sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Cai a máscara e a placa da falsa ICOMI

 Roberto Gato
O jornal Tribuna Amapaense tem se dedicado a investigar o imbróglio do manganês no Amapá. Uma fortuna empilhada em terras de Santana e Serra do Navio, minas a serem exploradas no município serrano e tudo está parado em função de um litígio eterno. Entra e sai ano e a justiça tem sido a mediadora dessa contenda que diz de perto a todos nós amapaenses.
Rememorando
Como já foi fartamente publicado por este jornal, essa confusão teve início em 1997 quando o Estado do Amapá não aceitou receber o espólio da ICOMI, que anunciava a falta de interesse de continuar operando na exploração do Manganês de Serra do Navio e a crise chegou ao ápice em 2003 quando a ICOMI foi vendida para o “dublê de empresário” Jorge Augusto Carvalho por R$ 1. Com a empresa Alto Tocantins de propriedade de Jorge Augusto assumindo a responsabilidade de responder por todo o passivo da ICOMI e repassar U$ 1 americano aos netos de Augusto Antunes por tonelada de manganês vendido.
Dessa data em diante o manganês da ICOMI virou objeto de negociação nebulosa. Essa verdadeira novela cujo enredo é a falsidade ideológica se arrasta para alguns milhares de capítulos e cada episódio o “serialbussines” Jorge Augusto foi fazendo vítimas. E paralelo a esse enredamento de falcatruas e negociatas, pessoas foram abocanhando parte do manganês deixado pra trás pela ICOMI, recebendo créditos junto a Alto Tocantins por dívidas que esta empresa constrói por não pagar nada que convenciona.
Último Capítulo
A decisão da juiza Joenilda Lobato Silva Lenzi da Vara Única de Serra do Navio, prolatada no dia 19 de setembro, (conforme fax smille ao lado) determinando a reintegração de posse da área de 2.16/420,00m2 situada no município de Serra do Navio em favor da empresa Ecometals Manganês do Amapá Ltda ao que tudo indica vai por fim a saga de Jorge Augusto. Ele negociou a área e todo o minério nela existente por três vezes. Recebeu e não entregou nenhuma vez para a empresa Ecometals Manganês do Amapá Ltda.
Com a decisão em mãos funcionários da Ecometals acompanhados de oficial de justiça foram receber a propriedade, ocupada de forma indevida pela nova parceira (ou vítima) de Jorge Augusto, a Durbuy Natural Resources.
Segurança Jurídica
A decisão da juíza Joenilda Lenzi restabelece um cenário indispensável para o fortalecimento do setor empresarial do Estado do Amapá. A segurança jurídica. Sem essa garantia não existe ambiente para se fazer negócio. Qual o investidor nacional ou internacional que quer vir para um Estado onde um golpista triunfa impunemente por quase 10 anos e se valendo de bons operadores do direito que militam no Amapá, como o advogado Marcelo Porpino, Jean Houat que vão encontrando nas filigranas da legislação brasileira razões para irem prolongando a sobre vida deste “dublê de empresário.” Nenhum!
Estelionato empresarial

O que este periódico denunciava, ficou evidenciado na placa que fora colocada na entrada da área que eles, a Durbuy Natural Resources e Jorge Augusto ocuparam indevidamente. É importante o leitor perceber na seqüência de fotos que a cada movimentação da Ecometals na justiça, a placa identificativa da falsa ICOMI ia sendo modificada.
Essas pessoas na verdade deveriam ser presas, tamanha é a cara de pau com que enganam ou tentam enganar a sociedade amapaense. Mostramos na edição passada documento confidencial que recebemos na redação que é eles mostram em outros países do plano de negócios da Durbuy no Amapá. Aonde eles chegam ao despautério de afirmar que possuem reservada provada de 300 milhões de toneladas de manganês, quantidade de minério que a ICOMI passou 47 anos explorando e não atingiu essa quantidade.
Por último num absurdo maior e uma afronta a justiça brasileira e inclusive a Polícia Federal, eles colocaram em uma das placas, como os senhores leitores podem observar, entre a identificação de documentos que legitimam o direito que eles alegam ter para explorar o manganês é, pasmem! Um Decreto Presidencial sem número.
O jornal Tribuna Amapaense em razão deste trabalho investigativo continua recebendo inúmeros documentos relativos a esta tentativa de estelionato empresarial que esses sujeitos estão tentando aplicar no Amapá, cujas conseqüências são extremamente catastróficas para a sociedade amapaense, em especial a de Serra do Navio e Santana.
Na próxima edição o jornal vai mostrar que são os verdadeiros sócios da Durbuy e o que eles fazem na Inglaterra. Já temos o dossiê em mãos.  


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