Imprevisibilidade da
vida
Tiago nesses versos repreende a
pessoa que vive a sua vida e faz planos sem qualquer consideração da vontade de
Deus. Tal pessoa vive sem respeitar a soberania divina. “Se o Senhor
quiser...”, a palavra “se” refere-se aos eventos do futuro, que são
condicionais. Aqui, a primeira consideração em todos os planos para o futuro
deve ser a soberana vontade de Deus.
Inúmeras vezes, e não seria errado
também dizer que constantemente, as coisas não andam da forma como desejaríamos
ou, se andam, sempre procuramos algo para dizer que (ainda) não está bom. Agora, eu pergunto-me, assim como Tiago: O
que é a nossa vida, afinal? Realmente, somos como neblina. Tudo, aqui, é
imprevisível e mesmo sabendo disso continuamos seguindo nossas vidas como se
fôssemos donos do próprio nariz; continuamos magoando a quem amamos;
continuamos esquecendo de agradecer pelo “simples” pão de cada dia;
prosseguimos descontentes, e continuamos sonhando e agindo muito, sem antes
esperar de fato e de verdade no Senhor. Quando digo “esperar”, refiro-me àquela
espera sábia, a qual nós fazemos a nossa parte com diligência e confiança nEle.
A rapidez com que os dias têm se
passado é assustadora, talvez seja por isso que estamos acostumados a seguir
sempre avante... sempre avante, esquecendo do Deus que sabe tudo o que é melhor
para nós.
Quando refleti nos versículos de Tg.
4: 13-14 lembrei da tragédia ocorrida em Santa Maria (RS) no dia 27 de janeiro
de 2013, onde tantas vidas foram ceifadas. Tudo tão rápido. Jovens cheios de
sonhos, os quais em 5 minutos dissiparam como neblina. E, mais recente ainda, o
desmoronamento na região portuária de Santana (28/03, na última quinta-feira),
causando a morte de funcionários. Também, tudo rápido. Estes são apenas alguns
exemplos no intuito de trazer à reflexão sobre a imprevisibilidade da vida e a
importância de, por esse motivo, andarmos de mãos dadas com Cristo. Somente Ele
é capaz de nos dar segurança em meio a tanta instabilidade a qual estamos
vulneráveis.
Às vezes, para o cristão, o progresso
parece tão lento e parece que estamos andando no mesmo lugar, girando nossas
rodas, dobrando nossos esforços e perdendo terreno. Entretanto, queridos, como
diz o teólogo e pastor Sproul em seu livro “Como viver e agradar a Deus”, a
vida cristã não segue o padrão do círculo. A imagem da vida cristã é uma linha.
Ela tem início, meio e fim. O Deus que começou todas as coisas no início tem
uma meta para o Seu povo. A jornada de um peregrino é cheia de ciladas e
carregada de perigos, é uma jornada que nos leva através da noite escura da
alma, através do vale da sombra da morte, e do deserto da tentação. Continua
Sproul, “A jornada tem uma só garantia: as promessas de Cristo para ir conosco
e nos levar para o outro lado. Nosso Senhor termina o que ele começa. Ele não
aborta sua criação no meio de sua criação. Ele não nos deixa olhando árvores
ambulantes.” Não, leitores. O Senhor está e é por nós, sempre.
Finalmente, rogo a Deus que ajude-me,
assim como a vocês também, a confiar e esperar nEle mesmo com aquele
incomodozinho capaz de nos deixar, às vezes, tão fracos.
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