segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Editorial Jornal Tribuna Amapaense - Edição 316


O que você não vê

Um título que condiz com a função de qualquer jornal impresso, mostrar ao leitor aquilo que está a sua volta, mesmo que subliminarmente, como uma agulha em um palheiro, que não se consegue ver, mas se sabe que ela está lá. O Tribuna Amapaense desta semana mergulhará sobre esses detalhes, que por muitas vezes ocultos, acabam gerando ruídos na comunicação.
Na matéria de capa, um Raio-X das Eleições deste ano, sob a visão estatística e matemática, números que simplificam para quem contempla e tiram dúvidas simples do eleitor, como: Quantos candidatos a vereador? Quais as chances de cada um ganhar? E nos outros municípios? Como ficará o tempo de distribuição na TV e no rádio? Coisas que você não vê.
Outra situação que boa parte dos amapaenses não acompanham e que terá destaque nesta semana é o assunto que se refere à doação de órgãos. No Amapá, o Tribunal de Justiça aderiu ao Projeto "Doar é Legal" iniciando uma intensa campanha para divulgá-lo. O presidente em exercício do TJAP, desembargador Luiz Carlos, informou que a equipe da Assessoria de Comunicação do tribunal elaborou um link no portal do Poder Judiciário amapaense, onde os visitantes das redes sociais têm acesso às informações e até mesmo poderão preencher o formulário para se tornar um doador. Isso para dar mais visibilidade através das redes sociais.

Redes sociais... os Facebooks e Twitters, ferramentas que expõem intensamente a vida das pessoas, até demais. Como foi o caso de um candidato a prefeitura da capital, que teve momentos de sua relação conjugal divulgados em toda a rede mundial de computadores, e para todo mundo ver. Do mesmo modo, estão sendo observados e muito os balneários da capital e adjacências no Macapá Verão 2012. Foram investidos R$400 mil reais no evento deste ano, que iniciou no dia 14 de julho e vai até 12 de agosto. 

No interior do estado, a cidade de Serra do Navio foi criada com o objetivo de abrigar funcionários da Indústria e Comércio de Minérios (ICOMI), empresa que firmou contrato de concessão com o Governo Federal para a exploração do manganês amapaense por 50 anos, ou seja, até o ano de 2003. A empresa valorizou a região, se tornou um exemplo de urbanização e um novo modelo de cidade para o país.

Desde quando a reserva de minério esgotou, a empresa deixou o local e a sede passou a ser administrada pela prefeitura, que sofreu com dificuldades financeiras para manter o padrão implantado pela ICOMI, devido à manutenção de uma estrutura daquele porte demandar muitos recursos, e a população local vê com temor o futuro do município. 

Ainda dentro desse contexto, observamos e sentimos o progresso se instalar no Amapá a cada dia, recentemente a Companhia Municipal Docas de Santana, vizinha da reserva, através da Norte Navegação e Portos (Cianport) consolidou um projeto de ampliação dos seus serviços, devendo construir três silos, os quais irão recepcionar e armazenar grãos vindos de outros estados, porém a Reserva Particular do Patrimônio Natural (Revecom), localizada no município poderá sofrer danos. Será que o Imap viu isso? Viu sim! E tomou providências. Impôs duas condicionantes para que a empresa Cianport pudesse obter as licenças para iniciar a construção: a primeira foi a assinatura de um Termo de Cooperação entre ela é a Revecom, que disponibilizará um recurso no valor de R$ 3 mil mensalmente para a Reserva até o final de 2013; a segunda é a apresentação do controle ambiental desse projeto na Companhia Docas de Santana.

Outro fato a se destacar na edição desta semana é o início moroso das campanhas eleitorais. As divulgações deste ano estão sendo pouco exploradas e estão caminhando num ritmo muito lento, e de acordo com uma consulta feita com a população e evidenciada nesta publicação, boa parte do eleitorado afirmou que não vê a mobilização partidária ativa, logo na campanha política! Será que o povo não vê ou não quer ver?

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