sexta-feira, 4 de novembro de 2011

DE TUDO UM POUCO

            A FUNÇÃO SOCIAL DA EMPRESA – II

            Perguntou-me um amigo o porquê de escrever sobre esse título, haja vista que o empresário, na maioria absoluta não conhece a própria empresa como um ser vivo, atuante e partícipe do desenvolvimento econômico e social da sociedade onde está edificada, disse-me em breve comentário. Pois bem, tomo como inicial esse comentário para ilustrar o tema e assim contribuir com quem o desconhece.
            Quando afirmamos que a empresa “’é um ser vivo”, estamos ligando essa metáfora diretamente àquelas pessoas que integram a empresa – o(s) empresário(s) e os empregados, e indiretamente, seus familiares e a sociedade em geral. Como ente físico, estático e imóvel, o prédio da empresa também traduz comunicação quando bem conservado, pintado, linhas harmoniosas de arquitetura, um conjunto que traduz leitura visual a quem o vê. Porém, sua comunicação interna se realiza pela participação de patrões e empregados, que a fazem produtiva de bens e riquezas de que necessita a comunidade.
            Como, estão torná-la um ser vivo? Simples, respondo. Patrões e empregados não devem considerar somente suas atividades laborais, isto é, produzir e vender. É necessário que todos estejam imbuídos do sentimento de que estão produzindo um bem que satisfará a necessidade de muitas pessoas ou a alegria de muitas crianças, talvez. Os empregados devem sentir-se plenamente integrados à empresa, conhecendo-a na sua plenitude organizacional, seus objetivos, metas presentes e futuras, planos de expansão, atividades extra-empresa voltadas à ação social em programas de solidariedade comunitária e humanística, meio ambiente urbano e do trabalho, relações humanas entre si e com a sociedade.
            Por que afirmo que essas atitudes tornam a empresa e seus empregados mais visíveis na sociedade. Porque esses empregados moram e vivem na sociedade chamada cidade, bairro, rua, e de lá vem todos os dias para o trabalho e deste voltam à casa após esse labor. Essa ação repete-se todos os dias ao longo de meses e anos. Muitos produzindo para que poucos vendam e milhares comprem. Mas a vida resume-se somente a esse gesto repetitivo? Será a paga salarial pela produção torna o empregado mais feliz? Ou será que vendendo muito, trará  ao empresário mais felicidade? Mais rico, talvez fique. Mas que retribuição ganha a sociedade que consume seus produtos? Que retorno social, fora a paga salarial e pagamento de tributos, essa sociedade de consumo receberá dessa  empresa que vendeu muito?
`           As comunidades que vivem no entorno dessas empresas, foram olhadas alguma vez? Suas necessidades materiais como educação, saúde, segurança, lazer, bem-estar, e outras tantas foram pesquisadas ou ao menos pensadas, mormente  sabedoras de que ali residem muitos de seus empregados,  e em que condições de moradia vive sua família. Será que não interessa à empresa ter em seus quadros empregados que venham dispostos, alegres, felizes consigo mesmos e porque deixaram sua família  em segurança material e social?
            E necessário que a distância entre patrões e empregados seja diminuída para que haja mais fortalecimento das ações empresariais, sem quebrar o vínculo hierárquico e o respeito que deve existir entre ambos. E essa distância está diretamente relacionada na execução de ações sociais, comunitárias e humanitárias, onde todos irmanados num só sentimento fraterno buscam unir seus talentos, dividindo suas capacidades e multiplicando suas obras. Assim, empresários e empregados tornam  a empresa um ser vivo, olhado com respeito e gratidão por milhares de admiradores.
            Não esperem que o Estado lhes dê tudo, pois seu gigantismo o impede de olhar as pequenas necessidades de nossas  comunidades. Essa é uma obrigação de todos que vivemos e moramos em pequenas comunidades, nossa cidade, nosso bairro, nossa rua. Faça acontecer e transforme sua viva, tornando-a mais feliz e oportunizando que seus familiares sejam, também, construtores de novas alegrias.
            Espalhe por todos a alegria que vive dentro de você. Seja sua alegria contagiante e viva, a fim de expulsar a tristeza de todos que o cercam. A alegria é uma tocha de luz que deve  permanecer sempre acesa, iluminando todos os nossos atos e servindo de guia aos que se chegam a nós. Se em você houver luz e você deixar abertas as janelas de sua alma, por meio de alegria, todos os que passarem pela estrada em trevas serão  iluminados por sua luz.
             
           

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