quinta-feira, 30 de maio de 2013

Com vergonha de Deus

“… Meu Deus! Estou confuso e envergonhado, para levantar a ti a minha face…”(Esdras 9:6)
Queridos leitores, estamos vivendo dias escuros e sombrios, os perigos nos rondam por todos os lados, inseguranças e incertezas nos apavoram; a sociedade pós-moderna, com sua imprevisibilidade, nos espanta; o governo e sua indiferença nos causa pavor; a cristandade naufraga em um caos espiritual e teológico, nos deixando quase sem esperança. Entretanto, a vida continua, devemos em detrimento a tudo isso, continuar firmes “olhando para o Autor e Consumador da fé” (Hb 12.2).
Apesar de cristãos, não estamos imunes aos combates e intempéries da vida, que trazem aflições, dores e apertos no coração, que vão de problemas no casamento à crises financeiras e ministeriais, bem como tantas outras áreas, nos deixando perturbados.
O versículo de Esdras retrata enfaticamente sobre aqueles que “estão em falta com Deus”, estão aflitos e com o coração apertado. Foi uma declaração de Esdras feita após o exílio babilônico. Os judeus haviam retornado a Israel depois de décadas de cativeiro na Babilônia. O objetivo deles era a reconstrução do Templo bem como dos muros da cidade sob a égide de Esdras e Neemias. Eles deveriam também restaurar o sacerdócio, o culto ao Senhor e a observância da Lei, trazendo assim paz e harmonia à nação.
Porém, não foi bem isso que aconteceu: eles estavam negligenciando todos esses afazeres, desprezando a Lei, retardando a reconstrução do Templo, promovendo casamentos mistos (com mulheres não judias), enfim, estavam andando em total desacordo com a vontade de Deus, ignorando assim o próprio Deus!
É nesse cenário que aparece Esdras, um dos seus líderes, que apesar de não participar diretamente desses pecados, fazia parte dessa nação, eram seus familiares, por isso Esdras se pronuncia – diante de Deus – em oração representando o seu povo e a si próprio dizendo: “Meu Deus!  Estou confuso e envergonhado, para levantar a ti a minha face…”
Um dos maiores fardos que um homem pode ter no coração, uma das maiores angústias da alma é aquele terrível dilema da mente: “estar em falta com Deus”!
Muitos de nós estamos vivendo essa realidade: quantos erros temos cometido? Quantas faltas, pecados, rebeldias, desleixo e omissão nas coisas de Deus e para com o próprio Deus temos cometido? O que nos leva a uma profunda vergonha. Por tudo isso nos tornamos como Esdras, são tantas decepções que damos a Deus, que não conseguimos levantar o próprio rosto para os céus.
Nós fazemos como o filho pródigo: passamos uma fase da vida sem dar conta do lamaçal que estamos envolvidos – passando muitos dias, meses e até anos – convivendo nesse estado precário, sem nos darmos conta do mesmo, mas de súbito, somos tomados por um choque de realidade: onde estou? O que estou fazendo? Aonde isso vai parar? Então, um profundo pesar vem ao nosso coração!
Que este texto desta semana, queridos, venha ser um instrumento para reflexão de suas vidas. E se você perguntar-me qual o “remédio” para tudo o que aqui foi comentado, eu diria: um arrependimento sincero o qual só conseguimos se recorrermos a Deus através de muita (sempre, muita) oração. Fazendo a nossa parte, Ele há de fazer a sua tão perfeitamente bem.


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