Pergunta para a qual não existe resposta, só saberemos até onde ir quando enfrentarmos de frente uma situação real de perigo. Confesso que não tenho resposta para a pergunta, não sei o que faria para proteger meus três tesouros, mas eu conheço um pai que enfrentaria a pior fera para proteger os filhos.
Domingo é dia dos pais e eu escolhi este tema porque tenho em casa um pai que é super, protege os filhos como um leão protegeria os filhotes e é sobre este pai que quero falar com vocês.
Sou casada há 29 anos com o mesmo homem, quando nos conhecemos eu tinha 08 anos e ele 10, crescemos juntos e juntos aprendemos e dividimos muitas coisas, passamos por várias tempestades e algumas delas chegaram perto de nos derrubar, mas juntos conseguimos sobreviver.
Nosso casamento foi abençoado em muitos aspectos, mas eu e Miguel enfrentamos uma única frustração, o fato de não termos filhos naturais, o que derrubaria qualquer casamento, afinal os filhos são nossa continuidade, mas em vez de nos curvarmos decidimos adotar.
Adotamos três crianças lindas, Marco Kayke, Ana Ariel e Miguel Benjamim.
O Miguel, mesmo não sendo o pai natural das crianças, nunca deixou que isso fosse um problema, para ele os três são filhos e nada vai fazer com que pense diferente.
Ele é um pai tão presente que fazia questão de participar de tudo, levantava a noite para trocar fraldas, dar a mamadeira, estava sempre a disposição quando as crianças precisavam, nunca faltou a uma consulta médica, um PAIZÃO com todas as letras maiúsculas.
Na trajetória do Miguel como pai eu destaquei três momentos que quero dividir com vocês. Um desses momentos foi com o Marco Kayke. Nosso filho virou rebelde quando descobriu as baladas, eu e Miguel ficávamos noites e noites acordados morrendo de medo que algo acontecesse com ele, lembro que um dia o Miguel resolveu ir conhecer os locais por onde o Marco andava, voltou para casa contente por descobrir que o filho não fazia nada de errado.
Outro momento que eu presenciei foi com Ana Ariel. Nossa filhinha nasceu de oito meses com o bracinho paralisado, ficou algum tempo na incubadora e quando voltou para casa foi encaminhada para a fisioterapia. O Miguel foi persistente, nunca deixou de acreditar que nossa filha recuperaria os movimentos do bracinho, ficava na frente da televisão repetindo os exercícios que a fisioterapeuta tinha ensinado e quando ela movimentou o braço a primeira vez eu vi lagrimas de felicidade descendo pelo rosto dele.
Também vi lagrimas de desespero no rosto do meu amado quando presenciou nosso Miguel Benjamim delirando de febre, medo de perder mais um filho para a dona morte.
Eu e Miguel dividimos muitas coisas e, com certeza tem momentos meus que ele presenciou e que ficarão guardados para sempre com ele, assim como tem momentos dele que ficarão para sempre tatuados em mim, mas com certeza os melhores momentos que presenciei com meu amor foi com ele exercendo o papel de pai.
Ana Ariel e Miguel Benjamim são tão apaixonados que só dormem quando ele volta para casa depois do dia estafante de trabalho que enfrenta e não tem cena mais bela do que ver o Bem virar na cama para dormir e dizer "pai quero o teu braço". Pra você meu amor amado, feliz dia dos pais para o melhor pai do mundo.
Até semana que vem!
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