“ELEFANTES BRANCO” MUNICIPAIS
PMM acelera conclusão das obras
Reinaldo
Coelho
Da Reportagem
Da Reportagem
Popularmente,
chamamos de “elefante branco” toda grande obra pública que tenha demandado
grandes investimentos e que, por falta de planejamento, tenha se tornado um
enorme problema, a ponto de não sair do papel. Os elefantes brancos geralmente
estão relacionados ao uso negligente do dinheiro público, o desvio de verbas e
fraudes, mas também podem acontecer erros técnicos das empreiteiras ou do
projeto determinado pelo governo.
O termo “elefante branco” vem de uma lenda que diz
que um rei dava um elefante branco para os súditos de que não gostava. O animal
ocupava espaço, não tinha utilidade e custava muito caro, ou seja, não serviam
para nada!
Em Macapá, temos exemplos nítidos de elefantes
brancos. O desperdício de dinheiro público está acontecendo no hospital
metropolitano, restaurante popular, projeto Macapá e complexo mucajá são obras
com prazo para conclusão há décadas.
A atual administração cansada de questionamentos com
referência a conclusão e entrega das obras, resolveu alavancar e retirar os
entraves que bloqueiam o término das mesmas. O prefeito Clécio Luiz determinou
que as mesmas tivessem o mais rápido possível seu acabamento.
Hospital
Metropolitano
A partida foi dada pela Secretaria de Obras do
município que começou com o hospital metropolitano, que além de ser de suma
importância para a população da Zona Norte, que está carente de um atendimento
regular do serviço de Saúde. Já se vão doze anos de espera. A obra iniciou em
2001 e foi paralisada por irregularidades em 2005, durante a Operação Pororoca.
Em 2012, a obra foi retomada com um novo contrato, que não vingou devido uma
sequência de erros no levantamento de custos realizado SEMOB, na época. O
imbróglio acarretou na desistência da empresa licitada, pois o orçamento
disponível não cobria os serviços que seriam executados. Mais uma vez o sonho
da população em ver o hospital metropolitano pronto, foi adiado.
Restaurante
Popular
A obra foi iniciada em 2005 sendo executadas 99,61%
dela, aguarda a etapa de aquisição de materiais, máquinas e equipamentos, mas
devido ao tempo que o local ficou fechado muita coisa se deteriorou. Novo
levantamento da Vigilância Sanitária do Município aponta readaptações que terão
de ser feitas. A previsão de conclusão da obra é para este ano. O custo total para
a conclusão será de R$ 1,5 milhão.
Complexo
Mucajá
A obra foi inaugurada pela gestão passada, com o
objeto do contrato previa a entrega de 592 unidades habitacionais com
urbanização da área de intervenção. Os apartamentos foram entregues, faltando a
parte de urbanização, que prevê todo trabalho social de inclusão, com a
construção de creche, quadra poliesportiva, galeria comercial e praça. A
empresa licitada não tem interesse de retomar a obra, devido os valores
defasados com data de 2007. Haverá uma nova licitação para conclusão da área de
urbanização.
Complexo
Macapá
A obra do Complexo Macapá, localizado no bairro
Pedrinhas, Zona Sul da capital é mais uma que está engatinhando desde 2004. No
local, deverá funcionar o Centro de Referência da Assistência Social (CRAS),
Conselho Tutelar, Casa Abrigo para Adolescente e Centro de Atendimento
Psicossocial Infantil (CAPSI) terá a
capacidade de atendermais de 5 mil pessoas/mês,tudo dentro das especificações
do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). O projeto ainda
contempla piscina semi-olímpica e quadra poliesportiva.Em 2004, o Banco do
Desenvolvimento Nacional e de Combate à Fome (BNDES) repassou aproximadamente 2
milhões para a construção do Complexo, no entanto, a obra não foi concluída.
Este ano, o prefeito se reuniu com representantes do
BNDES que se prontificou em repassar cerca de R$ 1,9 milhão para a conclusão do
Complexo. As obras estão sendo acompanhadas pela Secretaria Municipal de
Assistência Social e do Trabalho (SEMAST) e por uma comissão popular, nomeada
pelo Prefeito, formada por delegados eleitos durante os PPA’s (Plano Plurianual
Participativo Popular). A previsão de entrega da obra é para este segundo
semestre.
Conjunto
Habitacional Bairro Forte
O governo federal, através do programa “Minha Casa,
Minha Vida”, está financiando o projeto Bairro Forte. Hoje, 90% das obras já
estão concluídas. No loteamento estão sendo construídas cerca de 600 casas,
destinadas a pessoas com renda de até 03 salários mínimos. O projeto custou R$
20.590.987,81 - maior percentual destinado para a construção de 528 habitações
populares, com sala, dois quartos, cozinha, banheiro e área de serviço,
destinados às famílias com renda mensal de 0 a R$ 1.600,00 . As casas estão concluídas
eSEMOB concluiu o asfaltamento. Agora o espaço recebe os últimos ajustes, a
obra está prevista para ser inaugurada em setembro deste ano.
Shopping
Popular
Por falar em elefantes brancos, tem várias obras na
cidade em convênio com o Estado que estão sendo construídas a passo de
tartaruga manca, ainda não se sabe se é por falta de dinheiro ou se o
governador Camilo Capiberibe não está interessado em dar Ibope para a
prefeitura de Macapá. É o caso do Shopping Popular que desde 2009 teve
anunciada o início da sua construção.
O shopping foi fruto de um convênio entre a
Prefeitura de Macapá e o Governo do Estado, e está orçado em mais de oito
milhões de reais divididos em dez parcelas de R$ 800 mil, mas de acordo com o
governo o convênio foi suspenso porque não houve prestação de contas do primeiro
repasse, além de outras irregularidades. Na briga política entre o PDT e o PSB,
quem pagou o “pato” foram os feirantes que tiveram seus boxes destruídos e
estão atuando improvisados.
No dia 27 de janeiro de 2012 o governador enviou
ofício à Prefeitura de Macapá solicitando ao prefeito na época, Roberto Góes, que
encaminhasse ao GEA o projeto da obra com todas as especificações técnicas e a
documentação que comprova a transferência da área do Shopping Popular de
Macapá.
De acordo com o documento, assim que a obra for de
posse do GEA, seria realizado um novo processo licitatório para que a
construção do Shopping Popular seja concluída. A obra será financiada pelo
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com execução
direta do governo.
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