Meu Deus, meu guia.

Gosto de desafios. Apesar de ser muito medrosa e insegura, gosto de sentir que meus limites estão sendo testados ao máximo possível, e foi isso que me motivou a iniciar as aulas de direção. Quem me conhece sabe que uma das coisas que mais me provoca pânico é trânsito, e até alguns meses atrás a ideia de dirigir me causava arrepios! Entretanto, a necessidade falou mais alto e aqui estou eu, mais um aprendiz sendo ultrapassado por todos enquanto tenta aprender a passar marchas, pisar em pedais e olhar retrovisores, tudo ao mesmo tempo, sem morrer ou matar alguém.

No meio de tudo isso, peguei-me a pensar em algo que gostaria de compartilhar com você, amigo leitor, algo que entendi ser um recado de Deus para mim e que, talvez, possa ser para você também. Em meio a todas as minhas dificuldades nas aulas de direção, pensei em como é bom e confortável ter sempre alguém que possa dirigir para nós. Alguém que assuma o volante e junto com ele a responsabilidade de levar-nos em segurança aonde queremos chegar. Tenho certeza que, se pudéssemos, todos nós teríamos motoristas particulares à nossa disposição e jamais precisaríamos ficar estressados por causa do caótico tráfego urbano de cada dia, e simplesmente descansaríamos durante a viagem, só curtindo a paisagem.

Cheguei à conclusão de que na vida também é assim. É sempre muito difícil e trabalhoso ter de lidar com situações de conflito, com problemas e adversidades, e tem momentos em que simplesmente gostaríamos que outra pessoa pudesse assumir o comando e resolver tudo em nosso lugar enquanto descansamos. A boa notícia é que existe alguém pronto para pegar as chaves do veículo em nosso lugar.

Temos um motorista profissional pronto para assumir a direção da nossa jornada, que nos conduz em segurança pelos caminhos da justiça, que nos leva a viajar às margens de águas tranquilas, que conhece os melhores trajetos e nos guia pelas estradas que possuem as melhores vistas. O problema é que, ao invés de nos deixarmos conduzir, insistimos em colocar as mãos no volante, ainda que não sejamos tão habilidosos na arte de dirigir nossas próprias vidas.

Por vezes tomamos decisões sem consultar o Senhor, sem deixar que Ele nos mostre qual o melhor caminho. Pegamos uma série de atalhos que não levam a lugar algum, cujo final é sempre morte e perdição. Teimamos em consultar nossos próprios mapas, em sentar atrás do volante e simplesmente saímos por aí, sem rumo, expostos a todos os perigos que esse mundo oferece. Fazemos questão de estar no controle, mesmo sabendo que não somos habilitados para isso. Que tal deixar Deus guiar? Por que não sentar no banco do carona e deixar nas mãos dEle as decisões, as escolhas, e simplesmente... descansar?

Dirigir não é uma tarefa fácil, não é brincadeira. E quando se trata da direção da minha vida, eu prefiro deixar que Deus assuma o comando, pois Ele sabe o que é melhor pra mim, Ele sabe o final de todos as estradas e me conduzirá em segurança por onde quer que eu vá.

Que Deus seja o meu e o seu guia, e que nossas vidas sejam uma viagem tranquila e segura.