segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Materia de Capa

Estelionato empresarial

Cai a máscara de Jorge Augusto e seus parceiros
 Roberto Gato
Da Superintendencia

O jornalismo investigativo do Jornal Tribuna Amapaense continua firme no propósito de trazer a luz os obscuros negócios no campo mineral que vêm sendo feitos em série pelo “empresário” Jorge Augusto e os parceiros que representam a Durbay Natural Resources em função das pilhas milionárias de manganês deixado pela ICOMI.

Com a série de reportagens sobre o fato, desnudando a origem nebulosa da venda da ICOMI para Alto Tocantins, os sucessivos golpes dados em parceiros que caíram na ardilosa conversa de Jorge Augusto e, por último, o estelionato empresarial que está sendo executado com a maestria costumeira por Jorge Augusto e seus sócios o jornal começou a ganhar adeptos nessa verdadeira cruzada cívica pela defesa dos interesses do Amapá que até agora  tem sido o maior prejudicado com o impasse na solução desse imbróglio que já dura quase dez anos nas gavetas da justiça amapaense.

Durante o final de semana recebemos na redação do Tribuna um envelope contendo um documento chave que coloca as claras como esse consórcio opera no mercado financeiro nacional e internacional vendendo o que não possuem, cujo título é Summary of Durbuy projects in Brasil (Resumo dos Projetos da Durbay no Brasil). Que projetos?

A foto que mostra dois homens trabalhando, são na verdade técnicos da Ecometals. A foto (1) trata-se de Steven Macmullan e o da foto (2) é Jefferson Carvalho.
No documento eles afirmam que a meta é buscar a quantia de U$ 50 milhões no primeiro estágio de alavancagem financeira para um projeto cheio de contradições e falácia.
Nossa disposição é ir até o final nessa luta pela defesa intransigente do interesse do Estado. E quem tiver informação sobre este estelionato empresarial que entre em contato com a redação do Jornal. Avaliaremos a procedência e a credibilidade dos documentos para publicarmos.

O documento confidencial data de 20 de março de 2011 e “Strictly Privade and Confidencial” ou seja, altamente confidencial e privado. Mas porque o projeto guarda tamanho sigilo? Para que concorrentes não divulguem o que vende a Durbay e Jorge Augusto aos investidores internacionais? Não! O Sigilo tem uma razão simples. O que está posto no documento que é mostrado aos futuros investidores é simplesmente absurdo. Impossível de realizar.
A primeira grande fraude do documento está, como os leitores podem observar no “fax smille”, cujo título é “The Investment Opportunity”. No quadro demonstrativo a Durbay projeta ter em reserva provadas 300.000.000 trezentos milhões de toneladas em quatro anos.
Essa quantidade projetada pela Durbay significa simplesmente cinco vezes mais do que a ICOMI produziu em 50 anos de extração do Minério de Manganês. Essas informações estapafúrdias passadas a investidores internacionais, que conhecem o nome e conceito da ICOMI no mercado mineral mundial, calçadas com fotos das pilhas e toda a estrutura que a ICOMI vendeu a Alto Tocantins, podem, a olhar desarmado, convencer, mas esses números absurdos de repente podem até fisgar algum milionário estrangeiro com uma fleuma de investidor agressivo e que aposte sempre no alto risco. Mas um estudo raso, primário sobre a informação postada no documento, com razoável zelo, levará o futuro investidor a constatar que isso não passa de falácia.
A ICOMI de Augusto Antunes montou uma fabulosa estrutura para proceder a operação de extração e transporte de Manganês do Amapá. Em que pese a estrutura suportar operação, esses números superam em muito o que a ICOMI produziu durante sua estada em operação no Estado.
Outro absurdo é a projeção da Durbuy é com relação às reservas medidas de ferro. No documento eles afirmam que terão em quatro anos 1 bilhão de toneladas do minério. O que a Durbay não mostra e nem diz é a origem da informação. Já que nenhum furo de sonda foi feito pela empresa
Mas os absurdos seguem. Quando o documento se refere à estrutura administrativa da empresa em Serra do Navio e em Macapá, capital do Estado, eles fazem referência a 50 empregados. Nossa reportagem por sucessivas vezes procurou o escritório da Durbuy em Macapá e o único local que encontramos foi uma residência, localizada no......., bairro Santa Inez, onde supostamente mora um dos gerentes da empresa no Estado, fulano de tal. Diante desse quadro de servidores é de se perguntar: quem são os técnicos, engenheiros, geólogos contratados da Durbay. A reportagem mostra uma seqüência de fotos com trabalhos e dados da empresa Ecometals que briga com a Tocantins na justiça pela posse do manganês que o gerente da empresa no Amapá, Paulo Lisboa diz ter pagado e não recebeu até hoje, razão do litígio entre os grupos.
A foto que mostra dois homens trabalhando, são na verdade técnicos da Ecometals. A foto (1) trata-se de Steven Macmullan e o da foto (2) é Jefferson Carvalho.
É desta forma, com informações falsas que a Durbuy e Jorge Augusto está pescando no piscoso mar de investidores da Europa, China, Índia, Estados Unidos e onde tiver um investidor afoito e com dinheiro sobrando para cair no conto das 300.000.000 milhões de toneladas de reservas provadas de Manganês e de 1.000.000 de toneladas de ferro devidamente identificadas. O Tribuna Amapaense vai continuar a mostrar em reportagens esse Estelionato Empresarial que está sendo engendrado em nosso Estado.

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