Produção
e consumo do produto crescem em Macapá
por Dalton John
Um produto que cada vez mais faz
parte de rotina do amapaense. Esta iguaria derivada do milho, originária da
região nordeste, vendida todos os dias nas ruas de Macapá, através de
trabalhadores de pedalam em suas bicicletas por toda a capital, acabou se tornando
uma fonte rentável de lucro para uma pequena empresa que as produz no bairro
Perpétuo Socorro, na periferia da capital.
Segundo o proprietário, Paulo
Kesio, a produção em Macapá se estabeleceu há pouco mais de 10 anos, e que essa
função de família foi uma das pioneiras na cidade. “Quando viemos do Maranhão
para cá, o meu pai, já falecido, montou a produção pelo fato de que em Macapá
quase não existiam vendedores. Começamos na família mesmo, depois com alguns
funcionários, e muitos deles após deixarem aqui a empresa, montaram seus
próprios negócios com produtos derivados de milho. E nós da família estamos
orgulhosos de sermos pioneiros no estado na distribuição do produto. E a
aceitação é muito grande, as bicicletas sempre voltam vazias no final do dia”.
Não é somente de pamonha que a
empresa se mantém, outras iguarias como a canjica de milho verde, além do milho
cozido e assado, são comercializados pelos vendedores espalhados pela cidade. A
alta produção é entre os meses de dezembro a abril, na boa safra do milho, onde
a produção é grande, e o preço é mais barato tanto do milho comprado pelo
proprietário, quanto dos preços repassados ao consumidor.
Nos meses seguintes à boa safra,
há uma escassez do produto, inclusive na principal época de consumo do milho,
que são as festas juninas. Paulo Kesio, afirma que o aumento do preço e corte
de despesas e de funcionários são inevitáveis. “Atualmente contamos com 15
funcionários, entre vendedores, debulhadores e cozinheiras, nesta época geramos
um capital de quase R$ 800 por dia e a partir do final do mês de abril, a
produção e arrecadação caem cerca de 30%, e nós temos que reduzir o número de
funcionários, e como eles recebem por comissão e por vendagem, sempre fica
fácil recontratá-los no final do ano”.
A empresa consegue se manter o
ano todo, e para isso a empresa compra o milho de produtores amapaenses do
Curiaú e do Bailique, o que corta despesas com transporte e carregamento. Os
produtos são preparados na própria empresa, e recentemente a empresa adquiriu
uma máquina que separa a massa e leite do milho, garantindo assim um produto
livre de contaminação e uma maior agilidade de preparo.
Mesmo após dez anos em Macapá, o
negócio de pamonha continua rentável para Paulo. “Entre altos e baixos da
produção, o lucro gerado faz com que a empresa possa se manter, já estamos
pensando na compra de mais bicicletas para a venda nas ruas e iremos comprar
nossa própria sede, já que esta é alugada, e nos orgulhamos de incluir a
pamonha, que é uma iguaria típica de outra região na cultura do amapaense”,
finaliza Paulo.
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