terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Dossiê - O jornalismo ogro


O jornalismo, independente de qualquer definição acadêmica ou mais sisuda, é uma atividade importantíssima para a humanidade. Nas crises ou nos momentos de estabilidade, em qualquer sociedade, o jornalismo se apresenta como o canal legítimo de informação do povo. É em si, também, uma verdadeira e "fascinante batalha pela conquista de mentes e corações de seus alvos" no dizer do jornalista Clóvis Rossi. Não há quem não repute essa atividade como essencial para a convivência humana. Contudo, há o jornalismo bom e jornalismo mau ou ogro. Aquele é o bálsamo da sociedade, este o seu excremento que fede, mesmo quando ainda está sendo parido para ter o melhor de si quando já é realidade.

Aqui na minha querida Macapá o jornalismo ogro está dando na canela e prolifera como erva daninha no rádio, no jornal e na televisão. É a onda do momento. A "vibe" como dizem os jovens. Sua preocupação não é prática do jornalismo que dignifica ou enobrece. É a do jornalismo a disposição de alguém, de algum poder, cuja finalidade é própria do bobo da corte que pula e salta para agradar o rei. Para esse jornalismo reprovável o ridículo não é o limite, sua meta é agradar o patrão mesmo que para isso tenha que se desfazer de sua dignidade. Aliás, alguns já faziam o jornalismo ogro bem antes dele virar tendência.

Para o jornalismo ogro não existe diques éticos, tolera todo tipo de diversidade e a finalidade é o que distingue seu adepto. Essa nota distintiva do jornalismo acocorado é facilmente perceptível. Basta observar se sua pauta é apenas um grupo político, um político, uma instituição, enfim, qualquer indivíduo ou grupo de indivíduos que tenham certa relevância social e que, claro, tenham opositores, ali está, em toda sua essência, o jornalismo ogro.

Não se identifica o jornalista ogro pela idade, posição social, orientação sexual, cor, raça, sua nota distintiva é a defesa intransigente de um projeto político ou de um político, todavia, há uma coisa comum nesses seres desprezíveis: o cinismo que deprava e diminui o indivíduo e sua tendência, pasmem, em querer ser modelo de militante ético, de cidadão correto, de defensor intransigente da moralidade, mesmo que isso lhe custe perdas de amigos, irmãos, parentes e aderentes. Será difícil convencê-lo de que está errado ao fazer do jornalismo uma arma contra os adversários de seu patrão.

Todo jornalismo deveria perseguir o mito da objetividade ou da neutralidade que equivale dar a notícia sem cacoetes subjetivos relatando, sem impressões pessoais, tudo que ocorresse, deixando ao leitor, telespectador ou ouvinte o trabalho de tirar suas próprias conclusões. "Quando o sistema democrático funciona, o jornalista não precisa vestir a armadura de paladino das liberdades democráticas e, por isso mesmo, tem a obrigação de tomar distância em relação a tudo e a todos os que se envolvem no noticiário", leciona Clóvis Rossi.
Aqui na maravilhosa Macapá os jornalistas ogros ou militantes políticos da notícia colocaram voz, caneta e imagem à disposição de seus senhores, como vassalos inconseqüentes, pobres, podres, asquerosos e tolos, desprezando a importância social, política e jurídica de seu mister. Vivem no pântano da imoralidade profissional subvertendo o elo que os une ao meio social. São prisioneiros de suas opções que contrariam princípios comezinhos.

Deveriam postular a liberdade, porque "a imprensa livre é o olhar onipotente do povo, a confiança personalizada do povo nele mesmo, o vínculo articulado que une o indivíduo ao Estado e ao mundo, a cultura incorporada que transforma lutas materiais em lutas intelectuais, e idealiza formas brutas. É franca confissão do povo a si mesmo, e sabemos que o poder da confissão é o de redimir. A imprensa livre é o espelho intelectual no qual o povo se vê, e a visão de si mesmo é a primeira confissão de sabedoria", disse Marx. Hoje o jornalismo ogro ou mutilador impede que o povo tenha a visão de si mesmo é a própria negação do jornalismo livre que faz vicejar o homem e sua liberdade. Resta-nos, pois, o pântano onde os ogros se sentem a vontade atirando lama na reputação alheia como porcos que chafurdam em espasmo de felicidade. E tem gente que paga e recebe por isso. Tô fora!!

Rabiscos
O jornalismo ogro está sendo praticado a céu aberto, sem qualquer fiscalização. É cada ogro... Éguua!!!////E o jornalismo ogro virou tendência ou "vibe" da galera. Tem de tudo, logo é extremamente democrático... eitcha..../////Os jornalistas ogros, experientes e iniciantes, parece que fizeram curso de formação em escola militar. Falam a mesma língua e usam os mesmos sinais.///E tão que tão querendo abreviar o mandado de RG. É pedido de afastamento toda hora, até unha encravada de servidor serve de lastro para afastamento. Eita, mundão!!!////A politização das instituições salta aos olhos, é necessário mais cautela, senão vira ditatura e é melhor vestir a farda. É difícil conviver com a plena liberdade, já dizia Duhrckein..../////Eu não disse que a postura de Joaquim Barbosa no STF iria estimular arbítrios. Agora todo mundo é paladino da moralidade!!/////Reputo necessário apurar toda e qualquer suposta ilegalidade. Agora toda apuração com medida cautelar. Ai é demais/////Segundo fontes "inidôneas", claro, haveria uma Operação para ser deflagrada ao apagar das luzes da gestão de RG, tudo com a finalidade de linchá-lo politicamente. Será? Sinceramente não acredito/////Carnaval na porta e as escolas de samba ainda sem definição dos investimentos públicos e privados (fale baixo senão os moralistas vão fazer campanha contra e depois pedir fantasia, camisa e camarote)/////O final de qualquer gestão é como fogo em metal, revela o verdadeiro ouro. O que tem de rato//////Tem um iluminado que já zarpou no trecho deixando, como sempre, seu rastro de desavença////Roberto, mesmo derrotado, não tem sido poupado de ações desmoralizadoras. Já chega gente, o cara vai sair//// E não dão folga para Bob Góes, é consignado, recomendação, pressão e pressão.//// Pensando em voltar para Oslo, lá é pressão, mas pelo menos não é minha terra/////Converso com meu amigo não-moralista Silas Assis, que nunca foi ogro e nem fez contrato emergencial com os governos, sobre a situação do jornalismo. E ele diz: ê mano, sai dessa que tu não és da área. Estou avisando. Égua!!! não entendi nadinha, sinceramente. Meu patrão eu quero é receber, o resto é radicalismo nojento. Ora  vão trabalhar, vagabundos!!!/////Roberto Góes me pergunta se faço jornalismo ogro. A gente come isso, meu caro, /////bye

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