Luiz Felipe Colares - Jiu Jitsu

O interesse pelas artes marciais de Luiz Felipe Colares surgiu logo na infância, aos 9 anos de idade. O garoto Luiz, que era conhecido pelo jeito hiperativo, a hiperatividade dele, aliás, foi o motivo para a mãe deixá-lo praticar esportes. Além de gastar energia, as aulas tiraram o menino das ruas, onde frequentemente se envolvia em brigas com outros garotos. Ele passou a praticar o Judô, hoje é faixa marrom da modalidade, porém, não se contentou e partiu para a prática do Jiu-Jitsu (Faixa Azul) e o Taekwondo (Faixa Azul, ponta vermelha) também faz parte de seu arsenal, mesmo que esteja um pouco afastado dessa modalidade, por falta de tempo em sua agenda esportiva e estudantil. "Infelizmente não venho praticando o taekwondo por falta de tempo e é necessário deixarmos alguma coisa para podermos crescer profissionalmente, à noite, período que praticava o Taekwondo, estou fazendo faculdade de Ciências Ambientais na UNIFAP".

Hoje com 19 anos Luiz Felipe, declara categoricamente que as artes marciais mudaram muito o seu caráter, "antigamente era muito hiperativo, depois que passei a praticar artes marciais me tornei uma pessoa mais serena, passei a pensar duas vezes antes de tomar uma atitude, consegui me adaptar ao ambiente que frequento e até com minha família".

Ele garante que a prática das artes marcial traz para o cidadão que vai exercer cargos de liderança e de administração benefícios de executar essas atividades da melhor maneira possível. "Inclusive temos aqui na academia a participação de médicos, policiais, advogados, delegados, todos treinam aqui por se sentirem bem. Eles utilizam as artes marciais como uma ferramenta de acabar com o stress do dia a dia de suas profissões e de exercê-las melhor".

Projeto Social

A paixão pela arte marcial é tamanha que o lutador pensa em desenvolver, no futuro, um projeto no Bairro das Pedrinhas para difundir a modalidade. Segundo ele, é isso o que falta para o esporte crescer no país. A possibilidade de dividir o seu aprendizado será criando um Projeto Social com as crianças de seu bairro. "No momento tenho visto muitas crianças no bairro que eu moro 11 anos, das Pedrinhas, que são carentes, que ficam na rua e vão crescendo e aderindo a marginalidade. Eu já presenciei muitos jovens morrerem e se perderem nas drogas. Eu pretendo pegar essas crianças que estão sob esse risco e mostrar a elas o que é as artes marciais, dando-lhes a possibilidade de terem uma visão de futuro diferente, pensar alto, serem lutadores de Judô, Jiu-Jitsu e Taekwondo competitivos e de sucesso".

Vitórias no tatame

São dezenas de medalhas que compõem o acervo vitorioso de Luiz Felipe. "Fui vice-campeão brasileiro de judô"; disputei em Curitiba pelo Taekwondo pelas Olimpíadas Escolares; Campeão Norte brasileiro de Jiu-Jitsu; Pentacampeão de Jiu-Jitsu (2013); Fui campeão estadual por várias vezes de judô; Campeão Paraense de Judô; Vice-campeão regional de Judô.

Um dos sonhos do Luiz Felipe é que o Jiu-Jitsu seja aprovado e faça parte das Olimpíadas do Rio 2016, para que ele possa representar o Estado do Amapá na Seleção Brasileira da modalidade. "Já vou representar o Amapá no campeonato mundial de Jiu-Jitsu que acontecerá em Julho em São Paulo, pois ao vencer o Norte Brasileiro, conquistei a vaga para esse evento internacional e se eu conseguir patrocínio, disputarei  representando o Amapá nas Olimpíadas de 2016".

A maior dificuldade dos atletas amapaenses em todas as modalidades é a falta de apoio público e privado para que possamos exercer o desporto com segurança e tranquilidade, como acontece em outras unidades da federação. "Falta o apoio de quem pode e de quem deve incentivar a prática esportiva, e colher os resultados desse apoio com suas empresas sendo reconhecida pela sociedade".