domingo, 23 de outubro de 2011

CULTURA

Exposição Itinerante
A carta da terra e o potencial humano
De 14 a 24 de outubro no auditório do monumento Marco Zero, a exposição mostra aos visitantes a atual condição da preservação do planeta, e oferece soluções para o problema através da conscientização ambiental
John Pacheco
Da Reportagem/Estagiário

A exposição itinerante “A carta da terra e o potencial humano” é feita através de painéis que mostram a situação do meio ambiente no mundo, com fotos que retratam a pobreza em países do terceiro mundo e também a questão da poluição dos recursos naturais nos países desenvolvidos, e como é possível reverter esse quadro através da educação ambiental. Na região Norte a exposição  já passou por Manaus, e está em Macapá, em seguida seguirá para Belém (PA). A mostra foi criada pela ONG internacional SGI – Soka Gakkai Internacional e pela Iniciativa da Carta da Terra da Organização das Nações Unidas (ONU).
Segundo Marcelo Uchoa, coordenador local da exposição, é satisfatória a presença de público nos dias de exposição. “o nosso público é principalmente alunos de escolas públicas e universidades,  eles têm acompanhado a mostra com muita atenção e interesse nos projetos da ONG, e  estão recomendando para os seus amigos e parentes.”, afirma Uchôa.           
O trabalho no Amapá não é somente com a exposição, a coordenação está realizando durante os dias da mostra palestras em várias escolas e universidades. E para estar mais próxima da realidade local, a ONG visita em cada local onde está expondo, uma instituição que realiza o mesmo trabalho. No Estado, visitaram a Revecom, em Santana, que faz um trabalho de sustentabilidade ambiental, e compartilharam experiências para uma melhor preservação dos recursos naturais.   
A SGI tem trabalhos semelhantes de conscientização ambiental em todo o planeta, através de instituições que propagam a paz ambiental, entre elas a Universidade de Soka, no Japão. Realizam suas atividades em forma de exposições, oficinas teatrais, festivais culturais de música com jovens, entre outros.
A ONG no Brasil
Na região norte, o trabalho da ONG é feito pelo Centro de Pesquisas Ecológicas da Amazônia (Cepeam), em Manaus. Tem um trabalho de pesquisa sobre reflorestamento ambiental, estudo das propriedades ambientais para projetos sustentáveis na região e realiza palestras e mostras nas escolas da cidade. Localizado no estado de São Paulo, o centro cultural campestre, que é uma área adquirida pela SGI no Brasil, foi completamente organizado de acordo com as normas ambientais, pois está localizado em uma área montanhosa e que estava em processo constante de erosão. Foi completamente recuperado e reflorestado com a ajuda de jovens capacitados pela própria instituição. 
Projetos para o Amapá
Disse Uchôa: “A ONG não possui sede no Amapá, mas conta com quase 400 associados, mesmo sendo considerado um valor pequeno já possui bons resultados. Realizamos pelas escolas um trabalho de conscientização para a preservação dos recursos naturais, com a intenção de criar valor ambiental nos alunos e professores” explica Uchôa.

 Escola de Artes R. Peixe realiza oficinas para a comunidade
Há dez anos realizando atividades culturais voltadas para o resgate do tradicionalismo amapaense 
John Pacheco
Da Reportagem/Estagiário
Coordenadora da E. de Arte R. 


Criada pela Secretaria de Cultura do Estado (Secul), a escola R. Peixe realiza cursos em diversas áreas culturais, entre elas: a pintura, a dança, o teatro e a culinária, com o objetivo de junto com a comunidade resgatar a cultura tradicional do Estado. As atividades são realizadas com parceria do Sesc/ Amapá. A escola foi rebatizada em janeiro desse ano através de decreto governamental, pois funcionava há mais de dez anos como a Escola de Artes Sambódromo.   
Uma das coordenadoras da Escola, Rosângela Silva, afirma que as oficinas são destinadas ao público em geral, e não somente aos moradores do entorno do sambódromo e são ministradas no período da tarde. “A participação é gratuita e qualquer pessoa sem distinção de idade ou sexo pode participar. O que reflete nas turmas é que os alunos são de diversas faixas etárias e atende das crianças a aposentados, e não somente pessoas desempregadas em busca de uma fonte de renda, e que  aprendem arte após a labuta do dia a dia”, explica a coordenadora  
Durante a reportagem estava sendo havendo uma aula do curso de pintura em tecido regionalizada, o curso tem a objetivo de despertar nos alunos, a criatividade para reproduzir os valores locais em suas pinturas como a fauna, a flora e as crenças locais. E está sendo ministrado pelo premiado artista plástico amapaense Pantaleão, reconhecido em todo o Brasil por obras como “Carregadores de Açaí” e “Cochicho”.
O artista plástico foi um dos primeiro professores da Escola Sambódromo e hoje atua na Escola de Artes R. Peixe.  Ele diz que: “as oficinas são muito produtivas, pois percebo dos participantes um empenho muito grande em adquirir os conhecimentos, estes que direta ou indiretamente acabam fazendo parte do cotidiano de todos eles.” Descreve Pantaleão.
 A oficina de pintura em tecido, já é a terceira realizada na Escola e contava com um total de 25 alunos, mas atualmente esta com 20 frequentando. O público da oficina é na sua maioria composto por mulheres na faixa de idade acima de 40 anos. A  mais velha delas, é um exemplo de alegria e juventude,  a dona de casa Amélia Coelho, de 63 anos, já aposentada, contou que o curso é maravilhoso e que realmente faz diferença na vida dela. “Gosto muito de artesanato como forma de distração, e que não pretende fazer do hobby fonte de renda. E não entrei  na Escola antes por que os cursos eram pagos, e hoje não é cobrada mais nenhuma taxa.”, relata com alegria.

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