sexta-feira, 19 de abril de 2013

Roubo suspeito no SINDSEP
Da Editoria

Um mistério. Assim  está sendo considerado o roubo ocorrido na madrugada da última terça-feira no SINDSEP (Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Amapá), de onde teriam levado a importância de R$ 10.000.00 (dez mil reais).

O dinheiro foi roubado de dentro da sala do presidente da entidade, Hedoelson Uchoa, o Doca. Segundo informações de funcionários, os supostos ladrões arrombaram e entraram na sala da presidência por uma janela que fica pela lateral do prédio.
Apesar de possui um sistema de segurança com câmera de vídeo e da presença de vigilante, ninguém no SINDSEP viu nada sobre o roubo que trouxe prejuízo financeiro para a categoria. Não se tem informações também de que a diretoria do sindicato registrou boletim de ocorrência policial sobre o fato. Sabe-se, no entanto, que a própria diretoria da entidade vem apurando o fato, pois suspeita de pessoas que sabiam da existência desse valor no caixa do sindicato.

De acordo com informações de membros da diretoria do SINDSEP e de funcionários, essa não é a primeira vez que o sindicato é roubado e sofre prejuízo financeiro. A diretoria da entidade tem o hábito de sacar altas quantia em dinheiro na boca do caixa e guardar na sala da presidência. O SINDSEP só faz pagamento em espécie, tornando-se assim alvo fácil para ação de bandidos, a medida dificulta uma maior fiscalização na aplicação exata dos recursos da entidade. Embora o SINDSEP seja dirigido por um colegiado de diretores, o presidente Hedoelson Uchoa, o Doca, tem sob o seu comando e responsabilidade toda a movimentação financeira da entidade.
O roubo na entidade veio em um momento difícil pelo qual passa a atual gestão de Doca no SINDSEP. Ele foi denunciado no Ministério Público Estadual pela própria categoria que está pedindo a intervenção do órgão para que se apurem várias irregularidades detectadas no sindicato, como fraude em processo eleitoral, má aplicação dos recursos dos associados, uso de notas fiscais frias para justificar o pagamento de despesas da diretoria e o mais preponderante, a ausência de prestação de contas a categoria a mais de dez anos.
As denúncias com juntadas de documentos foram encaminhadas a própria Procuradora Geral do Ministério Público, Ivana Cei. Para apurar as denúncias o MPE instruiu por intermédio da Promotoria da Cidadania um Auto de Investigação Preliminar (AIP) nº 278/2012 que se encontra transitando no Núcleo de Apoio Técnico Administrátivo (NATA) do próprio Ministério Público. 
De acordo com informações de associados do SINDSEP em maio deste ano vai completar um ano que as denúncias foram oficializadas junto ao órgão e até a presente data a classe aguarda pelo resultado das investigações. Apesar da demora, a assessoria do MPE confirmou a classe a investigação, mas não disse quais as etapas de andamento. 
De acordo com informações de sindicalizados, enquanto o Ministério Público demora com o andamento das investigações a categoria declara não se sentir mais representada por uma diretoria marcada por denúncias de corrupção, até hoje não esclarecidas, comprometendo a imagem da instituição perante a sociedade e a classe. As denúncias de irregularidades no SINDSEP que se encontram transitando no MPE já foram veiculadas diversas vezes na mídia local. O lamaçal de irregularidades começaram vir a público desde o ano passado quando Doca conquistou seu quarto mandato à frente do SINDSEP de forma fraudulenta, mediante a realização de assembléias gerais fantasmas. Sobre a questão ele foi interpelado judicialmente por sindicalizados da entidade por meio do processo nº 0001997-06.2013.8.03.0001, tramitando na 6ª Vara Cível da Comarca de Macapá.

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