sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Análise - Macapá e sua geografia


A cidade de Macapá, que já foi chamada de "Cidade Joia da Amazônia" e de "Cidade Morena", completará 255 anos no próximo dia 4 de fevereiro, é aquariana, e nasceu em 1758, quando foi elevada à categoria de vila por Francisco Xavier de Mendonça Furtado, Comandante das Armas da Província do Pará. Cortada pela Linha imaginária do Equador, está encravada na margem esquerda do Rio Amazonas. Localizada no sudeste do Estado do Amapá, possui uma área territorial de 6.407,12 km² e uma população estimada em 2012 de 415.554 habitantes, segundo o IBGE, portanto com uma densidade demográfica de 64,85 hab/km².

Na última década a população de Macapá cresceu 36%. Foi o segundo maior crescimento entre as capitais da Região Norte, só perdendo para Boa Vista que registrou 40%. De toda a população do município de Macapá, 92,8% reside na cidade de Macapá (sede municipal). Quanto à distribuição populacional por idade, a maior incidência está na faixa etária de 10 a 14 anos. São 45.057 jovens, representando 11,31% do total da população da capital. Ao mesmo tempo, a população de idosos em Macapá passou de 11.521 em 2000 para 34.734 em 2010, segundo dado do Censo. Isto significa que o número de pessoas acima de 60 anos triplicou em apenas uma década, envelhecimento que não é diferente do resto do país.

Macapá possui oficialmente 28 bairros. A última data de criação de bairro é de 1994 que, através da Lei nº 708/94, criou o Zerão. Podemos perceber, ao longo dos anos, a falta de atenção por parte do Executivo e do Legislativo Municipal com os munícipes. Os bairros, pequenas células político-administrativas, são de fundamental importância na implementação de políticas publicas. Ouve-se falar em pelo menos 58 bairros em Macapá, número este admitido pelo Poder Público Municipal, mesmo sem instrumento legal. Faz-se necessário e urgente que a Prefeitura viabilize a oficialização dos bairros pendentes, pois a denominação desses foi definida pela própria comunidade ou sugerido pela  Prefeitura.

Nos bairros mais antigos sem área de expansão, principalmente os próximos ao centro da cidade, o número de domicílios está diminuindo, dando lugar a empreendimentos comerciais. A quantidade de moradores também diminuiu, já que aqueles que lá nasceram constituíram família e deslocaram-se para bairros mais afastados. A idade média dos responsáveis pelo domicílio também aumentou, bem como a renda familiar per capita é mais elevada neste perímetro da capital.

A infraestrutura urbana da cidade de Macapá, revelada pelo Censo de 2010 do IBGE, aponta que as características urbanísticas do entorno dos domicílios não são das melhores: somente 36,7% dos logradouros possuem identificação; 61,2% das ruas possuem pavimentação; as calçadas estão presentes em 33,9% dos logradouros; meio-fio/guia 19%; bueiro/boca de lobo a céu aberto estão em 18,9% da capital e apenas 2,3% das calçadas possuem rampa para cadeirante. Com estes indicadores, fica claro que a gestão municipal deverá ter muito trabalho para oferecer uma melhor qualidade de vida a sua população.

Por outro, a cidade de Macapá na última década registra um indicador positivo que merece destaque: a coleta de lixo domiciliar. Em 2000, dos 60,4 mil domicílios, 76,8% da coleta era feita diretamente pelo serviço de limpeza. Já em 2010, dos 90,6 mil domicílios existentes, a coleta atingiu 91,6%. Entretanto, este avanço não representou qualidade no destino final dado ao lixo, pois este vai diretamente para o aterro controlado, não existindo nenhum tipo de reaproveitamento ou reciclagem.

Com relação à sua economia, Macapá possui um PIB anual de R$ 5,2 bilhões, o que lhe posiciona em 4º lugar entre as capitais da Região Norte, perdendo para Manuas que é de R$ 48,6 bi, Belém R$ 18 bi e Porto Velho R$ 7,5 bi. Macapá é a 98ª economia do País e entre as capitais brasileira é a 24ª. O setor de serviços é o que responde pelo maior PIB com R$ 4,4 bilhões, o que significa 84% do total do município, segundo dados do IBGE. 

Esta jovem cidade mostra com exuberância suas potencialidades naturais, uma delas é o turismo. Este mercado, ainda muito pouco explorado, pode ser aproveitado, afinal de contas estamos na Amazônia, olhando todos os dias de frente para o majestoso rio Amazonas. Macapá, pela sua atraente juventude continua a receber de braços abertos as pessoas que escolheram aqui para fixar residência e constituírem famílias e uma vida de sucesso. Como diz o  talentoso cantor e compositor Nivito Guedes, " É um lugar bonito de viver e de se morar". Parabéns Macapá!

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