Após o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do
Amapá, deputado Moisés Souza (PSC)
ter designados por portaria os deputados
Roseli Matos (DEM), Charles Marques (PSDC), Júnior Favacho (PMDB), Sandra Ohana
(PP), Cristina Almeida (PSB), Keka Cantuária (PDT), Bruno Balieiro (PTdoB) e
Valdeco Vieira (PPS), para comporem a CPI da Amprev (Amapá Previdência), criada
em fevereiro para apurar irregularidades que estariam ocorrendo na instituição
previdenciária amapaense, aconteceu sua instalação em sessão plenária da AL.
Instalação
O passo seguinte foi cumprido na última quarta-feira (15) com
a instalação em sessão no plenário da Assembleia Legislativa, da Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI), a deputada do DEM, Roseli Matos, foi eleita
presidente da CPI, ficando a vice-presidência com Keka Cantuária (PDT) e a
relatoria com o parlamentar do PSDC, Charles Marques.
A CPI da Amprev foi criada, composta e instalada a pedido do
deputado Zezé Nunes (PV) que quer ver clareadas algumas situações da Amapá
Previdência como, entre outras, os critérios de escolha das instituições
financeiras e dos produtos de investimentos financeiros utilizados para
aplicações dos recursos do órgão estatal.
Atuação
A CPI da Amprev deverá apurar irregularidades nos resgates
para novas aplicações; aplicações de novas contribuições; acompanhamento das
metas atuariais estabelecidas no plano de investimentos de acordo com as regras
previdenciárias, bem como verificação dos relatórios dos recursos e investimentos
dos planos financeiros e previdenciários geridos pelo Comitê da Amapá
Previdência; os critérios de escolha das instituições financeiras e produtos de
investimentos financeiros utilizados nas aplicações dos recursos; a motivação
da não comprovação das contas e atas pelo Conselho Gestor da Amprev.
Investigação
A deputada Cristina Almeida disse que vai requerer, logo no
início dos trabalhos da CPI, o recuo das investigações desde a gestão do
senador João Capiberibe (PSB-AP), quando foi governador do Amapá, de 1995 a
2002, depois passando pelas duas administrações pedetistas de Waldez Góes até
atingir o governo atual de Camilo Capiberibe (PSB).
A presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito, deputada
Roseli Matos, disse que o papel da CPI ontem instalada é investigar os fatos
citados por Zezé Nunes no Requerimento em que o deputado pediu a criação da
Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar a Amprev.
“Não podemos fazer pré-julgamento, antecipar nada. Vamos
verificar a fundo até chegarmos a uma conclusão”, garantiu a deputada
democrata.
Assembleia aprova CPI da Saúde
Mais uma CPI foi aprovada pela Assembleia Legislativa do
Amapá, é a da Saúde, que foi proposta pelo deputado Valdeco Vieira (PPS).
Para “passar a Saúde a limpo”,
nas palavras do próprio Valdeco, o requerimento teve a assinatura de 22
parlamentares. A CPI vai investigar irregularidades em mais de 50 contratos,
que segundo Dalto Martins (PMDB), não tiveram licitação. O deputado Keka
Cantuária (PDT) estima que R$ 530 milhões foram gastos pela Secretaria Estadual
da Saúde (Sesa) de forma irregular, em 2011.
A chamada CPI da Saúde foi definida sua composição, depois de reunião do presidente da Assembleia
Legislativa, deputado Moisés Souza (PSC) com as lideranças partidárias da Casa.
O dirigente da AL adiantou que a orientação é no sentido de passar a limpo a
Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), num grande serviço à sociedade amapaense.
A CPI da Saúde deverá apurar possíveis irregularidades nos
contratos celebrados entre o Governo do Estado e empresas prestadoras de
serviços, sejam elas pessoas jurídicas ou pessoas físicas; aquisição de
materiais de consumo e materiais permanentes; realizar levantamento dom vistas
a possíveis irregularidades nos convênios, contratos firmados com empresas
privadas para prestação de serviço junto ao setor Saúde; e apurar a real
aplicação do percentual constitucional na área da Saúde do estado do Amapá.
Os membros da CPI da saúde são os deputados Dalto Martins
(PMDB), Jaci Amanajás (PPS), Kaká Barbosa (PT do B), Edinho Duarte (PP) e
Manoel Brasil PRB). Além deles, o deputado Agnaldo Balieiro (PSB) foi relacionado
como primeiro suplente da Comissão Parlamentar de Inquérito. O prazo para
funcionamento da CPI é de 120 dias, prorrogáveis uma única vez, pela metade
deste período, ou seja, por mais 60 dias.
O deputado Moisés Souza salientou que não haverá edição de
"caça às bruxas" com relação à atuação da CPI, mas que a sociedade
espera por respostas e isso o legislativo tem a obrigação de fornecer.
"Não vamos perseguir ninguém, não temos nenhum espírito de revanchismo,
pelo contrário, entendemos que essa grande discussão poderá desnudar eventuais
erros e corrigi-los, mas identificando se houver dolo e encaminhar que as
responsabilidades sejam apuradas. No final quem vai ganhar é a população, pois
algo precisa mudar e isso a Assembleia pode perfeitamente ajudar",
concluiu o presidente da AL.
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