segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Dossiê - A catarse de Roberto Góes


Logo após o término das eleições de 2012 para Prefeito de Macapá, com a anunciada vitória apertada de Clécio Luis, quando os holofotes lhes eram abundantes e generosos, era natural que alguma alma bondosa indagasse: - E Roberto Góes, o perdedor, onde e como está? Desde que o mundo é mundo ninguém quer saber dos derrotados a não ser para  lhes servir um indigesto prato de escárnio ou lhe deferir um recusável sentimento de pena. Roberto Góes foi encontrado sereno, sorridente e reputando que a vitória de Clécio Luis lhe fora benéfica. Mas, como assim, cara-pálida?

Roberto Góes fez, então, uma breve retrospectiva de sua recente experiência política. Logo após as eleições para Governador em 2010, foi segregado na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, em exatos 54 dias, por ordem do Ministro João Noronha do STJ (lembram?), sob a alegação de obstruir as investigações da "Operação Mãos Limpas", mesmo quando colocou todo o acervo documental da PMM à disposição da Polícia Federal. Após isso, recebeu toda sorte de calúnias, difamações e injúrias por parte dos adversários e sua relação com o munícipe ficou afetada. Seu futuro político trazia a expectativa de um futuro sombrio, nada promissor. O direito de defesa lhe fora subtraído porque seus adversários lhe condenaram antecipadamente, antes mesmo da Justiça sequer concluir as investigações. Foram ataques implacáveis a sua honra pessoal e política.    

Sua candidatura à reeleição foi um penoso trabalho de higienização e superação de traumas e conflitos. Roberto Góes, como gosta de dizer, estava "tuíra" politicamente. Sabia que os adversários seriam duros e lhe reservavam um lugar de marginal político, preso por corrupção, mau gestor e encrencado com a Justiça. No processo de construção da candidatura antigos aliados, como ratos, abandonaram o barco e com dificuldade teve que construir novas alianças em trabalhoso processo de edificação política. As primeiras pesquisas não lhes eram favoráveis  o que motivou seus militantes a uma renhida luta de convencimento. 

No final do primeiro turno saíra vencedor com mais de 40% dos votos numa esmagadora vitória sobre todos os adversários. Era natural que com isso angariasse ainda mais a antipatia dos adversários que não economizaram nos impropérios, calúnias, difamações e injúrias no curso da campanha eleitoral. Um poderoso sistema de mídia foi montado para diariamente solapar a gestão numa estratégia de guerra para lhe emprestar o perfil de mau gestor, corrupto e, por conseguinte, nocivo à sociedade.

O segundo turno foi pior ainda, acusações de toda sorte lhe bateram as portas. Verdadeiro terrorismo político-eleitoral. Acusaram-no de financiar aborto, de se apropriar das verbas consignadas do servidor, com direito à operação policial espetaculosa no prédio da PMM e ampla cobertura jornalística, inclusive, primeira página, e, ainda, "recomendação" de não pagar o sagrado salário dos servidores, senão, senão. Sobrou até para os moradores do Mucajá. Foi um inferno pessoal e político só palatável pelos "fortes".

A derrota, afirma Roberto Góes, tira de suas costas um peso enorme e lho devolve, pelo menos momentaneamente, a paz e tranqüilidade. Vive um momento de catarse, de purificação, purgação, limpeza da alma pela sua tragédia política e pessoal onde, sem piedade, fora colocado no pau-de-arara da insanidade pelos seus inimigos, não adversários, que ao invés da persuasão preferiram o açoite covarde da ofensa desmedida à honra, sem critério para escolher as armas, como verdadeiros homens-bombas do Ocidente. Roberto Góes afasta-se da "tragédia" política, como dizia Aristóteles, purificado e livre, após o drama eleitoral de extrema intensidade e violência, pois se ganhasse não levaria.  O  melhor, então, é a paz catártica da derrota, assim seus inimigos, como diria São Jorge em oração, terão olhos e não o verão. E salve Jorge! 

Rabiscos
E Clécio Luis venceu com diferença apertadíssima e Roberto Góes sai vivo e tranquilo, porque olha, irmão, foi terrorismo puro. Éguua!!!////Até os pobres moradores do Mucajá foram atingidos no processo eleitoral. Tiveram ameaça de despejo pela SPU, num ato que, me ajudem, pareceu político. Mas quando já... eitcha....///// Valia tudo para impedir a vitória de Roberto do blefe da esquerda à compra descarada de votos com direito a divulgação do numero do TRE, MPE e tudo que se possa imaginar pelos próprios corruptores///A diferença foi mínima mas exigiu um poderoso esquema de mídia que massacrou a imagem de Roberto Góes. Verdadeiro horror de guerra. Eita, mundão!!!////E a Polícia Federal por ordem judicial entrou na PMM para buscar e apreender documentos que o MP já dispunha. Operação policial iniciada, logo ampla cobertura jornalística com direito, inclusive, à primeira página em manchete principal..../////Servidores municipais ficaram impedidos de receber seus vencimentos por força de uma recomendação ministerial, porque poderia favorecer o candidato RG!!/////Aliás, só faltou haver determinação de mandar suspender a merenda escolar e o transporte coletivo.../////Segundo fontes "inidôneas", claro, Clécio não estaria disposto a ratear os cargos da PMM com aliados do segundo turno. Mas será? Sinceramente não acredito/////Começa a transição, Prefeito Roberto define equipe para fazer a chamada transição política. Corretíssimo. Democracia é isso/////E o Ibope acertou na lata, mas fez umas manobras de dados que, meu Deus, são de assustar, mas tudo bem, deixa o Clécio governar////// Roberto Góes diz que sai purificado com a derrota. Uma eventual vitória traria uma noite de alegria na Beira Rio e o resto só Deus sabe...com certeza, meu caro////Roberto venceu cinco eleições nunca respondeu a nenhum processo. Mas desde que se candidatou a Prefeito respondeu até por panela emprestada e aborto periférico. Política é isso não aquilo////E agora e esperar os cem dias de Clécio Luis. Sem jogar "psica" se engrenar com o trabalho anterior e for fazendo as modificações processualmente a coisa vai, agora se parar e para fazer "análise situacional" perde tempo, meu mano, e como perde///// E a imprensa PINK, aquela que bajula até os talos, lê meia página do almanaque abril e se acha, como vai? Vocês alguma vez já fizeram uma catarse, hein, babys? É claro que não, vocês não têm tragédias, né lindas? Ah! Parabéns, vocês foram maravilhosas. Como sempre/////Converso com meu amigo não-moralista Silas Assis, que nunca fez catarse no jornalismo e nem fez contrato emergencial com os governos, sobre purificação após a derrota. E ele diz: ê mano, eu estou é na guerra para fazer a paz. Égua!!! não entendi nadinha, sinceramente. Meu patrão eu quero é receber, o resto é radicalismo nojento. Ora  vão trabalhar, vagabundos!!!/////Roberto Góes me pergunta se já fiz catarse alguma vez. Toda terça, meu caro, diante de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Ameniza um pouco/////bye

Nenhum comentário:

Postar um comentário

ARTIGO DO GATO - Amapá no protagonismo

 Amapá no protagonismo Por Roberto Gato  Desde sua criação em 1988, o Amapá nunca esteve tão bem colocado no cenário político nacional. Arri...