Apesar da capital apresentar índices satisfatórios perante o
Ministério da Saúde, a prefeitura intensifica o trabalho contra a endemia.
Abinoan Santiago
A Prefeitura Municipal de
Macapá (PMM) lançou a Campanha Municipal de Combate a Dengue. A solenidade
ocorreu na última segunda feira, 19, com a presença do prefeito Roberto Góes, a vice Helena Guerra, secretária de saúde,
Socorro Nascimento, Juiz Marconi Pimenta, representante da Associação Comercial
e Industrial do Amapá, Ronislei Silva, além coordenadores e técnicos de saúde e
professores, diretores da rede municipal de ensino. O principal objetivo dessa
campanha é formar uma força única – poder público, privado e população -, para
a diminuição dos casos de dengue em Macapá, por isso o slogan, “Macapá Sem
Dengue, União é a Solução”. Todos serão agentes nessa campanha que tem como caráter
educativo e informativo, professores, profissionais da saúde e, principalmente
as crianças que além de interferir nos hábitos dentro de casa, podem crescer
com o costume de eliminação dos focos do mosquito transmissor, o Aedes Aegypti.
Campanha
Com o apoio da Federação do Comercio
do Amapá (Fecomercio), Associação Comercial e Industrial do Amapá (ACIA),
Sindicato das Farmácias (Sindifarma), Sindicato de Gêneros Alimentícios
(Sindigenero), Associação dos Mercadistas do Amapá (Amaps) e das Igrejas
Católicas e Evangélicas, essa promete ser a maior campanha de combate a endemia
já realizada no município.
Segundo o Levantamento do Índice
Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), os maiores índices de criadores de mosquitos
tinham relação a maneira inadequada do manejo dos resíduos sólidos, o lixo
doméstico, por isso a população é co-responsável no combate e no controle a
endemia, tanto que a campanha será baseada na educação de costumes, pois não
adiantaria nada a PMM limpar a rua, se dentro de casa os moradores deixam o seu
quintal propício a criadouros de focos do mosquito transmissor, “a população
tem pleno conhecimento do que é necessário fazer para evitar o pior. É preciso
por em prática todas as dicas fornecidas, como manter as calhas limpas,
garrafas viradas para baixo, preencher os pratinhos dos vasos de plantas com
areia e principalmente o manejo adequado do lixo doméstico”, informou o diretor
de Vigilância em Saúde do município, Eliton Franco.
De acordo com o prefeito Roberto
Góes, a ajuda da população é indispensável e, que a intensificação do trabalho
de campo realizado pela PMM não será muito proveitoso caso os munícipes não
corroborem com a campanha, “adotando ações simples de cidadania no dia a dia,
como limpar os quintais, acondicionar de forma correta o lixo, colocar areia
nos vasos de plantas e tampar a caixa d’água, vamos evitar agravos tanto para a
saúde do munícipe, quanto para a gestão pública”, afirmou.
A intensificação dos trabalhos de
combate a dengue através dos agentes comunitários de saúde, que por sua vez
visitarão os domicílios orientando e alertando a população sobre como eliminar
os criadouros do mosquito, terá como prioridade os bairros que apresentam nível
médio ou alto de risco, são eles: Marabaixo,
Lagoa dos Índios, Platon, Cabralzinho, Infraero I, Loteamento Açaí, Parque dos
Buritis, Brasil Novo e Ipê.
Tratamento da doença
A Secretária Municipal de Saúde (Semsa)
está trabalhando na prevenção, diagnóstico e tratamento dos enfermos através
dos profissionais da saúde. Segundo a secretária municipal de saúde, Socorro
Nascimento, o acompanhamento desses profissionais é de suma importância, pois o
paciente não pode se automedicar, caso apareça os sintomas suspeitos da doença
- febre alta com início súbito, forte dor de
cabeça, dor atrás dos olhos, perda do paladar e apetite, manchas e erupções na
pele semelhantes ao sarampo, náuseas e vômitos, tonturas, extremo cansaço, moleza
e dor no corpo e dores nos ossos e articulações -, “vamos trabalhar nos sinais que indicam a suspeita de dengue para que a
população busque por atendimento nas unidades de saúde da capital, logo no
aparecimento dos primeiros sintomas, pois os sintomas podem ser confundidos com
o de outras enfermidades, e a medicação errada pode agravar ainda mais o caso”,
disse a secretária.
Para dar essa assistência à população
com suspeita de dengue, a Semsa está equipando as Unidades Básicas de Saúde
(UBS) com mais poltronas, suportes para soro e outros materiais que irão
contribuir para o melhor atendimento dos pacientes. Já os profissionais de
saúde estão sendo orientados sobre a triagem dos enfermos com suspeita de
dengue, com objetivo de identificar sinais e sintomas de gravidade da doença,
possibilitando, dessa maneira, o tratamento precoce e adequado do mesmo.
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