segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Dossiê - Vicente Cruz

A caminhada das “Mãos Limpas” e a miséria da hipocrisia

No último dia de 10 de setembro a massa do governismo do Estado ensaiou uma caminhada pelo centro da cidade, denominada “Mãos limpas-01 ano”, sob o pretexto de repúdio à corrupção. Referia-se, logicamente, a operação deflagrada pela Polícia Federal que há um ano levou presos vários políticos locais, dentre eles, o ex-governador Waldez Góes, o governador em exercício Pedro Paulo de Carvalho e vários secretários de Estado. As prisões preventivas e temporárias, visavam preservar provas de supostas corrupções ocorridas no governo anterior. Segundo os mentores do movimento a manifestação tinha por objetivo dizer não à impunidade e postular pela condenação dos responsáveis pela lesão ao erário e inibir atos de corrupção no Estado.
A meninada da juventude socialista abraçou o movimento como guerrilheiros valentes prontos
a enfrentar as intempéries de uma “revolução”. O Senador, não empossado, João Alberto Rodrigues Capiberibe, foi um dos entusiastas do movimento. Em seu twitter, concitava os amapaenses a participar do evento para jugular os malfeitos do governo da “harmonia”.
Para ele os malfeitores do povo precisavam ser responsabilizados pelos atos de vandalismo perpetrados no exercício da gestão. Pronto. Acabava aí a seriedade do movimento. Aliás, não era possível emprestar um dedo de legitimidade ao movimento, visto que fora parido no seio da militância governamental com logística e tudo.
O Senador João Alberto Capiberibe, já se disse, é uma raposa na política. Sabia que o movimento não era popular, contudo, procurou convencer a militância que a coisa era séria usando, para tanto, sua eficiente retórica revolucionária. Ora, a operação “mãos Limpas” fora o principal braço político da eleição de seu rebento que figurava antes de sua deflagração num humilde quarto lugar, sem qualquer possibilidade de alcançar a vitória. A operação “mãos Limpas” até hoje não convence o mais hesitante analista político de que sua execução tinha o real objetivo de prender corruptos. Cogita-se que fora verdadeira estratégia política que visava eliminar adversários, intento que fora alcançado com louvor. Assim, o movimento era e comemoração do objetivo da operação e tentativa de legitimação de sua ocorrência.
Mas houve um erro primário e grosseiro. O senador João Alberto Rodrigues Capiberibe jamais poderia ser o líder do movimento. Ora, a bem pouco tempo atrás fora condenado pela Justiça  eleitoral por corrupção eleitoral, situação jurídica que lhe surrupiou o mandato, nada obstante  duas tentativas de desqualificar a decisão da justiça. Num segundo momento fora alcançado pela “Lei dos Fichas Limpas”, em razão da mesma condenação, sendo salvo pela interpretação certeira do STF que afirmou que a lei só valia para a eleição subseqüente. Se o intento do  movimento era combater os corruptos o Senador estava na mira do movimento. Pelo princípio  da não-contradição uma coisa não poder ser e não ser ao mesmo tempo. Não poderia o Senador atirar em si mesmo ou, do contrário, seria um movimento suicida e autofágico. Lobo comendo lobo.
O melhor foi que a sociedade não embarcou na idéia e o movimento foi só um encontro frustrado de “companheiros”, vazio de adesistas e de conteúdo. A “Operação Mãos Limpas”, e fato, jamais poderá ser esquecida pelos séquitos do atual governo, eis que lhe outorgou um mandato que não estava nos planos políticos da “mudança”. A indagação que fica para a história é se a operação policial deu-lhe o mandato como conseqüência de uma caça aos corruptos ou se fora estratégia política que usou o aparelho repressivo do Estado como instrumento de conquista do poder? A história dirá.
O movimento, contudo, lembrou um fato pitoresco recente ocorrido no Senado Federal travado entre os Senadores Jader Barbalho e Antônio Carlos Magalhães. O Senador baiano de truculência apurada no azeite de dendê, ao usar a tribuna, deitou falação no adversário paraense, cujo cinismo é temperado com goma e jambu, e ao encerrar sua manifestação tachou o colega senatorial paraense de corrupto contumaz. Jader Barbalho, com cara de mau e de injustiçado, retrucou com a altiva elegância paroara: “ - taí uma prostituta falando de castidade!”. O movimento “Mãos Limpas.01 ano”, foi isso, prostituta falando de castidade na lógica do impagável Senador paraense Jáder Barbalho. A hipocrisia tem suas misérias, meu caro!

RABISCOS
O movimento “Mãos Limpas.01 ano” foi uma farra total. Encontro da militância governista. E o povo nada, nada!!!/// Senador João Capiberibe comandou a meninada que, pela idade, não se lembra da cassação do chefe. Pode, juvenal?//// Ministério Público faz cara de mau para a Assembléia e diz que a ação do ministério público vai continuar. Essas condutas sempre desembocaram em crises incontornáveis. Olha a lição de Jader Barbalho! Em qualquer administração tem um cheiro de excremento. É bom não cultivar vento.////Deputado Moisés Souza, Presidente da AL não tem medido esforços para controlar os excessos. Mas a galera estimula a briga. Então agüente, sem remorsos!!!///E o Secretário Zé Miguel, hein, posando de ditador do Cabralzinho? Ora, me erra “vida boa”//// Agora quem faz buraco asfaltado é a CAESA e a ADAP. Prefeito, mais uma vez, mande essa turma tapar os buracos. Mas tapar muito, como diz o perdulário que frauda carnaval e vive na goteira na “Confraria da Celina”////Lei anti-Popó ainda na ordem do dia. O “Bisteca” aciona a militância para aprovar a lei anti-cultura. Quem te viu, hein, do bem?///Nem Bispo, nem pastores, na caminhada das “Mãos Limpas”. Os religiosos quiseram distância. Por que, meu caro???//// Prefeito Roberto Góes lutando para que Amapá Garden seja realidade. Geração de emprego e renda. Avante!!!. Periferia agradece////Prefeitura de Macapá, alcança menor índice de infestação do mosquito da dengue. Trabalho sério frutifica////Fernando Canto cabisbaixo com rendimento do escriba laguinhense. Vou vencendo o desafio. A propósito, o chileno vai sair? Quero sentir o aroma.////Rua Leopoldo Machado ta ficando um primor. EMTU funcionando. Turma do pincel mandando ver...///E a imprensa PINK, aquela que bajula até os talos, lê meia página do almanaque abril e se acha, como vai? Alguma nota sobre a caminhada da hipocrisia? Nem pimbas. Preservando o horizonte!!///Deputado Moises Souza azeitando o rifle. Vem bala por aí.!!////Roberto Góes me pergunta pelas prostitutas. Falando de castidade, meu caro, com a maior cara de madeira////bye

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