sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Artigo do Tostes - O trajeto em 2012


Sempre ao final de cada ano e começo de um novo, renova-se a expectativas de dias melhores em todos os planos individuais e coletivos, isso é muito forte e presente em nosso imaginário. O ano de 2012 será sempre lembrado pela profecia de que o mundo iria acabar muitos tiraram proveito disso para usar estratégias de marketing e outros tipos de atrativos, tudo com base naquilo que mais atrai o ser humano, o mistério sobre o dia de amanhã.

Ao longo deste ano, abordei inúmeros assuntos importantes relacionados ao nosso cotidiano, vários relacionados à prática profissional, outros temas vinculados ao contexto de nossas cidades, discussão sobre planos, programas, projetos, habitação, cultura, políticas governamentais, questões amazônicas e amapaenses. 

Visitei em 2012 muitos lugares, vários deles como pesquisador, como presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo ou curtindo o meu período de férias. No Brasil, estive em Brasília por diversas vezes, sempre fico com a impressão de que as coisas poderiam ser melhores, Brasília é o centro da institucionalidade, tudo se resolve por lá, dos assuntos mais simples aos mais complexos. 

No mês de março, São Paulo era referência através do evento da Escola da Cidade, apresentei um trabalho de pesquisa sobre a orla da cidade de Macapá e Santana, o público presente neste ato de professores, alunos e pesquisadores da escola, que tem como tradição o desenvolvimento de um curso com base em experiências adquiridas através de viagens semestrais. O curso nesta escola é de 07 anos, trocamos ideias com os pesquisadores de vários países da América Latina, discutindo os diferentes cenários que envolvem a organização e problemática da espacialidade das cidades em todo o continente.

Em abril, João Pessoa na Paraíba foi palco para a participação de uma banca de mestrado sobre a Fortaleza de São José, o tema do trabalho era o imaginário social, artístico e cultural vinculado a uma escola do bairro do Laguinho, relação oportuna quando se pensa a Fortaleza como parte de nossa história, porém pouco correlacionada como símbolo pleno da cidade. Em abril, em Belém discutimos no seminário de políticas públicas da Amazônia a diversidade do contexto político, econômico, social e ambiental da região amazônica, o projeto da incubadora de políticas públicas para a região, oportuniza uma ampla visão sistêmica sobre a nossa região. 

Em junho, Manaus foi à sede para um importante evento na área de planejamento organizacional, um fato marcante nesta viagem foi à visita ao Teatro Amazonas, no interior do teatro, reflete uma época de ouro da maior evidência de um ciclo da região, este espaço é suntuoso e belíssimo, contrastando com o Teatro Amazonas, chamou-me a atenção às condições de informalidade na cidade de Manaus, bem como as obras relacionadas à preparação da Arena Amazônia para Copa de 2014. 

Em julho, tive a oportunidade de sair de férias, partir em direção ao estado do Ceará (Fortaleza). Fortaleza tem sido o lugar que mais visitei nos últimos 20 anos, apesar de ter ido tantas vezes a capital cearense, sempre faltou à oportunidade de ir a Jericoacoara, este lugar foi moldado por Deus, uma paisagem cênica inigualável, os pontos mais deslumbrantes: a Pedra furada, por do sol, e as lagoas, dão o caráter peculiar ao turismo local.

Em setembro, retornei a Brasília para a apresentação do novo sistema de coleta de dados para a nova carteira dos arquitetos e urbanistas, algo moderno e tecnológico, evidencia o novo símbolo de modernidade do novo conselho, neste mesmo mês, cheguei à cidade de Natal para participar do Encontro Nacional de Pós-graduação em Arquitetura e urbanismo, destacando o trabalho sobre Serra do Navio. Em Natal, percebi a degradação ambiental da orla de Ponta Negra, fruto do descaso das autoridades. 

Em outubro, participei em dois momentos: o primeiro no evento internacional de Planejamento Urbano Regional luso-brasileiro, neste evento,  apresentei os resultados do meu trabalho sobre as transformações urbanas na faixa de fronteira; e o segundo momento do mês à participação no Congresso de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia em Palmas no Tocantins, o trabalho apresentado: a realidade sobre a fronteira entre o Amapá e a Guiana Francesa. Na cidade de Palmas estive na faculdade de Arquitetura do Tocantins a convite de amigos e professores, neste momento apresentei para alunos e professores a concepção científica sobre o argumento no projeto de arquitetura. 

Em novembro, viajei para Lisboa para participar do evento Palcos da Arquitetura, pela primeira vez fui convidado para ser membro do comitê científico internacional desta universidade. A cidade de Roma era o próximo destino, o objetivo era participar de um curso de Planejamento e sustentabilidade em centros históricos, conheci as cidades de Veneza e Florença, tais cidades são as maiores referencias da Itália: Roma é história; Florença é arte e Veneza é um sonho. Esta experiência foi muita rica pela diversidade do curso. No retorno ao Brasil, passei pelo Rio de Janeiro, constatei "in loco" o pleno desenvolvimento das obras para Copa do Mundo e para as Olimpíadas de 2016.

O ano foi movimentado entre os diversos lugares visitados, sempre há algo a aprender com a riqueza cultural. Sempre divulgo através do meu blogspot, seja qual for à natureza da viagem, existe uma busca incessante pelo aperfeiçoamento. As viagens permitem isso, desenvolver a nossa capacidade e aguçar o nosso imaginário. Que o ano de 2013 seja tão promissor como foi à trajetória do ano de 2012.

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