“De engraxate a bacharel, eu já fiz quase tudo”
Claudionor
das Dores Soares
Abinoan Santiago
Vida profissional
Um ano
depois de ter colado grau, Claudionor mudou-se para Curitiba, no Paraná, onde
passou um ano. Em 1984 até 1991 morou em Porto Velho. Mas o seu verdadeiro
lugar ainda estaria por vim, o Amapá. O nosso entrevistado chegou à Macapá no
dia 15 de Março de 1992 para prestar o concurso público da Policia Civil.
Claudionor conseguiu a sua aprovação entre os 35 novos delegados. “A minha
turma foi a primeira do Estado”, conta.
O
homenageado dessa semana trabalhou em muitas delegacias de policia no Amapá,
“tive o prazer de trabalhar em várias delegacias de policia do Estado. A minha
primeira foi a 4° Delegacia de Policia (DP) do Buritizal que fica na Hildemar
Maia com Clodóvis Coelho, de Outubro de 1992 a Março de 1993. Com um ano em Macapá,
em 15 de Março de 1993 eu assumi a titularidade da DP do Oiapoque e foi um
grande aprendizado pra mim. Eu passei 7 meses naquele município, haviam dias
que ficávamos 26 dias sem energia elétrica, por conta da estrada no inverno”,
lembra Claudionor.
Ainda em
1993 voltou à capital e no ano seguinte assumiu a titularidade da DP do
município de Pedra Branca do Amaparí, lugar que exerceu funções por um ano,
acumulando a delegacia de Serra do Navio por algumas vezes.
Em 1995,
Claudionor retornou mais uma vez à capital. De acordo com o delegado, neste
mesmo ano, foi trabalhar na Delegacia Especializada de Crimes de Adolescentes
Vitimas e infratores (DESPCA), “na qual eu mais me identifico (...) trabalhei
lá dois períodos muito importantes”, acentuou.
Nos biênios
1997/1998 e 1999/2000, o nosso entrevistado foi presidente da Associação dos
Delegados do Amapá. Em 2001 trabalhou na
Delegacia Especializada na Investigação de Atos Infracionais
(DEIAI).
Outro marco de
Claudionor foi a sua pós-graduação. Em 2002 mudou-se para Minas e cursou na
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUCMG) o curso de
Especialização em Criminologia. Além desse, o delegado, também conta que fez
outros cursos, “fui para os Estados Unidos, Itália e México fazer outros cursos.
Sinto-me honrado, pois o fui o primeiro delegado do Estado a ter uma
especialização e quem ganha com essas minhas pós é o Amapá”, frisou.
Depois de um ano fora
do Amapá, Claudionor retornou à Macapá em 2003 para
assumir a Delegacia Especializada de Repressão a Crimes contra
a Criança e o Adolescente, (DERCA).
Em 2005
foi nomeado para Mazagão, onde conta que ficou apenas um ano, porém o
suficiente para acolher aquele município: “me identifico muito com aquela
cidade e tenho orgulho de dizer que eu recebi o titulo de cidadão mazaganense”.
Gostou tanto que neste mesmo ano enquanto era presidente da Escola de Samba
Maracatu da Favela, lançou um enredo homenageando Mazagão.
E em
seguida, no ano de 2006, “pela segunda vez, quando o delegado Paulo César
assumiu a Delegacia Geral da Policia Civil, ele me convidou para participar da
diretoria da Policia Civil. Eu comandei a Delegacia de Policia do Interior (DPI)”,
disse.
Em 2007
dirigiu a Academia Integrada de Policia, onde ficou até o inicio desse ano
trabalhando na formação de novos delegados. Hoje o homenageado da semana é delegado
adjunto da delegacia do Zerão, a 9° DP.
Carnaval
Segundo
Claudionor, logo que chegou em Macapá, percebeu a efervescência do povo Tucuju
pelo carnaval, e isso o contagiou tanto que foi convidado para fazer parte da
festa. E desde 1993 está na Escola de Samba Maracatu da Favela, “com muita
honra”, completa. De acordo com ele, todo mundo na sua casa é Maracatu.
Na verde
rosa, o nosso entrevistado exerce funções na diretoria da agremiação desde 1999, sendo que no biênio de 2005/2006, ele
foi eleito Presidente. E hoje é Presidente do Conselho Deliberativo na sua
Escola do coração.
Claudionor
se lembra dos títulos mais emblemáticos que a Maracatu ganhou na Avenida: “os
mais importantes triunfos foram o de 1999, com um enredo audacioso, ‘O bicho
vai pegar’. Em 2003 com outro titulo, talvez o mais importante do carnaval, pois
era um período de protesto carnavalesco, foi o samba mais cantado na história
do carnaval amapaense, “Nem tudo que é amarelo é ouro, os piratas a serviço de sua
majestade, o capital”, a escola marcou um protesto junto com as co-irmãs, onde
foi desmascarada a grande farsa do carnaval em 2002, a manipulação dos
resultados (...) em 2007 ganhamos falando do majestoso Rio Amazonas”, lembra
orgulhoso.
Esporte
Há mais
de 40 anos Claudionor é um torcedor fanático do Botafogo, tanto que ajudou a
fundar a única torcida organizada do Estado, a “AmapáFogo”. Hoje a associação tem
sede própria, estatuto, Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). Sem falar
nas reuniões como: a “Feijão o Fogão”, sendo que em uma dessas, trouxeram um
dos maiores ídolos do Botafogo, o Túlio Maravilha.
O nosso
entrevistado também gosta do Campeonato Profissional, do Intermunicipal e da
Copa Marcilio dias, onde tem um time junto com outros delegados da Policia
Civil, o Cabo Verde, o único bicampeão seguido, 2008 e 2009. Chegando até ser
objeto de reportagem da Rede Globo Nacional.
Para finalizar...
Atualmente
depois de 19 anos, Claudionor encontra-se de Licença Prêmio. E está curtindo
ainda mais o Amapá, que mesmo de férias, ainda não voltou à sua cidade natal
devido a sua ligação com o Estado.
“Eu
estou 100% integrado ao Amapá. Eu não tive o privilégio de nascer aqui, mas
tive a satisfação de escolhê-lo para morar. É o Estado, onde quero ser
sepultado com as honras da bandeira do Botafogo, da AmapáFogo, Maracatu da
Favela e do Cabo Verde”, finalizou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário