada disso ocorre. Além do pouco entusiasmo político, a verba requerida para tal investimento é usurpada.Sob a alegação de corrupção no Ministério do Turismo, 35 prisões já foram feitas, desencadeadas pelo desvio de verba de convênios com o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi). Os contratos entre Ministério e Ibrasi, para atuação no Estado do Amapá, devem-se a duas emendas parlamentares de autoria da deputada federal Fátima Pelaes (PMDB-AP). Mais de R$ 4 milhões – em teoria, destinados à “qualificação de profissionais associados ao segmento de turismo no Amapá” – foram parar nos cofrinhos de outrem.Sabemos, por larga e triste experiência, que esse burburinho ainda vai dar muito “pano pra manga”, e que o dinheiro, ao contrário, continuará “desaparecido”.
Contudo, deixemos momentaneamente de lado esta confusão; embora ainda a usemos para discussão mais nobre: É fundamental que todo cidadão se dê conta de que assumir uma postura ignóbil, como a de muitos políticos por aí, não constitui a melhor forma de sobreviver, mesmo em meio a uma realidade de fraudes e contradições.Apesar de difícil, não podemos deixar que esse “jeitinho brasileiro” impregne a vida em sociedade e nosso cotidiano, invada nossas casas e nos transforme em pessoas desprezíveis, de conduta duvidosa. O “jeitinho brasileiro” é o que nos faz empurrar tudo com a barriga, esquecer o que cada político já fez de sujo, e muitas vezes até imitar tal proceder.Não podemos parar de nos questionar e corrigir, nem cansar as tentativas de mostrar nosso melhor. Não falo sobre adotar uma ilusória postura politicamente correta, o que seria hipocrisia. Mas devemos persistir na honestidade, sobretudo nós, jovens, os encarregados de construir outros pensamentos e atitudes para o futuro.Há pouco tempo, minha professora de redação, Josi Dias, comentou em sala de aula sobre estudantes universitários que se usam do plágio em suas monografias e trabalhos. Eles copiam tudo da internet, de outros autores, dando apenas alguns retoques e “melhoradas” nas obras, e mal sabem que, ao invés de colecionar sucessos, estão é maculando a si mesmos e subestimando suas próprias capacidades.Ao contrário desses exemplos, é essencial e inestimável que busquemos agir com legitimidade. Temos a obrigação moral de não nos deixar corromper. Senão, tudo o mais será vão. Enfim, são mais algumas palavras de minha professora Josi, as quais falaram comigo enormemente, que gostaria de deixar gravadas em meus leitores e amigos de juventude: “Ajam com ética. Ajam com ética, principalmente, com vocês mesmos”. Para que assim não nos tornemos meros plagiadores das práticas corruptas dessa súcia que empesteia o Brasil.
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