segunda-feira, 19 de março de 2012

Dossiê - A mudança e a transparência - O moralismo de cueca


O chamado governo da mudança (PSB-PT) eleito no Estado do Amapá podia não ter um plano de governo no sentido rigoroso do termo, mas adotou clichês e bordões fortes que estão, para a infelicidade deles, vivos até hoje no seio do eleitorado. O governador Camilo, por exemplo, dizia que o fracasso do governo anterior era a falta de gestão, pois dinheiro sobrava no  porquinho pançudo do Estado. Seus cálculos rápidos davam solução imediata para os problemas da saúde e da educação no Estado. Os macacos velhos da gestão pública e os feiticeiros veteranos, contudo, afirmavam que não era bem assim, justo porque qualquer burocrata com estabilidade no serviço público sabe que dinheiro no cofrinho do povo sempre falta.

O zangado Senador Capiberibe (PSB) afirmava em campanha ou na cama que a transparência dos governos era a panacéia para uma gestão de qualidade e incorruptível. Ocorre que quem conhece os meandros das gestões sabe que a transparência das ações de governo tem o mesmo efeito para uma gestão de qualidade quanto café amargo para os pinguços. Mas, ainda assim, o zangado Senador não afrouxava nas suas convicções.

Iniciado o governo da mudança o Governador Camilo cuidou de instalar um tal gabinete de gerenciamento da crise. A crise, segundo o gestor máximo, estava na falta de recursos e no passivo enorme. O bordão de Camilo caiu, então, em queda livre. Ora, se o passivo do Estado comprometia a gestão a conseqüência lógica desse raciocínio era que dinheiro não tinha derrogando o pressuposto axiomático do bordão camiliano “dinheiro tem, falta gestão”. O problema foi que o gabinete de gerenciamento da crise provou que além de faltar dinheiro faltava também gestão. Os adversários da mudança deitaram a lenha no governismo dizendo que, realmente, dinheiro tem e, de fato, falta gestão. Pobre do governador que passou a ser atacado impiedosamente com a própria arma que trazia na cintura.

O zangado Senador Capiberibe ao transpor o portão do Senado com seu estiloso bóton, cuidou de esquecer suas legítimas atribuições e passou a caçar adversários políticos no Estado que na sua visão não estavam cumprindo a tal lei da transparência. Apertou a Prefeitura de Macapá e a Assembléia como se isso tapasse os buracos da cidade e recolhesse o lixo ou fizesse uma parlamentar mais atuante. E qual não é a surpresa: o processo licitatório das obras do governo da mudança  estavam em descompasso justamente com a publicidade, matriz constitucional da lei da transparência. A galera da laje não perdoou e mandou pagode pra cima do zangado Senador que não perde a posse e não economiza em atacar os adversários e adjacências pelas redes sociais. Pior, todavia, foi a denúncia de que a casa onde reside foi “mimo” de um empresário que recebeu reajuste em descompasso com orientação da Procuradoria Geral do Estado. Capi ficou sem argumento e, sem se preocupar com a defesa, foi ao ataque. Deu uma de paladino e da tribuna do Senado pediu urgência no julgamento do caso da “operação mãos limpas”, em clara retaliação aos seus acusadores, sem, porém, lavar as próprias mãos.

O governo da mudança prova a cada dia que o dinheiro é escasso e que, também, falta gestão. As provas são contundentes. Não se troca secretário de Estado por excesso de competência ou por esmero na gestão. Na saúde já rodaram dois. Na educação, dois já foram para o cadafalso, mais fritos que camarão de praia. No meio ambiente um já saiu pela porta dos fundos. A panacéia do zangado Senador Capiberibe, a bendita transparência, também recebeu fortes sopapos na venta, quase levando para o chão o próprio senador que até agora não explicou como o generoso empresário lhe vendeu um imóvel,  justamente quando ficara mais rico ao receber ilegalmente reajuste contratual. O governo da mudança e a  bendita transparência estão meio desnudos no cenário político, um e outro, outrora vestidos a rigor, hoje zanzam de cueca nos bastidores palacianos, desmentidos pela prática. Tomara que não fiquem nus. Seria um horror!      

Rabiscos 
A dança de secretários no setentrião constrói a idéia da falta de gestão e falta de investimento em setores essenciais confirma a falta de dindin//// Senador Capi meio tonto com a denúncia de que recebera o imóvel onde mora como mimo do empresário Ricardo Dabus, cap da empresa ENGEFORM. Segundo ele o imóvel fora comprado com o “suor de se rosto”. Muito bem Senador, mas “que ta estranho ta”...////E assim a transparência e a mudança vão ficando de cueca, eu, hein!!!////o governo como anda meio sem assunto e ação, fez solenidade para lançar edital de concurso público. Olha, fazia tempo que edital de concurso não era assunto para solenidade no Setentrião. Mas quando não tem tu, vai tu mesmo///E as obras do GEA já cumpriram as “recomendações” do MP, olha a faca!!!!.///E aquele jornalista de semblante senil que virou lambe-botas depois de idoso e virou militante de esquerda, ainda na ativa? ta na hora de parar vovö (hi hi hi)..////segundo fonte “inidôneas” claro, há um dirigente de estatal e um secretário de Estado, todos dirigentes do PSB que estariam carregando uma malinha na direção dos parlamentares para estancar CPI’s. Será, olha a transparência? Tú dizes, o gramulha!!!!/////O que houve na intocável AMPREV, hein? Algo errado, mas como? Não era o símbolo do dogma da moralidade. Tem que ver isso aí, papai!////E os críticos de carnaval acharam normal o resultado ou não. Hum, ta!!! O negócio deles é prestação de contas e repasse. Ora vá.../// Parei de sacudir a árvore das amizades. Nenhuma no chão, então, tudo bem!////E o Amapazão vai iniciar mesmo em 29 de abril. Sensata decisão dos dirigentes com a batuta do Presidente Roberto Góes em adiar o início. Sem dindin não há negócio..///////Fernando Canto convidou-me para uma rodada de água. Égua, ficou doido amigo. Enquanto isso vou ganhando a aposta.  A propósito, você conhece alguém que tenha ficado de cueca após um discurso moralista? Eu conheço alguns, durões e tanto///lembrem-se boemistas e amigos: “a gente não faz falta para o Boêmios, o Boêmios é que faz falta pra gente”. ////E a imprensa PINK, aquela que bajula até os talos, lê meia página do almanaque abril e se acha, como vai? Já conheceu algum moralista de cueca, não? Ah! Sim o ídolo né, lindas///os Deputados vão mesmo dar umas “parmadas” na Cristina Almeida pela mentira deslavada? Tem que ter coragem!!!////Roberto Góes me pergunta se conheço algum moralista de cueca. Conheço, meu caro, e o “caboco” é meio zangado...////bye

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