CONGRESSO DE FUSÃO DO PPS E PMN - QUE RESULTOU NO PARTIDO DE MOBILIZAÇÃO DEMOCRÁTICA (MD) |
Lá vem o Jorge montado em seu cavalo (MD)
A fusão de PPS e PMN estava prevista para ser oficializada apenas no meio do ano, mas foi antecipada depois que PT e PMDB, as duas maiores legendas governistas, passaram a pressionar a aprovação, na Câmara, de uma lei que dificulta a criação de siglas partidárias. O projeto, do deputado Edinho Araújo (PMDB-SP), aprovado na última quarta-feira (17) na Câmara dos Deputados impede a transferência do tempo de propaganda eleitoral no rádio e na televisão e dos recursos do Fundo Partidário relativos aos deputados que mudam de partido durante a legislatura. A medida dificulta a criação de novos partidos.
Jorge Amanajás |
Numa corrida contra o tempo, o PPS e o PMN oficializaram também na última quarta-feira (17) em uma reunião conjunta a fusão dos dois partidos e deram origem ao Partido da Mobilização Democrática (MD). A correria foi uma forma de evitar que os efeitos da lei que veta que os novos partidos tenham acesso ao Fundo Partidário e ao tempo de TV, cujo debate na Câmara ocorria paralelamente aos congressos.
A nova legenda nasceu na oposição ao governo federal e anunciou que já trabalha para a construção de um projeto alternativo para o Brasil em 2014. A tendência é de que venha a se aliar ao governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), caso este confirme a candidatura à sucessão da presidente Dilma Rousseff. O MD nasce forte, com 13 deputados federais, 58 estaduais, 147 prefeitos e 2.527 vereadores. São 683.420 filiados em todo o país. Contribuindo com 10 dos 13 deputados, o ex- PPS ocupará os principais cargos na nova legenda.
O presidente é o deputado Roberto Freire (SP), que presidia o PPS. Ele foi eleito por unanimidade. A vice-presidente é Telma Ribeiro, ex-presidente do PMN. O deputado paranaense Rubens Bueno será o secretário-geral e líder da sigla na Câmara. Cada um dos partidos poderá preencher 40% das vagas do diretório nacional. As 20% restantes ficam reservadas a parlamentares que se filiarem ao MD. A expectativa é de que entrem no mais novo partido alguns deputados e senadores do PSDB, PSD, PSC e PDT.
Se fizeram presente no congresso de fusão os possíveis candidatos a Presidência da Republica, Aécio Neves (PSDB), Eduardo Campos (PSB) e José Serra (PSDB) que poderá deixar o PSDB para ingressar ao MD. O tucano participou na semana passada de evento promovido pelo PPS onde defendeu a união de forças da oposição contra possível candidatura da presidente Dilma Rousseff à reeleição.
Um dos membros do PPS no Amapá o ex-deputado estadual Jorge Amanajás, informou a reportagem que em nível de Amapá a fusão representa o fortalecimento dos dois partidos (PPS e PMN) que passam a ser o Mobilização Democrática (MD). Com a criação do partido, abre-se um prazo de 30 dias para que os políticos mudem de "casa" sem o risco de perder o mandato. Esse período é conhecido como "janela". O ex-deputado Amanajás ressaltou que isso deverá acontecer no Amapá. "Os diretórios municipais do PPS e do PMN já estão se fundido em todos os municípios amapaenses e as nossas lideranças que estão com mandatos, já aderiram ao no partido. No caso do PPS, o vice-prefeito de Macapá Allan Salles e os deputados estaduais Jaci Amanajás e Waldeco e oito vereadores em todo o Estado. E o mais importante é que com a criação do MD, acontece abertura de uma janela importantíssima para receber novos nomes com mandato no MD, no caso temos o deputado estadual Michel JK que já recebeu convite para integrar nossos quadros e automaticamente deverão engrossar essas fileiras os vereadores Marcelo Dias (Macapá) e Rato (Santana) que fazem parte de seu grupo politico, assim como alguns vereadores que fazem parte do meu grupo já irão aderir. Em Laranjal do Jari pelo PMN temos o nome de Barbudo Sarraff disputou a prefeitura e foi bem votado, tem a presidente Alda. ".
Para Jorge Amanajás o novo partido nasce com musculatura para disputar as eleições majoritárias de 2014. "Tivemos no congresso de fusão a presença de diversos candidatos a Presidência da Republica e está aberto o leque de conversações em nível nacional. Quando se fez esse movimento foi exatamente para buscar uma forma de juntar forças das grandes lideranças politicas nacional para ter um nome em condições de derrotar a atual presidente Dilma Rousseff à reeleição. Essa é uma costura que vai acontecer ainda, mais em nível nacional, independente do que vai acontecer no Amapá. Aqui, a composição poderá ser outra completamente diferente, mais buscando a solidificação de uma candidatura ao governo".
Questionando seu ele seria o nome cogitado para encabeçar essa candidatura, Jorge Amanajás, foi enfático em confirmar: "Sim, meu nome desde que entrei no PPS, agora MD, sempre foi colocando nessa condição de discutir a candidatura majoritária ao governo. Logico que temos outros nomes importantes e que podem também ser candidatos".
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