O trabalho desenvolvido pelos seis cães do único Canil de segurança pública do Estado do Amapá surpreende pelo sucesso efetivado por eles na maioria das operações que os adestrados participam.
O canil possui 6 cães que atuam em 4 áreas - guarda e proteção, busca na mata, apresentação e faro |
O Canil é uma Companhia do Batalhão de Operações Especiais (Bope), e por ser uma companhia, possui Oficial, Comandante e Subcomandante, os quais são formados pelo Bope e receberam curso básico de adestramento de animais. O Canil está funcionando 24 horas durante a semana inteira.
Os cães estão disponíveis para serem deslocados e entrar em ação em qualquer lugar do Estado do Amapá, à serviço do Bope e de outros setores da Segurança Pública.
O Sargento Ricardo Ramos, responsável pelo Canil, explica como os cães são acionados: "Se houver a necessidade imediata, o comandante do batalhão determina, a companhia é acionada e os cães são prontamente empregados"; segundo o Sargento, se o serviço for marcado com antecedência, os cães são preparados e cria-se uma escala de serviços.
"O treinamento dos cães é diário, não pode ser interrompido. É feito um revezamento entre eles", afirma o Sargento Ricardo. Dependendo da quantidade de operações que os cães atuam, o treinamento e o adestramento são intensivos e seguem durante a semana; por exemplo, três cães treinam três vezes por semana, depois mais três cães durante três dias na semana treinam, sempre revezando as atividades de acordo com as necessidades de cada cão e sua especificidade.
As raças variam de acordo com a aptidão para uma área específica que cada cão possui. No canil, as raças presentes são Pastor Alemão, Pastor Belga de Malinois e o Labrador. Os cães e suas áreas de atuação são: Prill e Maia, cão de faro, que buscam entorpecentes e explosivos; Gorilo e Kiara, chamado cão de P5, que é o cão de apresentação (em escolas, em instituições beneficentes, etc); Fogo, cão de guarda e proteção (ataque e defesa), que faz a segurança de patrimônios, de pessoas, etc; e o Grifo, cão de busca na mata, que vai atrás de foragidos e pessoas desaparecidas.
De acordo com o Sargento Ricardo, o cão de P5 - denominação dada pela Bope -, cão de apresentação, tem um preparo diferenciado para não atacar o público, tem de ser o mais dócil possível, principalmente com as crianças. Por esta razão, se utiliza a raça Labrador para esta atividade.
A Polícia Militar é quem mantém os cachorros, com ração e o material de limpeza, principalmente; tudo através de processos licitatórios.
Maia, cão de faro, é uma das que mais se destaca pelo trabalho realizado |
O Sargento responsável também explica que a grande demanda do canil "é na busca de entorpecentes, em parcerias com a Polícia Rodoviária Federal, em operações próprias do Bope, e em apoio às demais unidades". É nessa área também que o trabalho dos cães mais se destaca, entre eles podem ser citados os cães Prill e Maia (faro).
Os cães são acionados através do batalhão. O Sargento Ricardo fez uma simulação: "tem um mandado de busca e apreensão, os policiais vão para o local, fazem a busca. Porém o cão, por ser treinado, ele encontra com uma facilidade muito grande os entorpecentes. [...] Quando eles procuram, eles encontram". É esse o trabalho pelo qual os cães se destacam, pela rapidez em executar diversas ações e pela confiabilidade, certeza de que encontraram o que lhes foi pedido.
A última operação canina que obteve sucesso e destaque ocorreu duas semanas atrás, quando houve uma grande revista dentro do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen), onde rapidamente os cães encontraram entorpecentes, armas de "fogo", Pistola 380 e munição para armas calibre 38.
Todo esse trabalho confirma o lema do Canil: "O melhor amigo do homem a serviço da sociedade". O cão é conhecido popularmente como o melhor amigo do homem, então ele está o ajudando no combate às malícias e na segurança da população amapaense.
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