Por
Reinaldo Coelho
O Amapá foi o
primeiro Estado a assinar em 2009, um Protocolo de Intenções entre o Governo do
Estado, a Justiça, vários poderes e órgãos para a criação da RAM.O órgão foi
institucionalizado pelo Governo do Estado e se tornou referência nacional por
conta de suas ações no enfrentamento de crimes contra a mulher.
Componentes
da REMEAP participaram da Audiência
Pública
|
A instituição é
composta por vários órgãos do Estado, como Delegacia Especializada de Crimes
Contra a Mulher (DECM) , Centro de Atendimento a Mulher e A Família (Camuf) e o
Centro de Referência e Atendimento à Mulher -Bem-Me-Quer (Cram), entre outros.
As portas de entrada para a denúncia de crimes contra a mulher no Estado são as
delegacias especializadas, postos de saúde municipais, Hospital da Mulher Mãe
Luzia (HMML) e Hospital de Emergência (HE), Corpo de Bombeiros Militar (CBM/A)
e unidades móveis da Polícia Militar (PM/AP).
Durante esses
sete anos de implantação da RAM no Amapá ficaram demonstrados diversas lacunas
no serviço e procurando a melhoria e ampliação dos serviços prestados pela rede
a deputada estadual Roseli Matos (DEM) fez a preposição de uma Audiência
Publica para tratar do assunto. Essa audiência será a primeira a ser realizada
pela Assembleia Legislativa do Estado do Amapá (ALAP), e na oportunidade haverá
uma ampla discussão sobre a Rede de Atendimento à Mulher – RAM.
A Rede de
Atendimento à Mulher é a atuação entre instituições/serviços governamentais,
não governamentais e a comunidade, no intuito de fomentar políticas públicas,
além de um conjunto de ações e serviços de diferentes setores como assistência
social, justiça, segurança pública, saúde, etc..., como forma de garantir apoio
psicológico, humanização do atendimento e encaminhamentos adequados às mulheres
vítimas de violência doméstica ou sexual.
No Amapá após
vários encontros e debates entre entidades envolvidas em questões de direito da
mulher viu-se a necessidade de se construir uma política mais concreta, mais
disciplinada, com o foco na mulher em situação de violência. Durante a
audiência os palestrantes tiveram a oportunidade de mostrar para a sociedade
como está funcionando a Rede de Atendimento atualmente.
Dep. Roseli Matos (DEM) |
A deputada
Roseli Matos também apresentou um Projeto de Lei que traz propostas para
definir diretrizes e normas para a estruturação e responsabilidades dos órgãos que
compõem a RAM. O Projeto deverá ser analisado e ficará aberto a sugestões pelos
órgãos em questão.
No entender da
parlamentar com a aprovação do Projeto a Rede de Atendimento à Mulher será
transformada em Lei, normatizando e determinando o papel que cada órgão deve
desempenhar quando for procurado por uma mulher vitimada. Também ficará mais
fácil de fiscalizar e cobrar responsabilidades. Além de que deixará de ser uma
política de governo para ser uma política de estado. “Queremos que a Rede passe
a existir como Lei, porque os governantes passam, mas a política de estado
continua” enfatiza Roseli Matos.
Para as mulheres
que pertencem a Rede de Mulheres do Estado do Amapá (REMEAP) e participaram da
Audiência Pública, o evento foi muito proveitoso no sentido teórico, de acordo
com a tesoureira da entidade, Margarete Pantaleão, “Para nos como entidade, foi
proveitoso porque recebemos explicações sobre os órgãos que compõem a Rede de
Atendimento as Mulheres (RAM) no Amapá e principalmente o que é o Centro de Referencia
e Atendimento a Mulher (CRAM). Ele é um braço da Justiça que estará dando um
suporte as mulheres. Pois e lá que quando a mulher sofre violência domestica e
social e lá que ela será atendida junto com a delegacia que recebe as
denuncias”, explica Margarete.
O aproveitamento
das componentes da REMEAP foi que o RAM e o CRAM serão uma das ferramentas
utilizadas pela entidade para executar os objetivos traçados pelo grupo. “Nós
iremos assim trabalhar. Não só com a mulher violentada domestica e social, como
a falta de atendimento na Saúde e em outros setores. Esses órgãos se tornarão
uma ferramenta de apoio ao nosso trabalho. Como iremos estar trabalhando em
todos os campos da violência contra a mulher, eles serão importantes para a
execução”, finaliza.
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