sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Sobrevivente - Guaracy Rodrigues Lacerda

“Fui jogador de futebol, pois era o sonho de toda criança”
Guaracy Rodrigues Lacerda

Abinoan Santiago
Da Reportagem
Essa semana a editoria “Sobrevivente” entrevistou um flamenguista “doente”, que divide o coração com o Papão da Curuzú (Paysandu) e o Azulino da Avenida FAB (E.C. Macapá). Um homem que desde os 16 anos começou a trabalhar com o esporte no Serviço Social da Indústria (SESI), mas não parou por aí, pois com muita força de vontade mudou-se para outro Estado com o intuito de formar-se em Educação Física, área que sempre se deu muito bem, seja como educador físico, técnico ou atleta. Contaremos a história de Guaracy Rodrigues Lacerda, 60, macapaense legítimo, nascido em 18 de Novembro de 1951. Pai de 7 filhos – 5 mulheres e 2 homens.
A infância do nosso entrevistado teve como base as convivências no “Formigueiro”, atual Largo dos Inocentes. Estudou na extinta Escola Paroquial São José. Em seguida foi para o Ginásio de Macapá, logo após terminou a sua jornada estudantil no Amapá em uma instituição clássica, o Colégio Amapaense. Depois prestou vestibular para o curso de Educação Física no Pará e obteve a classificação, “então eu fui para Belém estudar educação física na Escola Superior de Educação Física do Pará”, frisa.
Esporte
“Guara”, como é conhecido pelos amigos mais antigos, era o tipo de jovem que se divertia nos esportes. Desde pequeno começou a treinar futebol de campo no Juventus, porém como era muito novo, não pode jogar pelo extinto clube. A Associação Esportiva e Recreativa São José foi o primeiro clube a abrir as portas para o atleta. E “o mais querido do Laguinho” não se arrependeu do investimento em Guara, pois além dele jogar futebol de campo e ter o “faro” de gol – sendo artilheiro por três anos-, o nosso entrevistado conta que também jogava (muito bem) outras modalidades esportivas, como: “voleibol, basquetebol, handebol e futsal”, afirmou.
Em 1969, Guara foi disputar o campeonato brasileiro pela Seleção Amapaense em São Paulo, quando voltou da competição, o Esporte Clube Macapá – time que até hoje tem um lugar especial no coração de Guara -, o convidou para disputar as competições pelo clube. Com o convite aceito, o nosso entrevistado jogou por mais de 15 anos como centroavante do “Azulino da Avenida FAB”. Quando perguntado de um jogo que seria impossível sair da sua memória, o nosso entrevistado respondeu: “quando eu estudava em Belém e eu vim de férias para Macapá, e o técnico do time era Joaquim Gouveia (finado) e ele me perguntou se eu fazia educação física e notou que eu estava bem fisicamente e me chamou para jogar a ultima partida do campeonato. O artilheiro do Campeonato Amapaense tinha 6 gols, (Barrada, que jogava no Santana). Então nós jogamos contra o 13 de setembro e ganhamos por 12 a 0. Eu marquei 7 gols e fui artilheiro do campeonato com apenas um jogo”, afirma com orgulho.
Segundo Guara, ele começou a sua carreira futebolística como ponta esquerda, porém devido a sua impulsão, o então técnico do Macapá propôs em colocá-lo como centroavante. E a proposta deu certa, pois Guara foi o atacante que mais balançou a rede por cinco anos. Levando o Macapá a ficar invicto por mais de 20 jogos. “Perdemos a nossa invencibilidade para o Clube do Remo (Pará) em um amistoso na capital paraense. Mas Guara conquistou vários títulos pelo leão da FAB, sendo que dois foram especiais, o Bicampeonato Amapaense invicto.
O nosso entrevistado também honrou a camisa do Macapá em outras modalidades, “eu ainda fazia atletismo e arremesso de peso”, lembra. Guara foi um dos atletas mais importante do azulino devido o seu sucesso em todas as modalidades que o clube tinha time disputando: “fui campeão de voleibol, basquetebol, handebol, etc.” conta.
Depois de uma década e meia no Esporte Clube Macapá, Guara decide encerrar a sua carreira. O nosso entrevistado pendurou as chuteiras – que por sinal fizeram bastantes gols -, pelo seu time amapaense mais querido, o Macapá.
Entretanto não pense que ele parou a sua vida esportiva por aí. Afinal, depois se aventurou (não por muito tempo) como técnico de futebol. Sendo por alguns momentos o treinador do Esporte Clube Macapá.
Guara ainda trabalhou como professor de educação física em várias escolas tradicionais do Amapá, como: “Azevedo Costa, Ginásio de Macapá (Antônio Cordeiro Pontes), Colégio Comercial de Macapá (Gabriel de Almeida Café), entre outras”, conta.
O homenageado da semana ainda foi árbitro de voleibol, basquetebol, handebol e treinador dessas modalidades no Ginásio Avertino Ramos. Ele também exerceu a função de diretor da Coordenadoria de Desporto e Lazer (CEDEL), atual Secretaria de Desporto e Lazer (Sedel).
Hoje
 Atualmente Guara trabalha no Núcleo de Esporte e Rendimento da Sedel e enquanto a atividades físicas, ele não liga muito para as suas limitações devido a sua longevidade, pois segundo ele, de vez em quando ainda joga aquela famosa “pelada” com os amigos de longa data. O nosso entrevistado contou ainda que ainda pratica outras modalidades: “eu faço as minhas caminhadas alternadas com corrida e periodicamente nado na piscina do Ginásio Avertino Ramos”, finalizou.

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