A VII Reunião da Comissão Mista de Cooperação Transfronteiriça Brasil/França (CMT) encerrou no fim da tarde desta sexta-feira, 25, no Ceta Ecotel, onde durante dois dias membros das comitivas do Brasil e da França não mediram esforços do ponto de vista físico e intelectual, dada a necessidade requerida pelos temas que interferem diretamente na vida dos povos do Amapá e Guiana Francesa.
Foram apresentados os problemas e possíveis soluções para a infraestrutura, integração, segurança, cultura, educação, saúde, tecnologia, meio ambiente, turismo e agricultura.
Outra reunião está confirmada para acontecer no dia 8 de dezembro, na Guiana Francesa, e irá tratar de como os dois países vão operar nas ações jurídicas e práticas da migração.
Algumas definições e assinaturas de acordos puderam ser agendadas para ocorrer ainda no primeiro semestre de 2012. Como justificou a representante do Ministério da Saúde, Sônia Damasceno, sobre a aprovação do projeto que contempla HIV/Aids, tuberculose, dengue, malária, urgência e emergência, que será assinado na segunda semana de fevereiro, pelo subgrupo que se reunirá no mesmo período.
Sônia explicou ainda que não foi possível fazê-lo na VII CMT, em razão da ausência de tempo hábil para os trâmites necessários na execução. Todavia, enfatizou a aprovação da declaração de entendimentos para a integração de fronteira dos serviços de saúde.
O embaixador da França no Brasil, Yves Saint-Geours, após se pronunciar em francês e fazer um retrospecto sobre tudo que foi abordado pelas autoridades no tempo em que estiveram reunidos, agradeceu em português a recepção e deu ênfase a impressão que leva deste novo momento da relação froncoamapaense. Segundo ele, todos desempenharam a tarefa importante, útil e que podem considerar um futuro otimista.
Outros resultados positivos puderam ser constatados a partir do diálogo entre os dois países. Sobretudo, a franqueza e disposição com que pontos delicados puderam ser debatidos. O governador do Amapá, Camilo Capiberibe, no discurso de encerramento, ressaltou a necessidade da conversação entre partes com interesses comuns.
"Tivemos de fato, dois dias de intenso trabalho e profunda reflexão sobre a nossa convivência na fronteira do Brasil com a Guiana Francesa. Não entendíamos a Guiana, e hoje em dia, com a estrada, ponte, e tudo que foi construído, começamos a dialogar para nos compreendermos. Isso faz parte do processo de construção", concluiu.
A VII CMT foi organizada pelo Governo do Amapá, representado pela Agência de Desenvolvimento do Amapá (Adap).
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