sexta-feira, 4 de maio de 2012

Será que o Amapá vai para o fundo mais uma vez?

por Fabiana Figueiredo

A cidade de Ferreira Gomes inundada
 pelas águas do rio no ano passado
A cada ano, no Amapá, os meses chuvosos - que geralmente vão de novembro a maio - trazem alguma surpresa natural, seja ela com pouco ou muito impacto na vida da população. No ano passado, nesse mesmo período, seis municípios sofreram com a grande intensidade de chuvas e com o elevado nível das águas dos rios, que provocaram inundações, e, em alguns casos, como em Laranjal do Jari e Ferreira Gomes, a Defesa Civil decretou situação de emergência. Segundo o site Amapá Digital, cerca de 6600 pessoas foram afetadas nos municípios de Ferreira Gomes, Calçoene, Porto Grande, Serra do Navio, Pedra Branca do Amapari e Laranjal do Jari, o qual é o município que mais sofre anualmente com as enchentes. Em especial, nesse município, as famílias, mesmo com o Plano Diretor de organização habitacional, insistem em voltar a morar nas palafitas, correndo o risco de perder a moradia - e a vida - para as águas doces. Nesse ano, no dia 09 de abril, na frente da cidade de Macapá, as vias públicas da Beira-Rio ficaram preenchidas com as águas do Rio Amazonas; e as moradias do Aturiá foram sendo arruinadas pela invasão das águas amazonenses.

O que ocorreu no ano passado foi o fenômeno La Niña, em que as chuvas e os ventos são mais intensos, as águas ficam mais frias e ocorrem alterações climáticas. Diferentemente, este ano está ocorrendo o efeito contrário do La Niña: o fenômeno El Niño, em que o clima fica mais quente e os ventos não circulam com tanta frequencia no centro do continente, principalmente.

Jefferson Vilhena afirma que as cidades
 do interior não correm risco de enchente
De acordo com o Técnico Jefferson Vilhena, do Instituto de Meteorologia do IEPA, a previsão para os próximos meses é a de que as cidades do interior não correm risco de enchente, por causa do fenômeno El Niño. Até mesmo em Laranjal do Jari, considerado o município mais afetado pelas chuvas. A previsão é boa, e o órgão afirma que, ainda assim, vai ser necessário "muita chuva" para alagar a cidade: como as massas de ar estão quentes, não afetam de forma bruta o clima e é pouco provável que ocorra alguma enchente.

O total de chuva acumulada até a manhã do dia 23 de abril - medição do Instituto Nacional de Meteorologia - estava em torno dos 188 milímetros, 51% abaixo do normal. Em março, Macapá recebeu aproximadamente 466 milímetros de chuva, 14% acima da média.

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