sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Atleta do Passado - Currú


“Eu era um dos melhores jogadores que tinha em Macapá”

Por Fabiana Figueiredo

Orlando Cardoso de Almeida, hoje com 67 anos, o Currú, deixou sua marca na história do futebol amapaense, como tantos outros que também presentearam o Estado do Amapá com suas histórias. Esta semana, ele é o protagonista da editoria Atletas do Passado.

Natural de Breves (PA), ele veio aos 10 anos para Macapá, junto com a família toda, em busca de melhores condições de vida. O primeiro contato como futebol foi aos 18 anos, no Campo do América, hoje Praça Chico Noé, Laguinho, onde o Atleta do Passado ainda reside.

Tudo era brincadeira, até quando, aos 19 anos, entrou para o time do 7 de Setembro. Depois de certo tempo, Currú recebeu um convite do chefe Humberto, conhecido treinador, para atuar pela Sociedade Esportiva e Recreativa São José. Sua estreia no time titular foi contra o Santana Esporte Clube; e, mais tarde, conquistou o título de campeão amapaense de 1970, e, nos dois anos seguintes, garantiu o tricampeonato (70, 71 e 72) para o São José. Ele se lembra do jogo que marcou sua vida: contra o Ypiranga Clube, na decisão do Campeonato Amapaense de 1971.

Em 1972, Currú foi jogar pelo Azulino Esporte Clube Macapá, onde foi vice-campeão amapaense de 1973, ao lado de Nariz, Zé Domingos, Haroldo Santos, Castelo, Guara Lacerda, Léo, Olivar, entre outros. No ano seguinte, recebeu convite e atuou no Trem Desportivo Clube.

Time do São José, no Campeonato Amapaense de 1971
Currú também chegou a compor a Seleção Amapaense de Futebol na década de 70, ao lado de Zé Roberto, Paulo Rodolfo, Alceu, Bandeirante, Castelo, Orlando Torres, Haroldo Santos, Piraca, Haroldo Pinto, Antônio Trevizani (um craque para ele) e Moacir Banhos.

Aos 27 anos, Currú parou de jogar futebol pelos times, mas sempre batia uma bola ali e acolá. "Eu parei porque tinha que trabalhar, cuidar da mulher e dos filhos, e não dava mais pra ficar no futebol."

Ele também recorda das lembranças que tem: "Eu era um dos melhores jogadores que tinha em Macapá, sou respeitado até hoje pelos amigos que fiz no futebol. Eu casei quando comecei a jogar, e foram só alegrias".

Currú se orgulha de dizer que trouxe a família para o mundo do futebol. Seus filhos e netos também atuaram dentro de quatro linhas, entre eles estão o Flávio, o Vinícius e o João Victor, que foi campeão amapaense de futsal Sub-11 neste ano.

Atualmente, o ex-zagueiro Currú não joga mais o futebol, por questões de saúde, mas contribui bastante como conselheiro da diretoria do São José.

"Tudo o que eu consegui no futebol, eu adoro. Eu nunca fui esquecido", finaliza o atleta do passado.

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