A Malária uma das endemias com impacto seriíssimo na
população, principalmente em regiões tropicais, pois é uma doença infecciosa
febril aguda, cujos agentes etiológicos são protozoários transmitidos por
vetores. Reveste-se de importância epidemiológica, atualmente, pela sua elevada
incidência na região amazônica e potencial gravidade clínica. Causa
consideráveis perdas sociais e econômicas na população sob risco,
principalmente aquela que vive em condições precárias de habitação e
saneamento.
Por
isso o Ministério da Saúde vem atuando junto a população, através de
informações básicas de como se proteger, para não contrair a malária e junto
aos poderes estaduais e municipais, operacionalizando verbas para o combate
dessa surto.
O
Ministério da Saúde vai repassar mais R$ 15 milhões a 47 municípios endêmicos
em malária. Os recursos serão destinados às ações de instalação dos mais de 1,1
milhão de mosquiteiros impregnados com inseticidas de longa duração. Essas
cidades foram contempladas pelo Projeto de Expansão do Acesso às Medidas de
Prevenção e Controle da Malária para Populações Vulneráveis da Amazônia
Brasileira e estão localizados nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará,
Rondônia e Roraima.
Além
dos R$ 15 milhões, os municípios já receberam, pelo mesmo projeto, 194
microscópicos para ampliar a rede de diagnósticos da malária, 39 novas
caminhonetes e 250 mil testes rápidos para diagnóstico da doença. Outros 250
mil kits de testagem serão importados nos próximos meses.
Patrocinado
pelo Fundo Global de Luta contra a Aids, Tuberculose e Malária, o projeto foi
lançado no final de 2009 e tem a meta de reduzir os casos de malária em 50% até
2014, a contar dos dados epidemiológicos de 2007. Os principais objetivos são
apoiar os municípios no controle da doença; aumentar os pontos para
diagnóstico; distribuir mosquiteiros; ampliar o envolvimento das comunidades em
regiões de risco e estimular o trabalho conjunto com os países vizinhos.
A
Campanha de Mobilização contra a Malária, lançada neste ano, é marcada pelo
estímulo ao uso adequado dos mosquiteiros. A população está sendo sensibilizada
sobre a importância do diagnóstico precoce da doença e da realização do
tratamento completo.
A
campanha almeja envolver os moradores dos 47 municípios atendidos pela
iniciativa. Diversos materiais foram produzidos para servir de suporte às
ações: calendários, gibis, DVDs, jornais, folders, outdoors, mensagens de
áudio, site e anúncios para televisão e rádio, entre outros.
Atualmente,
cerca de 243 milhões de casos de malária, sendo 860 mil fatais, são
registrados, por ano, em todo o planeta. As regiões mais afetadas são África,
América do Sul e Ásia. No Brasil, 49 milhões de pessoas vivem em áreas de
risco. De janeiro a outubro deste ano, houve redução de 23% nos casos em
comparação ao mesmo período de 2010.
Sobre a doença
A
malária é uma doença infecciosa aguda, causada por protozoários parasitas do
gênero Plasmodium. A transmissão ocorre por meio da picada da fêmea do mosquito
do gênero Anopheles, que se infecta ao sugar o sangue de uma pessoa doente.
Os
criadouros preferenciais do mosquito transmissor da malária são os igarapés,
por suas características: água limpa, sombreada e parada. Em humanos, se não
for tratada, a malária pode evoluir rapidamente para a forma grave e levar a
óbito.
Entre
os sintomas, os mais comuns são dor de cabeça, dor no corpo, fraqueza, febre
alta e calafrios. O período de incubação varia de 8 a 17 dias, podendo,
entretanto, chegar a vários meses, em condições especiais.
A
malária tem cura e o tratamento é eficaz, simples e gratuito. Ainda não existe
uma vacina disponível contra a doença. Contudo, algumas medidas de proteção
individual contra picadas de insetos devem ser utilizadas, principalmente nas
áreas de risco.
O
uso de mosquiteiro impregnado com inseticida; o uso de telas nas portas e
janelas; o uso de repelente e, ainda, evitar locais de banho em horários de
maior atividade do mosquito - manhã e final da tarde - são exemplos de medidas
que devem ser adotadas para evitar a transmissão.
Fonte
(Ministério da Saúde)
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