sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Projeto de integração objetiva potencializar economia do Amapá


Por Fabiana Figueiredo

Na última quinta-feira (25), iria atracar na área portuária das Docas de Santana o Transatlântico Amadea, da Alemanha, com cerca de 800 passageiros alemães e caribenhos, os quais viriam conhecer nossa cultura e visitar a capital amapaense. A visita faz parte do projeto "Turismo Integrado Náutico na Amazônia", onde os passageiros têm a oportunidade de conhecer a região Amazônica de forma natural, podendo adquirir artesanato e os serviços locais, fortalecendo assim a economia do Amapá. Porém, a Capitania dos Portos não autorizou que o transatlântico atracasse.

Segundo o Secretário Interino da Secretaria de Estado do Turismo (Setur), Sandro Bello, é esse o objetivo do projeto de integração: "congregar os estados da Amazônia, principalmente o Pará, Amazonas e Amapá, no intuito de trabalhar em conjunto para a captação de transatlânticos".

Outros transatlânticos já visitados o Amapá, até com mais passageiros, porém o Amadea vem apresentar o projeto "Turismo Integrado Náutico na Amazônia", que está previsto para ser lançado no dia 15 de novembro, no evento que reunirá gestores da Amazônia Legal, autoridades do Senado, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), da Infraero, Empresas Aéreas e demais autoridades da Amazônia: Amazontech. Na ocasião, será mostrado o projeto à sociedade civil e aos que fazem parte do mundo turístico, como uma forma de discutir modos de expansão do projeto.

De acordo com Sandro Bello, como o Amapá é um "Estado-ilha", onde o acesso torna-se possível somente via marítimo ou aéreo, dificulta-se, assim, as opções de desenvolvimento da economia local. "Como nós somos portal de entrada dos transatlânticos na Amazônia, nós temos que saber aproveitar isso", disse.

Sandro afirma que quem executa a atividade turística é o empresariado. "O Estado é o ente que vai fazer uma ação diplomática entre os participantes do turismo. O Brasil nunca vai se potencializar enquanto turismo se ele não trabalhar em parceria com os demais países", ou seja, é necessária uma ação diplomática que facilite a vinda de outros países para que visitem a Amazônia.

Na maioria, os turistas estrangeiros que são o alvo desse projeto são da melhor idade, aposentados e que ganham cerca de U$ 25 mil por mês. "O Transatlântico tem que passar pelo Amapá para adentrar na Amazônia, ou seja, eles passam duas vezes pelo Estado, então é melhor que se discuta a melhor forma de aproveitar isso", diz.

Segundo o Secretário Interino da Setur,
Sandro Bello
Existem cerca de 120 empresas de Agencias de Viagens e Turismo, porém essas empresas trabalham mais com emissivo, vendendo passagens aéreas, principalmente. Poucas são as que vendem pacotes turísticos para que o Amapá possa ser visitado e conhecido pelo mundo.
Economia

Mais de 50 setores são movimentados com a vinda de turistas - estrangeiro ou não. O Setor de Transporte (vans, taxis e ônibus), Comércio (artesanato), Pontos Turísticos, Cultura (apresentações culturais), Gastronomia (restaurantes), Hotelaria (pousadas, hotéis) são alguns desses setores. 

Sandro explica que "a Doca de Santana arrecada de U$ 10 a 20 mil por aporte. A empresa de turismo que faz o receptivo tem uma receita em torno de U$ 20 mil também, com ônibus, guias de turismo, tradutores e todo o incremento que é trabalhado através da compra do pacote. É um fator muito importante para a economia". Em poucas horas, americanos, alemães, franceses, australianos (estrangeiros que mais visitam o Estado) visitam o Amapá e movimentam de certa forma a economia local.

A divulgação do Estado é por conta do Governo Estadual, em eventos e rodadas de negócio como o Amazontech.

Para Vera Lúcia Carvalho de Lima, artesã, essa é uma das oportunidades que o Amapá tem para mostrar que tem de bom e aumentar a vontade de divulgar a cultura amapaense: "A gente procura fazer o produto que interessa pra eles [turistas]. Eles gostam de comprar pulseirinha, brinco, colar, alguns compram as sementes, levam e montam o que eles gostam de usar. Eu acho que isso é muito bom que a gente trabalha com os produtos regionais eles levam um pouco do nosso produto, um pouco da Amazônia". Vera expõe seus produtos na Casa do Artesão, lugar muito visitado pelos turistas que visitam Macapá, e por isso já chegou a receber aulas de línguas como o francês e inglês para ajudar nas vendas.

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