sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Ministério da Saúde repassa 15 milhões para combate a Malária



A Malária uma das endemias com impacto seriíssimo na população, principalmente em regiões tropicais, pois é uma doença infecciosa febril aguda, cujos agentes etiológicos são protozoários transmitidos por vetores. Reveste-se de importância epidemiológica, atualmente, pela sua elevada incidência na região amazônica e potencial gravidade clínica. Causa consideráveis perdas sociais e econômicas na população sob risco, principalmente aquela que vive em condições precárias de habitação e saneamento.


Por isso o Ministério da Saúde vem atuando junto a população, através de informações básicas de como se proteger, para não contrair a malária e junto aos poderes estaduais e municipais, operacionalizando verbas para o combate dessa surto.

O Ministério da Saúde vai repassar mais R$ 15 milhões a 47 municípios endêmicos em malária. Os recursos serão destinados às ações de instalação dos mais de 1,1 milhão de mosquiteiros impregnados com inseticidas de longa duração. Essas cidades foram contempladas pelo Projeto de Expansão do Acesso às Medidas de Prevenção e Controle da Malária para Populações Vulneráveis da Amazônia Brasileira e estão localizados nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima.

Além dos R$ 15 milhões, os municípios já receberam, pelo mesmo projeto, 194 microscópicos para ampliar a rede de diagnósticos da malária, 39 novas caminhonetes e 250 mil testes rápidos para diagnóstico da doença. Outros 250 mil kits de testagem serão importados nos próximos meses.

Patrocinado pelo Fundo Global de Luta contra a Aids, Tuberculose e Malária, o projeto foi lançado no final de 2009 e tem a meta de reduzir os casos de malária em 50% até 2014, a contar dos dados epidemiológicos de 2007. Os principais objetivos são apoiar os municípios no controle da doença; aumentar os pontos para diagnóstico; distribuir mosquiteiros; ampliar o envolvimento das comunidades em regiões de risco e estimular o trabalho conjunto com os países vizinhos.

A Campanha de Mobilização contra a Malária, lançada neste ano, é marcada pelo estímulo ao uso adequado dos mosquiteiros. A população está sendo sensibilizada sobre a importância do diagnóstico precoce da doença e da realização do tratamento completo.

A campanha almeja envolver os moradores dos 47 municípios atendidos pela iniciativa. Diversos materiais foram produzidos para servir de suporte às ações: calendários, gibis, DVDs, jornais, folders, outdoors, mensagens de áudio, site e anúncios para televisão e rádio, entre outros.

Atualmente, cerca de 243 milhões de casos de malária, sendo 860 mil fatais, são registrados, por ano, em todo o planeta. As regiões mais afetadas são África, América do Sul e Ásia. No Brasil, 49 milhões de pessoas vivem em áreas de risco. De janeiro a outubro deste ano, houve redução de 23% nos casos em comparação ao mesmo período de 2010.

Sobre a doença

A malária é uma doença infecciosa aguda, causada por protozoários parasitas do gênero Plasmodium. A transmissão ocorre por meio da picada da fêmea do mosquito do gênero Anopheles, que se infecta ao sugar o sangue de uma pessoa doente.

Os criadouros preferenciais do mosquito transmissor da malária são os igarapés, por suas características: água limpa, sombreada e parada. Em humanos, se não for tratada, a malária pode evoluir rapidamente para a forma grave e levar a óbito.

Entre os sintomas, os mais comuns são dor de cabeça, dor no corpo, fraqueza, febre alta e calafrios. O período de incubação varia de 8 a 17 dias, podendo, entretanto, chegar a vários meses, em condições especiais.

A malária tem cura e o tratamento é eficaz, simples e gratuito. Ainda não existe uma vacina disponível contra a doença. Contudo, algumas medidas de proteção individual contra picadas de insetos devem ser utilizadas, principalmente nas áreas de risco.

O uso de mosquiteiro impregnado com inseticida; o uso de telas nas portas e janelas; o uso de repelente e, ainda, evitar locais de banho em horários de maior atividade do mosquito - manhã e final da tarde - são exemplos de medidas que devem ser adotadas para evitar a transmissão.

Fonte (Ministério da Saúde)

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