Sabe aqueles dias que você tem, quase que literalmente,
uma fome de leão e, realmente comeria um boi? E quando você fala: "Ah, hoje eu to com fome de sorvete de maracujá com calda de chocolate"? Pois é difícil saber se essas situações são
tidas como fome ou vontade de comer, não é mesmo?
Mas, por acaso você já pensou que, se pudesse diferenciar a fome da vontade de comer, talvez sua dieta finalmente desse certo e aqueles quilinhos indesejáveis fossem finalmente pros quintos dos infernos?
Então se prepare porque chegou mesmo a hora em que você vai conhecer seu apetite e aprender a driblá-lo com pequenas atitudes. Hoje em dia o alimento tem um forte componente emocional. Muitas pessoas têm o que os nutricionistas chamam de fome emocional, que é impulsionada por crises de ansiedade, depressão, momentos de estresse e etc. Nessas ocasiões, há uma forte vontade de comer alimentos de alto índice glicêmico e carboidratos refinados, que proporcionam um bem-estar imediato.
Na verdade a grande diferença é que a fome é uma sensação que todos os seres humanos sentem quando o organismo percebe a necessidade de ingerir alimentos para se manter funcionando de forma adequada. Já a vontade de comer é muito mais uma necessidade de preencher algum vazio de origem emocional, ou seja, não tem a ver com a sobrevivência.
Quando estamos com fome, temos vontade de ingerir comida de verdade, do tipo carne, arroz, feijão, etc. A fome é uma sensação completamente natural e é por isso que devemos nos alimentar a cada três ou quatro horas, evitando o excesso de fome para a próxima refeição e as vontades incontroláveis de ficar beliscando tudo por aí.
Já os desejos alimentares, ou seja, a vontade de comer, normalmente é caracterizada por vontade de beliscar besteirinhas em geral, como doces, chocolates e salgadinhos.
Além disso, existem pessoas que, para se permitirem comer mais doces durante o dia, deixam de fazer as refeições oficiais, ou seja, fazem uma economia que acaba se virando contra ela mesma. Isso é um equívoco muito grande que faz com que a pessoa confunda a fome com a vontade de comer. Isso é fato: Quanto mais doce à pessoa come, mais terá vontade de comer.
Em primeiro lugar, devemos respeitar os três pilares da boa alimentação: horários (comer a cada três horas), quantidade (não exagerar nas calorias) e qualidade (proporções certas entre proteínas, carboidratos e gorduras). Além disso, cuidar da boa saúde mental é fundamental para se evitar o comer emocional.
Normalmente, ao trabalhar muito ou ao fazer atividade física é comum ter muita fome e, como consequência disso, é difícil sabermos quando estamos mesmo saciados e quando o nosso apetite passou a ser gula. Isso acontece porque o excesso de atividade física aumenta as necessidades de nutrientes. Mas isso também não significa que podemos liberar geral. É muito comum ver pessoas que acreditam que fazer exercícios poderia funcionar como um verdadeiro passaporte para comer de tudo. Isso é gula.
Para diminuir a fome e amenizar a vontade de comer, podemos acostumar nosso organismo a comer pouco e comer devagar. Quando aprendemos a mastigar várias vezes e comer mais lentamente, damos mais tempo para que o mecanismo de saciedade se manifeste.
Portanto, da próxima vez que você sentir vontade de atacar um pudim de madrugada, ou terminar de almoçar e ainda continuar com a sensação de estômago vazio, pergunte-se: Você tem fome de que?
e-mail: beliziakro@hotmail.com
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