sexta-feira, 18 de novembro de 2011

A “ditadura da caneta” e o fuzilamento de honras

Vicente Cruz
A liberdade de imprensa sempre foi um postulado da democracia que jamais envelheceu e integra mesmo sua essência. Não há democracia sem essa liberdade primária. Segundo Marx “a imprensa livre é o olhar onipotente do povo, a confiança personalizada do povo nele mesmo, o vínculo articulado que une o indivíduo ao Estado e ao mundo, a cultura incorporada que transforma lutas materiais em lutas intelectuais, e idealiza suas formas brutas. É franca confissão do povo a si mesmo, e sabemos que o poder da confissão é o de redimir. A imprensa livre é o espelho intelectual no qual o povo se vê, e a visão de si mesmo é a primeira confissão de sabedoria.”  
No Brasil jornalistas já foram calados e enterrados como cão nos anos de chumbo e a abertura democrática lhos devolveu a dignidade e a importância. Nossa experiência democrática ainda é menina e tem os seus arroubos próprios da juventude. E é essa inexperiência que atola seu uso. A liberdade de informação jornalística, expressão nova da liberdade imprensa, que aglutina a liberdade de informar com o direito coletivo à informação, é que está lambuzando o jornalismo brasileiro.
Recentemente a liberdade de informação jornalística está sendo utilizada pelas mídias como baioneta moderna que fuzila honras e enterra vivo cidadãos indefesos. A Veja, por exemplo, faz uma investigação jornalística meia-boca e denuncia, julga e condena suas vítimas executando-as com um tiro no cocuruto como fazem os ditadores chineses com os desafetos do regime. Só não cobra, ainda, a bala utilizada em seu ritual macabro. Suas “denúncias”, que são apenas indícios de improbidades, às vezes mal colhidos ou de fontes inidôneas, são transformadas em verdades absolutas e incontestáveis e só cessam com a morte política ou social de suas vítimas.
Quando a imprensa fascista denuncia quer logo ver sangue. Ser for agente político quer logo sua saída imediata e aperta o gogó de seus chefes até que atendam a exigência. Não adianta explicação ou pedido do exercício da instauração de um processo justo. Quer ver o denunciado no olho da rua e massacrado publicamente, mesmo que tenha elementos para impugnar a acusação e uma defesa razoável para arguir. Influencia até o judiciário que fica obrigado a uma condenação, senão também vai pro saco.
Vivemos a ditadura da caneta e os jornalistas algozes dos direitos e garantias individuais se gabam de seus feitos. Praticam o que condenavam nos regimes totalitários e rotulam isso de exercício da liberdade de informação jornalística. Uma ova! A liberdade de que são senhores tem diques éticos incontornáveis e seus atos não se harmonizam com a convivência verdadeiramente democrática. No meio político tem feito estragos. Alceni Guerra, Orlando Silva, Palocci e tantos outros foram botados pra fora pelos “Capitães Nascimento” da caneta sem tempo de, pelo menos, “pedir pra sair”. Lupi está na alça de mira e para pegá-lo tentam borrar até a biografia do nosso Bala Rocha com insanas acusações.
O pior é que esses formadores de opinião têm recebido calorosos aplausos. O povo quer ver sangue e assim vai estimulando as baionetas modernas a cada semana procurar um “pato” para atirar no cocuruto, pois sabe que tem platéia garantida. Enquanto isso, honras vão sendo enterradas sem piedade e o exercício da democracia vai se transformando num pandemônio insuportável. Quem já foi vítima de calúnia, difamação ou injúria sabe a profunda dor desses delitos que duram quase sempre uma eternidade. Esta na hora da sociedade reagir e deixar de trocar piscadelas com atos ditatoriais. E se a imprensa livre é o espelho do povo, como diz Marx, no momento estamos feios na foto. Aliás, como dizem os laguinhenses, estamos “estragados”!
  
 RABISCOS
E a imprensa “porraloka” vive atrás de honras para fuzilar. Agora querem meter o Dep. Bala Rocha na jogada. Ditadores da caneta ... ///Tem cidadão que basta ler uma notícia no Estadão para tê-la como verdadeira como se esses senhores não errassem ou não praticassem o jornalismo do terror, pode Juvenal?////Vários brasileiros no pós-ditadura já experimentaram o gosto amargo da injúria jornalística. E quantos hoje não são mortos-vivos////E pra lá tem jabazeiros e fascistas também!!!!///E o Governador que antes era contra o “asfalto sorrisal” agora adota a “lama-asfástica como alternativa. Ô mundo cruel e de revezes, Eitsha....///Mais uma vez: Escolas de Samba esperando o fomento público do carnaval. Tomara que não politizem. Sonha logo...!!!!//// Agora quem faz buraco asfaltado é a CAESA e a ADAP, coisas do PAC (pronúncia bem homo, por favor!).  Prefeito, mais uma vez, mande essa turma tapar os buracos. Mas tapar muito, como diz o “sicofanta” (copiei do Gilvan) que frauda carnaval e nunca assinou um projeto na sua área...////Prefeito Roberto visitou obras do Conjunto Buriti. Quase pronto. Mais moradias. Povaréu agradece///Se o número de buracos feitos pela CAESA representar água, então teremos um dilúvio na cidade. É buraco, mano////Bairro Forte chegando. O social agradece///////Fernando Canto promete relançar obra “O Bálsamo” em Francês. Égua poeta, assim é demais. Enquanto isso, vou ganhando a aposta.  A propósito, você já foi difamado pelo jornalismo fundamentalista?////Boêmios já nos trabalhos para o carnaval 2012. Definido figurino das fantasias///E a imprensa PINK, aquela que bajula até os talos, lê meia página do almanaque abril e se acha, como vai? Alguma noticia para o Estadão só para difamar os conterrâneos? Huum tá!!!///Deputado Moises Souza continua azeitando o rifle. Daqui a pouco vem o tiro. Tudo a ver com os “mimos”...////Roberto Góes me pergunta se a imprensa fascista mata mesmo. Claro, meu caro, e sem chance de defesa....////bye

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