sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Atleta de Ponta - Alana Lins



“Na dança você aprende a ter disciplina e educação, a ser perseverante, saber se portar, a lutar pelos seus sonhos, e ser independente”

por Fabiana Figueiredo

Assim como todos os esportes, a dança também é um exercício físico que exige muito do praticante, mas que ainda oferece benefícios como a disciplina, a educação, a perseverança, a lutar pelos seus sonhos, e ser independente. A Atleta de Ponta desta semana já possui um belo currículo no que diz respeito ao mundo da dança, passando pelo Balé Clássico, Jazz, Dança Contemporânea até a Dança de Salão. Seu nome é Alana Lins Martel, com 24 anos de idade e 16 anos de carreira.

A bailarina conta que quando estudava na Escola Estadual Irmã Santina Rioli, teve de escolher se iria praticar Balé ou Educação Física, e escolheu o estilo de dança. "Eu não tinha interesse pela dança, eu fiz porque eu não queria fazer educação física. Então fiz essa opção e depois acabei me encantando", afirma Alana. Entrar na escolinha de dança, por volta dos 8 anos, foi um modo de descobrir o talento que a pequena garotinha tinha para a arte, quando então, surgiu o convite da professora de dança Sandra Santos para participar da escolinha de balé clássico do Sesi: "Ela viu que eu tinha um talento diferente das outras meninas, e então comecei a fazer balé lá". Alana recorda que no início, o pagamento das viagens para participar de vários festivais eram os maiores problemas, mas que não a fez desistir.

Por volta dos 14 anos, quando a então professora de dança havia adoecido, ela se afastou das atividades da Companhia de Dança do SESI, e foi fazer trabalhos independentes. E foi nessas idas e vindas pelo país que Alana conheceu o dançarino Agesandro Rêgo, o qual foi o grande impulsor de sua carreira. "Hoje meu trabalho é bem mais reconhecido com o trabalho feito pela Escola de Dança Agesandro Rêgo. Agradeço imensamente a ele", diz.

O Balé foi a etapa inicial para que Alana conhecesse o Jazz no Sesi; logo depois o Sapateado; e aos 12 anos ingressar no estilo que hoje lhe traz mais satisfação: a Dança Contemporânea; além, ainda, da Dança de Salão.

Ela conta que na empresa onde trabalhava, a gerente a desligou dos serviços porque via que o futura de Alana era na ponta dos pés, dançando pelos palcos. "Ela viu que meu sonho não era ali, que o que eu gostava de fazer, tudo que eu me empenhava era a dança: 'o seu futuro é na dança'", comenta. "Se eu ainda estivesse lá, acredito que eu não seria tão realizada como sou hoje". Alana logo entrou na Escola de Danças Agesandro Rêgo, após muita insistência do amigo, em 2009; se tornou uma das mais respeitadas professoras dentro da escola.

Entre coreografias para miss e espetáculos de dança, Alana coleciona vários prêmios pelos festivais que já passou, como por exemplo, o Festival Internacional de Dança na Amazônia (FIDA), que foi seu primeiro festival onde viajou (aos 10 anos) e, mais tarde, garantira seu primeiro lugar pela Dança Contemporânea (2002); o Festival de Dança de Joinville, em Santa Catarina; no Amapá, o Festival de Dança Evoluções, um dos mais tradicionais do Estado, onde conquistou 2 primeiros lugares pela Companhia Agesandro Rêgo, e mais 3, no ano passado, com a sua Companhia Experimental de Dança Alana Lins; entre vários outros (Sua companhia experimental foi criada há dois anos).

Alana ressalta que a maioria dos festivais que participa, é com o interesse de se aprimorar nas técnicas do mundo da dança, sejam elas em qualquer modalidade: "Muitos desses festivais eu fui pra me aperfeiçoar, para conhecer, fazer cursos e reciclagem profissional, mas me deram muito retorno".

Para ela: "O balé é a base pra qualquer outro tipo de dança, leva para vários outros tipos de dança. O contemporâneo é uma mistura de teatro, dança, cenário; a gente pode viajar na nossa imaginação e não há explicação".

Alana pretende morar em São Paulo em julho de 2013, para se formar no curso de Dança e poder trazer experiências novas para a terra natal.

"Na dança você aprende a ter disciplina, educação, a ser perseverante, saber se portar, a lutar pelos seus sonhos, e ser independente. É como uma terapia. Eu indico totalmente a dança. Quem faz dança, realmente, é mais feliz", finaliza a bailarina.

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