por Reinaldo Coelho
O Conselho Regional de Odontologia do Amapá (CRO/AP), em parceria com
a Delegacia de Crimes Contra a Mulher (DCCM), conseguiu pela primeira vez
que um ilegal da profissão de cirurgião-dentista responda a uma Ação Penal no
Estado do Amapá.
O ato do exercício ilegal da profissão é tratado como crime de menor
potencial ofensivo, de competência dos Juizados Criminais, sempre resultando na
aplicação de pena alternativa, tais como prestação de serviço à comunidade e
pagamento de cesta básica. A ação é decorrente da denúncia feita por uma paciente que recorreu à
Procuradoria para fazer queixa de um falso profissional. A vítima foi
encaminhada pela delegada de Polícia Civil Rosana Rodrigues Bastos para a Polícia Técnico-Científica (Politec), para exame
de lesão corporal, ou seja, exame odontológico, sendo concluído que a paciente
teve lesão grave.

A Procuradoria do CRO/AP, na pessoa de seu procurador, Dr. Anderson
Amaral, irá habilitar-se a ação como assistente de acusação.
Fiscalização itinerante
O CRO-AP, através de sua Comissão de Fiscalização e sua estrutura
funcional, não tem poupado esforços para desenvolver uma sistemática que, ao
exercer a fiscalização com eficiência, prestigie o profissional cumpridor da lei e
proteja a população de ser enganada por pessoas não habilitadas ao exercício da
Odontologia, conhecidos como “ilegais”.
É principalmente nos municípios de difícil acesso que proliferam os
gabinetes dentários, com fachada para o exercício ilegal da profissão que o
Conselho Regional de Odontologia vem atuando. Com apoio da Promotoria e da
Polícia Militar, o órgão fiscalizou todas as clínicas, consultórios e
laboratórios do município de Laranjal do Jarí.
As fiscalizações do CRO-AP terão continuidade nos demais municípios
amapaenses. O elemento surpresa é um dos trunfos da fiscalização. Para garantir
à população um atendimento de qualidade com profissionais qualificados foi
criado em 2009, o “CRO Itinerante”.
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