Descaso do poder público e vandalismo dos usuários
Jamille Nascimento
Da Reportagem
Praça do Forte (Macapá) |
A falta de manutenção e limpeza de praças e meio-fio de Macapá tem deixado o cenário da cidade comprometido. Bancos e brinquedos quebrados, pichações e falta de serviços de jardinagem são os principais problemas que o Tribuna Amapaense encontrou na maioria das praças da capital.
A falta de segurança, principalmente durante a noite é uma das queixas constantes por parte dos usuários "muitas vezes trago minha filha para brincar aqui no parque do forte, mas não me sinto segura, pois a escuridão e o mato aumentam os riscos de assalto" afirma Maria de Jesus, que é frequentadora do parque há anos, se diz lamentada pelas condições em que ele se encontra. "Aqui era pra ser um lugar bonito, mas a visão que temos é de crianças e adolescentes ingerindo bebida alcoólica em horários de aula, um lugar que foi criado pra população frequentar com suas famílias e ao contrário temos restrições, em todo horário que podemos visitar, além de está toda depredada". Conclui.
Outro ponto negativo encontrado no Parque do Forte é a questão da drenagem, com o período chuvoso o acúmulo de água é um ambiente propicio para o criadouro dos mosquitos da dengue se proliferarem, expondo os frequentadores a um risco eminente de adquirirem a doença.
Na Praça Nossa Senhora de Fátima, no bairro Santa Rita não é diferente, o abandono é visível, as luminárias do local não funcionam, o mato toma conta do lugar, frequentadores afirmam que assaltos são comuns, principalmente pequenos furtos, como roubo de celular, carteira, pequenos crimes praticados na maioria das vezes por crianças e adolescentes. O mesmo ocorre na Praça da Conceição, localizada no bairro do Trem, ponto de encontro dos moradores para práticas esportivas, que tem que lidar na maioria das vezes com a escuridão do local "nos encontramos aqui toda semana pra jogar bola, mas na maioria das vezes a iluminação da praça não funciona, por isso temos que disputar horário para jogar antes de escurecer, não tem banheiros públicos para as pessoas usarem, o que tem é muito sujo. Não existe uma condição mínima de trazer a família para cá".
Outra questão relatada por moradores do Trem é roubos a carro. "É quase rotina, existe muito pivete por aqui, muitas pessoas estacionam seus carros e ao voltarem encontram o vidro quebrado, o policiamento é esporádico não existe guarda municipal nas praças de Macapá, cumprindo o que determina a legislação, proteger os logradouros públicos".
Praça do Muca |
A praça poliesportiva do bairro do Muca inaugurada em outubro de 2012, há oito meses apenas, hoje é encontrada num verdadeiro estado de depredação. Os moradores do local, não conservam o ambiente e a falta de fiscalização é um fator que contribui para a invasão de vândalos na praça. Os brinquedos estão inutilizados, as lixeiras de reciclagem totalmente destruídas, a pichação é geral, inclusive com palavras de baixo calão. A comunidade do bairro é carente de espaço físico, de lazer e esportivo, a maioria que utiliza o local de maneira correta lamenta a condição encontrada na praça.
Limpeza
A prefeitura de Macapá realizou em fevereiro uma limpeza em algumas praças da capital, como a Floriano Peixoto, Cabralzinho e na ocasião se comprometeu dentro de cem dias revitalizar todas as praças da capital. Fato não constatado pelos moradores que se dizem insatisfeito com as condições em que as mesmas se encontram. Não existe limpeza, serviço de drenagem, iluminação, banheiros coletivos, é um abandono, os macapaenses sofrem com falta de opção de lazer. Principalmente as crianças, idosos, rampas de acessibilidade para os deficientes é inexistente nas maiorias das praças de Macapá.
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