“Ser criança é assim... Correr até acabar o fôlego, rolar pelo chão sem medo de se sujar, falar o que vier na cabeça e fazer de qualquer coisa uma brincadeira. Época da vida da qual temos saudades quando envelhecemos. E é exatamente nesta data dedicada a todos esses pequenos seres, que têm a inocência como principal característica, que devemos não só valorizar a vitalidade infantil, como também procurar resgatar a essência da criança.” (Anônimo).
Nas redes sociais (facebook, twitter e etc.) uma pequena brincadeira foi inventada que consistia em trocar sua foto por algum desenho animado que tivesse feito parte da sua infância e permanecer com ela até o dia 12. Achei uma delícia esforçar à memória aos desenhos os quais antes tanto tinham da minha atenção. Literalmente, foi uma viagem no tempo.
Diante de toda essa atenção oferecida às crianças, especialmente nesta última quarta-feira, resolvi dirigir minhas palavras a este assunto. Antes de tudo, acho viável mostrar a origem desta data comemorativa, a qual é oficialmente no dia 20 de novembro, data que a ONU reconheceu como “Dia Universal das Crianças” por ser a data em que foi aprovada a Declaração dos Direitos da Criança. Entretanto, a data efetiva de comemoração varia de país para país.
No Brasil, por exemplo, foi o deputado federal Galdino do Valle Filho, na década de 1920, que teve a ideia de “criar”. Os deputados aprovaram e o dia 12 de outubro foi oficializado como Dia da Criança pelo presidente Arthur Bernardes. Contudo, foi somente em 1960 que a data passou a ser comemorada, quando a Fábrica de Brinquedos Estrela fez uma promoção conjunta com a Johnson & Johnson para lançar a “Semana do Bebê Robusto” e aumentar suas vendas. A estratégia deu certo, pois desde então o dia das Crianças é comemorado com muitos presentes.
Se refletirmos acerca do papel da mídia neste contexto, veremos o quanto as crianças são bombardeadas com as propagandas e técnicas para despertar o consumo, diante de pessoas tão frágeis. Com a proximidade do Dia das Crianças, muitos pais lotam lojas e shoppings à procura de presentes para seus filhos. Muitos, com a “consciência pesada” por não terem tempo para eles, outros, compram todas as últimas novidades por acreditarem que nada pode faltar às suas crianças, e há àqueles não tiveram muitas condições quando pequenos e não querem que seus filhos passem pelas mesmas privações.
Faz-se necessária uma reflexão mais profunda, para pensarmos quais são as consequências dessas atitudes consumistas para a formação das crianças. Presentear os filhos a cada data comemorativa não é errado, mas precisamos lembrar que o importante é ensinar os limites, dar afeto, carinho, e o principal, educá-los nos caminhos do Senhor, afinal Ele se importa muitíssimo com as crianças, e equivocado está aquele que diz o contrário. Vejamos:
Em Mateus 19: 13-15 diz assim: “Trouxeram-lhe, então, algumas crianças, paraaque lhes impusesse as mãos e orasse; mas os discípulos os repreendiam. Jesus, porém, disse: Deixai os pequeninos, não os embaraceis de vir a mim, porque dos tais é o reino dos céus. E, tendo-lhes imposto as mãos, retirou-se dali.”
Uma interpretação acerca desses versos em um livro de estudo, o autor dizia que evidentemente, as crianças nesta passagem, eram bem pequenas, pequenas demais para receberem qualquer instrução, embora não pequenas demais para serem beneficiadas pela oração em favor delas.
Vemos claramente que os discípulos parecem haver pensado que o Senhor nunca se rabaixaria a dar atenção àquelas criançinhas, e repreenderam aos adultos que as tinham trazido. Entretanto, o Senhor declarou: “Deixai vir a mim, porque dos tais é o reino dos céus.” De todas as criaturas que nascem neste mundo, nenhuma é tão impotente e dependente como um bebê humano. Sabemos quem era Aquele que deu tanta atenção aos infantes, tendo encontrado tempo suficiente, em seu ministério entre homem e mulheres adultos, para orar a favor daquelas crianças. Esse Alguém é o próprio filho de Deus, o grande Sumo Sacerdote, o Rei dos reis, por intermédio de quem todas as coisas vieram à existência.
Embora tão pequeninas, Jesus ama as criançinhas de modo todo especial e elas não estão abaixo de seus pensamentos e de sua atenção. Isso deve servir de encorajamento para procurarmos instruir nossas crianças na religião cristã, esforçando-nos por conduzi-las aos pés de Jesus Cristo. Precisamos familiarizá-las com a Bíblia Sagrada, oremos por elas, e juntamente com elas. Podemos ter a certeza de que tais esforços não são inúteis.
A Palavra de Deus também aponta a necessidade da conversão do ser humano, e esta manifestada sob a forma de uma humildade como a de uma criança. Jesus diz: “Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornades como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus”. Para habitarmos, um dia, com o Senhor precisamos ser preparados, devemos nos tornar novas criaturas, termos um coração novo e que um espírito novo nos seja insuflado. As coisas antigas precisam passar, e todas as coisas devem ser renovadas.
Com base nas palavras de Jesus Cristo, o sinal mais seguro de uma autêntica conversão é a humildade, termos atitudes mansas como a de uma criança, e ao consideramos as nossas forças e a nossa sabedoria percebermos da nossa dependência ao Pai celeste, à semelhança das crianças..
Nenhum comentário:
Postar um comentário