EDUCAÇÃO EM CRISE
Estudantes sem professores vão para as ruas protestar
José Marques Jardim
a Editoria
O reinício do ano letivo nas escolas da rede pública do Estado serviu para mostrar mais uma fragilidade do governo, a Educação. Os alunos encontraram as escolas praticamente sem professores. Em algumas, a demanda é quase que total, como Santina Rioli, no bairro do Trem e Nilton Balieiro, na zona Norte da cidade, passando pela Antônio João, no centro de Macapá.
Durante a semana, estudantes foram para as ruas protestar para que a Secretaria de Estado da Educação tomasse alguma providência, que ficou somente na teoria. O governo alardeou a nomeação de menos de 500 professores, o que supre a demanda de apenas um estabelecimento de ensino. Diante da situação, o problema deve persistir e comprometer ainda mais o ano letivo, previsto para terminar somente em 2014. Os alunos dizem estar organizando uma manifestação para este mês, reunindo todas as escolas. Quanto ao Estado, parece não ter solução imediata.
Crise
A crise no setor da educação vem se desenhando desde 2011 quando Camilo Capiberibe assumiu o governo do Amapá e deixou claro que não estava preparado. Se hoje a falta de aulas nas escolas é um problema sentido diretamente por quem busca conhecimento no dia a dia, antes pegou em cheio os professores, que foram para as ruas durante os três anos de gestão do PSB. Nos primeiros meses de 2013, o processo se agravou, depois que eles viram que as promessas do governo não foram cumpridas. O golpe maior, segundo os professores, foi a incorporação da regência de classe ao salário. O projeto chegou à Assembleia Legislativa pela manhã e à tarde já estava aprovado, sem qualquer consulta à categoria.
Em nível municipal, os professores mais uma vez são desrespeitados. Matéria do jornal Folha de São Paulo, desta semana revelou que Macapá é uma das 12 capitais brasileiras que não pagam o piso salarial. Outras 11 deixam de conceder jornada extraclasse. De acordo com a Lei 11.738/2008, o piso do professor é de R$ 1.567 no ensino fundamental e médio para uma jornada de 40 horas por semana. De acordo com o jornal, em 11 capitais o período extraclasse, de 1/3 é inferior ao exigido. São elas, Belém, Campo Grande, Cuiabá, Florianópolis, Maceió, Manaus, Natal, Recife, Salvador, São Paulo e Vitória. Quando o assunto é salário, somente Macapá paga R$ 1.345. A justificativa é a dificuldade na contratação de docentes, considerando que os professores que já atuam teriam que aplicar menos aulas. A Undime, órgão representante dos secretários municipais de Educação informou que os gestores das capitais citadas procuram dar cumprimento à Lei, mas esbarram na deficiência de verbas.
sexta-feira, 16 de agosto de 2013
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