por Reinaldo Coelho
O Cicloturismo é uma forma de turismo que consiste em viajar utilizando como meio de transporte uma bicicleta. É uma maneira muito saudável, econômica e ecológica de se fazer turismo. Utilizando a bicicleta, o turista sente uma ligação quase que mágica com as pessoas, pois a recepção dada a um cicloturista é mais calorosa do que se o viajante chegasse em outro meio de transporte. Outro fator importante no cicloturismo é o conhecimento que se adquire de outras culturas e costumes das cidades visitadas.
Para praticar esta modalidade é necessário algumas precauções para não sofrer contratempos na estrada. Principalmente na escolha da bicicleta a ser utilizada para uma viagem. Ela deve ser, além de confortável, forte e em bom estado, deve permitir que se percorra qualquer tipo de piso, ou seja, asfalto e terra.
Há duas modalidades básicas de cicloturismo: de forma autônoma e com suporte. Na modalidade com suporte, geralmente o viajante contrata o serviço de uma operadora, que organiza o roteiro, hospedagem e alimentação, normalmente transporta os pertences da(o) viajante e oferece serviço de guia.
Viajar com autonomia pode ser praticado tanto solitariamente como em grupo. Nesta modalidade, os viajantes levam tudo o que precisa na viagem, normalmente nas bolsas específicas para bicicleta chamadas alforjes.
É nessa ocasião que entram os membros da Equipe de Trilha do Extremo Norte do Amapá, que reúne os simpatizantes do pedal voltados para o lazer e a prática de exercícios saudáveis. O grupo foi fundado em 2008, e tem toda uma logística implantada para a realização de excursões ciclísticas.
Este ano, o grupo estará realizando o I Pedal Extremo do Amapá - Macapá/Cachoeira de Santa Antônio, no extremo sul do Estado (Vale do Jari). O evento acontecerá no período de 15 a 18 de novembro.
De acordo com um dos coordenadores da equipe Hélio Araújo, 35 anos, Paraense, e pratica o ciclismo há mais de 20 anos e vice-presidente da Federação de Triatlo no Pará onde disputou diversas competições do ciclismo, e é Preparador Físico, a saída acontecerá de Macapá e a chegada na Cachoeira de Santo Antônio, localizada no município de Laranjal do Jari. “Serão 310 km de ida e o retorno acontecerá de carro. Serão mais de 35 ciclistas de ambos os sexos, numa faixa etária que vai dos 18 a 60 anos. Uma das exigências para a inscrição é que o participante esteja em seu perfeito condicionamento físico, devendo assinar um termo de compromisso garantindo as informações de plena saúde”, estabelece Hélio.
Ele também destacou que o evento contará com a participação de atletas paraenses. Quanto à logística, foi montada uma equipe percursora que viajou até o município de Laranjal do Jari, demarcando os pontos que deverão servir de acampamento e parada obrigatória. “Na última sexta-feira teve uma equipe de frente que mapeou o percurso, delimitando acampamento, possíveis paradas para o Lazer e pontuados locais propícios ao Turismo Ecológico, desconhecido pelos próprios amapaenses”, definiu.
O atendimento médico e primeiros socorros será feito pelos próprios ciclistas, existem carros de apoio. “O Corpo de Bombeiros de Laranjal do Jari, na pessoa de seu comandante Cel. Quaresma, cedeu o alojamento para pernoite dos membros da equipe mapeadora. A prefeitura do município, através da Secretaria de Turismo também está apoiando o evento. Assim como a Clínica Maximini e a Casa Uirapuru”, relacionou.
Infelizmente é pouco o apoio recebido para um evento desta envergadura, que além do lazer e do exercício físico terá o objetivo de mapear os lugares no roteiro que deverão ser divulgados como pontos ecológicos e de turismo no Amapá. “O retorno estava previsto para ser de ônibus da linha intermunicipal, porém as empresas não aceitaram a colocação das bicicletas nos bagageiros dos ônibus. E nos resta vir de caminhão. São os percalços da falta de interesse”, reclama.
Esporte antigo
O evento tem como maior objetivo divulgar o Ciclo Turismo como um estilo esportivo e de lazer através do qual os participantes, além praticaram uma atividade física se integram à natureza, fazendo a divulgação e a conscientização da manutenção da mesma nos locais ondem passam. É um esporte antigo e também uma das alternativas para diminuir o consumo de combustível fóssil e opção de transporte limpo. “Utilizando a bicicleta como meio de transporte, tanto para o lazer como para o trabalho, tiraremos milhares de carros dos centros urbanos, diminuindo o impacto da poluição no meio ambiente”, disse.
Os praticantes do Ciclo Turismo Amapaense já realizaram essa experiência ímpar em 2001, rumo ao município fronteiriço do Oiapoque, e em 1997, no mesmo trecho que vai acontecer em 2012, ida e volta para o município do Jari.
Nenhum comentário:
Postar um comentário