segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Editorial Jornal Tribuna Amapaense - Edição 323

O poder e a sociedade

Professores de história ensinam, geralmente nos três anos de ensino médio, que as relações sociais, desde as épocas mais remotas até a atualidade, são relações de poder. De certa forma, esse pressuposto faz muito sentido quando começamos a observar no dia-a-dia inúmeros casos que evidenciam relações baseadas no poder. Sob o prisma da política, por exemplo, a partir do momento em que uma aliança entre partidos fortalece as partes envolvidas e a relação é conveniente, então está evidenciado um caso de relação de poder - que, como posto, coexiste com o princípio da reciprocidade. Mas o poder - ou as relações de poder - estão mais presentes na nossa vida do que se imagina.


Acontece que nem sempre essa relação é positiva e mútua, e tampouco leva em consideração os anseios da sociedade. Como você poderá conferir na matéria principal desta semana, o poder que os municípios de Macapá e Santana têm para melhorar a vida dos cidadãos ainda não foi utilizado para tratar do caso de famílias que vivem no Distrito de Coração e no bairro Jardim de Deus I, respectivamente, à beira da ferrovia que corta o Estado.

De igual modo, o leitor poderá constatar dois casos onde o poder parece ter confundido a mente dos que o detêm. No artigo do superintendente Roberto Gato é colocada em cheque a decisão do Tribunal de Justiça do Amapá no caso do presidente da Assembleia Legislativa e do primeiro secretário daquela casa.

Outro fato que é evidenciado nas páginas deste jornal é o da decisão do Tribunal Superior Eleitoral em aceitar recurso de um vereador do Estado do Paraná. O problema é que essa decisão põe a Lei da Ficha Limpa em risco.

O poder parece estar de mãos dadas com jovens mesatenistas do Estado, que estão recebendo treinamento de técnicos vindos de outros entes federados com o objetivo de aprimorar suas habilidades, como você poderá conferir nas matérias esportivas. Entretanto, não é o que acontece com muitos artistas que usam o corpo humano para fazerem suas artes, eles não têm poder aquisitivo suficiente e ainda não recebem apoio do Estado para divulgarem seus trabalhos. Isso você poderá constatar na matéria de cultura que estão nas páginas deste semanário.

O poder, é bom ressaltar, também está nas mãos do leitor que, ao mergulhar nas páginas e matérias feitas por este jornal com muito carinho, tem a oportunidade de informar-se sobre o que de mais relevante está acontecendo no cenário estadual e nacional. Use o seu poder de obter conhecimento e assim nós sabemos que você terá uma boa leitura!

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