sexta-feira, 24 de maio de 2013

Expansão

Capacidade de energia da CEA será elevada com interligação ao sistema nacional



A conexão energética do Estado do Amapá com o Sistema Interligado Nacional (SIN) vai trazer uma possível solução à questão energética do Estado. A ordem de serviço foi assinada na última quarta-feira (22), autorizando o início das obras projetadas por um grupo de trabalho que reúne Ministério de Minas e Energia, Empresa de Planejamento Energético (EPE), CEA, Eletrobras e Eletronorte, além do Operador Nacional do Sistema (ONS). O objetivo é elevar a capacidade da CEA em oferta e qualidade de energia.
De acordo com a diretoria da Companhia, obras são um conjunto de três linhas de sub transmissão em 69 kV, que conectarão o sistema elétrico de Macapá à subestação Isolux-Macapá, e uma subestação com a linha de sub transmissão associada de 69 kV, que vai conectar o sistema Laranjal do Jari à subestação Isolux-Laranjal do Jari.
A escolha da diretriz básica da obra seguiu critérios para que sua implantação seja concluída no menor tempo possível, aproveitando a infraestrutura existente e minimizando o impacto ambiental.
O presidente da CEA, José Ramalho, destacou que a integração do Amapá ao Sistema Interligado Nacional (SIN) está programada para novembro deste ano, quando a companhia passará a distribuir energia de melhor qualidade aos  consumidores. Por outro lado, a obra vai garantir a geração de empregos e aquecimento da economia local. Segundo a diretoria da empresa, 110 milhões de reais já foram investidos em distribuição de energia, subestações, redes de transmissão, ampliação da rede de distribuição urbana e geração. Tudo para evitar um racionamento. Interligado ao Sistema Nacional, o Estado pode comprar energia em qualquer lugar do Brasil. 
Um ano é o prazo estimado para acontecer a tão esperada interligação do Amapá ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Durante a semana passada, um Grupo de Trabalho formado pelo governo federal e Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) realizou um levantamento das obras necessárias para fazer a conexão, através do chamado Linhão de Tucuruí. O engenheiro eletricista Ubiracy do Amaral, chefe da Divisão de Distribuição da CEA (DDI/CEA) disse que foi feito o levantamento das obras mínimas necessárias para realizar essa conexão a partir da chegada do Linhão em Macapá, prevista para maio de 2013. "Temos um volume muito grande de obras a serem executadas, porém, fizemos o levantamento apenas daquelas mais necessárias e que são possíveis de executar nesse curto espaço de tempo", informou o engenheiro da Companhia.

Os investimentos são necessários para que a população do Estado possa usufruir dessa energia limpa e de qualidade que virá da hidrelétrica de Tucuruí. Ubiracy explicou que a execução desse tipo de obra é de pelo menos 18 meses e justificou o atraso devido à situação financeira da CEA, que impediu o acesso a recursos para a realização das obras. A expectativa na CEA é de que a Eletrobras deverá viabilizar os meios para que as obras sejam executadas dentro do prazo, através de uma parceria com o governo do Estado, em face do processo de federalização que está em andamento na empresa. Com a federalização, o controle acionário da CEA passará a ser da Eletrobras, mas com gestão compartilhada com o Governo do Amapá. A empresa Norte Eletricidade e Montagem Industrial Ltda., vencedora da licitação, vai executar o serviço por R$ 41,7 milhões - menor preço ofertado no certame. Atualmente, além de não ter ligação com o arranjo nacional de abastecimento de energia elétrica, o sistema amapaense ainda é 70% dependente da queima de óleo diesel (termoelétrico), cujo processo de geração é de alto custo. Os outros 30% que completam o fornecimento são produzidos pela Usina Hidrelétrica Coaracy Nunes. Na última década, essa capacidade foi ultrapassada pela demanda, causa dos apagões nos últimos dois anos.

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