As eleições municipais estão em curso e a campanha eleitoral nas ruas está liberada. Mas a disputa tende a acirrar a partir de agosto quando candidatos e coligações estarão entrando na casa dos eleitores através do rádio e da televisão. Mas por enquanto as eleições que tem chamado a atenção dos analistas políticos, são as dos dois maiores municípios do Estado. Macapá e Santana.
No maior município em importância econômica e populacional do Estado, Roberto Góes vem a reeleição e sem a presença de Lucas Barreto na eleição majoritária, ele desponta como favorito na intenção de voto do eleitor macapaense. No entanto o Partido Socialista Brasileiro (PSB), que na eleição de 2010 jurou de pés juntos que em 2012 para o município seria a vez do PT, lançou candidatura própria, Cristina Almeida. Eleita vereadora, deputada estadual e reconhecida como a mulher que deu um baita susto no presidente José Sarney, Cristina Almeida não teve felicidade na escolha do vice, mas isso não dependia dela e muito menos do seu partido. Esse Van Vilhena foi uma invenção da corrente da Dora Nascimento e Joel Banha. Barco cheio e carregado, agora só resta o velho Capiberibe, acostumado a eleger poste no Estado, fazer mais um milagre.
Cristina Almeida está rezando para que o "Santo" petista se não puder ajudar, que não atrapalhe. Na capital a eleição tende a ser polarizada. Cristina e Roberto. Roberto Góes com uma boa aceitação e uma considerável rejeição. Cristina Almeida precisa mostrar que é massa de padaria. Quando mais apanha, mais cresce. E o Van, ou a VAN como brincam os eleitores, esse é preciso ir para uma oficina e mudar o motor, 1.0 não sobe ladeira íngreme, e do palácio Laurindo banha é muito, mais muito íngreme. Por isso que Clécio Luis (Psol) está com seu carango na oficina, turbinando sua máquina e se a Van patinar, Clécio passa a toda velocidade. Randolfe Rodrigues é o "mecânico" desse carro que transporta Clécio. Por fora correm Milhomem e Davi. Este último com um forte padrinho político, Lucas Barreto do PTB. Líder em todas as pesquisas, e dizem que com uma grande capacidade de transferência de voto. Então, cuidado que o Davi está por perto.
Só resta esperar a coisa começar pra valer, e ai sim vamos ver quem tem garrafa seca para encher. O PSDB na eleição majoritária vai compulsoriamente com o DEM. Mais uma derrota do péssimo estrategista Jorge Amanajás.
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De olho em Santana
Robson Rocha |
Marcivânia Flexa |
Mário Brandão |
No município portuário, Nogueira (PT) encerra sua gestão. E pasmem! Encerra na condição de prefeito. Ele, Nogueira, esteve muito perto de ser cassado pela justiça eleitoral, foi cassado pela Câmara de Vereadores e teve prisão decretada. Nogueira, bom de marketing criou um bordão que se celebrizou na política amapaense. "Na marra não!" Ele se referia a tentativa da Câmara de tirar-lhe o mandato. O controverso Nogueira não só conseguiu se manter no cargo, mas também lançar candidatura própria. Sua candidata responde pelo nome de Marcivânia Flexa (PT), deputada federal por alguns meses, pelo fato do impedimento da deputada Janete Capiberibe assumir seu mandato em função da Lei da Ficha Limpa. Marcivânia lidera as pesquisas no município, mas por fora correm Robson Rocha, filho de proeminente político daquele município, Rosemiro Rocha e irmão da deputada estadual Mira Rocha. Lá, o PTB coligou com o DEM da deputada Roseli Matos. Eles dizem que por Santana hasteiam a bandeira branca da paz e se dão as mãos. Santana é maior que as questões pessoais, dizem.
Roseli e Robson fazem referência as diferenças políticas que já marcaram a coexistência dos dois grupos partidários. Outro nome que merece respeito é o de Mário Brandão. Empresário e ativista cultural, Mário tem mostrado que tem musculatura política para brigar pela cadeira de prefeito. Entre adesões importantes, ele conta com apoio da ex-deputada Francisca Favacho. "Cresço a cada dia na campanha aqui em Santana, o povo está comigo", diz Mário Brandão.
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Eleições pelo interior
Euricélia Cardoso (Laranjal) |
Paulo Albuquerque (Cutias) |
Alguns fatos chamam atenção dos analistas políticos. Municípios com baixo contingente populacional como Laranjal do Jarí, por exemplo, possui mais candidatos para a prefeitura que o município de Macapá, que concentra praticamente 70% da população do Estado.
Lá em Laranjal, que teve na gestão da prefeita Euricélia Cardoso (PP) um mandato cheio de complicação com a justiça eleitoral. No mesmo que finda neste ano, o município teve quatro prefeitos. Por lá nove nomes concorrem a cadeira de prefeito. Isso demonstra a falta de liderança no município e que as forças políticas estão dispersas em vários grupos.
Calçoene terá uma eleição plebiscitária. Lucimar (PMDB) e Jorge Salomão (DEM) dividirão a atenção dos eleitores calçoenenses. Quem leva esta eleição? Jorge já governou Calçoene, e Lucimar conclui o primeiro mandato. Por lá já houve entreveros entre os dois partidos e principalmente entre os próprios candidatos, quase chegando a vias de fato. Por lá não será só o caldo de peixe que será servido quente, a campanha eleitoral também terá a temperatura elevada.
Em Cutias do Araguari, Paulo Albuquerque (PSDB) que se dizia decepcionado com a política e não viria a reeleição, mudou de idéia. O médico já foi picado pelo vírus da política e vai enfrentar as urnas. Canindé (PDT), veterano nas eleições municipais de Cutias vem de novo. Lá, PT e PSB possuem candidaturas próprias. PT vai de Amilton Pereira de Souza e o PSB com Ielda Ferreira de Oliveira. Vamos estar acompanhando e fazendo ponderações até o dia 5 de outubro.
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