segunda-feira, 26 de março de 2012

Olha a Pamonha!!!


Produção e consumo  do produto crescem em Macapá

por Dalton John
  
Um produto que cada vez mais faz parte de rotina do amapaense. Esta iguaria derivada do milho, originária da região nordeste, vendida todos os dias nas ruas de Macapá, através de trabalhadores de pedalam em suas bicicletas por toda a capital, acabou se tornando uma fonte rentável de lucro para uma pequena empresa que as produz no bairro Perpétuo Socorro, na periferia da capital. 

Segundo o proprietário, Paulo Kesio, a produção em Macapá se estabeleceu há pouco mais de 10 anos, e que essa função de família foi uma das pioneiras na cidade. “Quando viemos do Maranhão para cá, o meu pai, já falecido, montou a produção pelo fato de que em Macapá quase não existiam vendedores. Começamos na família mesmo, depois com alguns funcionários, e muitos deles após deixarem aqui a empresa, montaram seus próprios negócios com produtos derivados de milho. E nós da família estamos orgulhosos de sermos pioneiros no estado na distribuição do produto. E a aceitação é muito grande, as bicicletas sempre voltam vazias no final do dia”.

Não é somente de pamonha que a empresa se mantém, outras iguarias como a canjica de milho verde, além do milho cozido e assado, são comercializados pelos vendedores espalhados pela cidade. A alta produção é entre os meses de dezembro a abril, na boa safra do milho, onde a produção é grande, e o preço é mais barato tanto do milho comprado pelo proprietário, quanto dos preços repassados ao consumidor. 

Nos meses seguintes à boa safra, há uma escassez do produto, inclusive na principal época de consumo do milho, que são as festas juninas. Paulo Kesio, afirma que o aumento do preço e corte de despesas e de funcionários são inevitáveis. “Atualmente contamos com 15 funcionários, entre vendedores, debulhadores e cozinheiras, nesta época geramos um capital de quase R$ 800 por dia e a partir do final do mês de abril, a produção e arrecadação caem cerca de 30%, e nós temos que reduzir o número de funcionários, e como eles recebem por comissão e por vendagem, sempre fica fácil recontratá-los no final do ano”.

A empresa consegue se manter o ano todo, e para isso a empresa compra o milho de produtores amapaenses do Curiaú e do Bailique, o que corta despesas com transporte e carregamento. Os produtos são preparados na própria empresa, e recentemente a empresa adquiriu uma máquina que separa a massa e leite do milho, garantindo assim um produto livre de contaminação e uma maior agilidade de preparo.

Mesmo após dez anos em Macapá, o negócio de pamonha continua rentável para Paulo. “Entre altos e baixos da produção, o lucro gerado faz com que a empresa possa se manter, já estamos pensando na compra de mais bicicletas para a venda nas ruas e iremos comprar nossa própria sede, já que esta é alugada, e nos orgulhamos de incluir a pamonha, que é uma iguaria típica de outra região na cultura do amapaense”, finaliza Paulo.       

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