segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Atleta do Passado - Carlos Sérgio

"O basquete é um dos esportes apaixonantes, é um tipo de jogo coletivo, e que precisa de incentivo"
por Fabiana Figueiredo

Aos 54 anos, nosso Atleta do Passado esbanja charme e saúde, tudo por causa do esporte, que, segundo ele, só faz bem ao ser humano. Carlos Sérgio dos Santos Monteiro hoje sente saudades da época que praticava voleibol, handebol e futebol, e sente mais ainda da época que fazia sucesso dentro das quatro linhas da quadra de basquetebol.

Hoje, Carlos Sérgio pratica tênis de quadra, mostrando
que o esporte é importante em qualquer idade
Aos 12 anos, Carlos Sérgio entrou no mundo do basquete, por vontade própria, iniciando dentro da Escolinha do Professor Ernesto Dias Neto, o "Filé". "Cada momento que ele estava dirigindo como técnico de basquete, ele fazia a escolinha no clube. Então, uma hora era no Ginásio Paulo Conrado, outra hora foi no Esporte Clube Macapá, outra hora foi no Amapá Clube (...)", assim conta Carlota, como era mais conhecido no basquete. 

Dessa época, bem no início, Carlos Sérgio tem lembranças boas, de ter começado a praticar esportes desde criança, fazendo amigos, mas admite que antes era só brincadeira: "Aos 12 anos você quer só bagunça. Eu estudava nessa época na Escola Paroquial São José, e praticava o esporte lá. Porque eu morava na Avenida Presidente Vargas, ao lado do Amapá clube", e era ali que Carlos gostava de passar um tempo jogando com os amigos.

Após dois anos competindo em campeonatos entre os clubes e escolinhas, aos 14 anos, Carlos Sérgio se aventurou na equipe Infanto-juvenil do Guarany Atlético Clube. Depois, foi chamado para jogar no América Futebol Clube.

Carlos foi se destacando nas competições, e pouco tempo depois, ele pôde, então, jogar pelo time do coração até hoje: Esporte Clube Macapá, em 1974, aos 16 anos. "Em janeiro de 1975, nós tivemos o Campeonato Norte/Nordeste no Pará, e eu fui escolhido o melhor armador do campeonato", lembra.

Carlos Sérgio jogou nas categorias Infanto-juvenil, Juvenil e Adulto depois que passou pelo E.C. Macapá. 
Após a conquista de um Campeonato Amapaense, Carlota foi estudar em Belém, e levou seu talento consigo para o Tuna Luso. Após concluir os estudos, foi para a Escola Técnica, onde teve a oportunidade novamente de jogar no time de basquete da escola. Pelo Tuna, Carlos Sérgio afirma que chegou a garantir um Campeonato Paraense de Basquetebol. Ele também ressalta que, quando foi morar em Brasília, tentou jogar nas "peladas" que aconteciam entre os amigos, mas não o deixavam entrar por considerá-lo de baixa estatura.

Um jogo que marcou bastante a vida e a memória do nosso atleta foi o que aconteceu entre o E.C. Macapá e a Sociedade Esportiva e Recreativa São José, um dos últimos jogos pelo time do coração dentro das quadras: "Faltava acho que 10 segundos para terminar. Eu tirei o lateral, bola ao lado, coloquei na mão do pivô, o Buçu. Ele fez a cesta e ganhamos por um ponto de diferença. Foi um dos jogos mais importantes da nossa terra", narra.

Por volta da metade dos anos 80, o Atleta do Passado voltou para a capital morena, o trabalho começou a exigir mais dele, e deixou de jogar definitivamente.  Na mesma época, Carlos Sérgio se casou em Macapá, e foi mais um motivo para não voltar a praticar o basquetebol.

Após encerrar a carreira de jogador de basquete, em 1986, aos 28 anos, Carlos Sérgio foi indicado Presidente da Federação Amapaense de Basquetebol (FAB) para o triênio 1987/88/89. "Dentro da nossa gestão no basquete, nós desenvolvemos e avançamos muito, principalmente no basquete feminino, essa foi a área que eu priorizei, nós tínhamos uma equipe muito boa", relata Carlos.

No basquete feminino, ele diz que lançou várias garotas pela Federação. Algumas como Daniele, Dilma, "Tchonca", Luciana, Ane, Rochele, Quelma, etc. Carlos Sérgio também lembra que se espelhava em Lelé, Léo Platon, Adassi, Petcov, Façanha, entre outros jogadores de sua época. Juntamente com Bolô, Luluca, Valério, Mário Cuia, Romero, Guara Lacerda e muitos outros, eles faziam a alegria da torcida amapaense.

Carlos Sérgio lamenta que o basquetebol amapaense não tenha uma boa base hoje, e que, além disso, o feminino foi se apagando com o tempo. "Não houve uma base pra Macapá, geralmente os jogadores são importados, participam do campeonato, depois vão embora. 

Hoje, Carlos Sérgio sabe aproveitar muito bem seu tempo: "Eu jogo o tênis de quadra. Continuo na atividade e o basquete ficou uma coisa do passado. Praticar esportes independente de qual seja, é importante para a formação, é importante para as relações. Fazer atividade física é importante para saúde", diz.

Finalizando, ele ressalta que o esporte no Amapá deve ser incentivado para afastar as crianças e os jovens do caminho das drogas e bebidas; "vamos praticar esportes e o basquete é um dos esportes apaixonantes, é um tipo de jogo coletivo, e que precisa de incentivo". E ainda indica: "As pessoas se não são amantes passem a ser amantes do esporte que ele só faz bem".

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