sexta-feira, 14 de março de 2014

avesso do avesso


•Dia da Mulher
Hoje é o Dia Internacional da Mulher. Como dizem por aí que sou machista, chauvinista e retrógrado, certamente esperam alguma piadinha de mau gosto. Não terão. A mulher alcançou seu lugar ao sol (e muito mais do que as cozinhas de teto solar). E isso precisa ser louvado. No entanto, é preciso destacar que apesar de conseguir bons postos no mercado de trabalho, a mulher (especialmente a mulher solteira) ainda não conseguiu resolver uma equação: como educar os filhos e trabalhar ao mesmo tempo. Resultado: mais de 50% das mulheres que estão no mercado de trabalho são mães. E 82% se pudessem optar em trabalhar ou unicamente cuidarem dos filhos, ficariam com a segunda opção. Em pleno século XXI, não conseguimos conciliar trabalho e maternidade.

•Sobre 
mulheres feias...
Como é dia da mulher, convém também não esquecer as mulheres feias. Isso mesmo. Segundo o filósofo Luiz Felipe Pondé, as mulheres feias detestam mulheres bonitas. Homens com menos sucesso invejam homens de grande sucesso. E nenhuma sociedade pode mudar isso. E mais: a acusação de que toda mulher bonita seja burra é a esperança das feias, sua pequena vingança contra a beleza que não têm. Não é apenas o homem inseguro que teme a inteligência numa mulher bonita, as feias também temem. Elas, as feias, ficam, à noite ou pelos cantos do escritório, tramando como jogar sobre a bela e inteligente colega a suspeita de que a inteligência reconhecida no trabalho se deve à cama. Vale notar que, ao contrário do que as mulheres supõem, nem todo homem suporta muito tempo uma mulher burra, mesmo que bonita. Se for por uns 30 minutos, aí tudo bem.

•Sobre a música 
"Flor da idade"

Chico Buarque, com seu inigualável poder de composição, estava afiado quando da escolha das palavras da letra de sua música Flor da Idade: A gente faz hora, faz fila na vila do meio dia / Pra ver Maria / A gente almoça e só se coça e se roça e só se vicia / A porta dela não tem tramela / A janela é sem gelosia / Nem desconfia / Ai, a primeira festa, a primeira fresta, o primeiro amor.
Chama a atenção o uso das palavras tramela e gelosia. Não são de uso comum. Tramela é um ferrolho, que se gira em torno de um prego para fechar portas e janelas. Pode ser usado taramela, mas tramela é mais fácil de dizer e se prestou bem para o verso de Chico.
E gelosia? Esta é especial. Gelosia é "grade de fasquias de madeira cruzadas intervaladamente, que ocupa vão de janela" (Aurélio). Bem, isso nos remete às fasquias. O que é? Nenhuma surpresa. As fasquias são as ripas usadas para fazer o entrelaçado de madeira da gelosia. A origem da palavra gelosia é saborosa. Vem do árabe. A gelosia evita que quem está atrás da janela seja visto por quem está de fora.
Os maridos árabes, por ciúme, usavam esta janela nos quartos de suas mulheres para evitar que elas fossem vistas por outros homens. E papo vai, papo vem, gelosia ficou associada ao ciúme. Em italiano, o filme Pão, Amor e Ciúme se chama Pane, Amore e Gelosia. Ciúme é gelosia! Mas é claro. Vocês já devem ter percebido. Como é ciúme em inglês? Jealousy! Em francês: jalousie. Há também celocia…

CAUSOS & LOROTAS DA POLÍTICA
Essa história foi contada pelo comandante João Batista Oliveira Costa ao jornalista Hélio Pennafort, sobre um fato que presenciou no antigo aeroporto de Macapá.
"Aconteceu no dia 23 de janeiro de 1958, quando esperávamos o avião da Cruzeiro, na época um DC-3, que levaria para o Rio de Janeiro o corpo do deputado Coaracy Nunes, morto dois dias antes num desastre de avião no Carmo do Macacoari. Havia muita gente no aeroporto e a tristeza era geral. Quando o avião estacionou, o Jomar Tavares (que quando morou por aqui foi jogador, juiz e técnico de futebol) conversava com mais dois na minha frente. De repente ele se espantou ao reparar o prefixo do avião: PP-CCM.
Tomado de superstição, ele apontou para a aeronave, avisando a seus parceiros que muita coisa ruim poderia acontecer ao Território. É que já ouviu falar que coisa boa não acontece quando uma tragédia pode ser reproduzida por um grupo de letras que, coincidentemente, se tornem visível no momento.
E tornou a mostrar o prefixo do aparelho. "Não estou te entendendo, Jomar, que é que tem a ver o futuro do Território com o prefixo do avião", disse um dos amigos. Jomar segurou o amigo pelo braço e explicou: O prefixo do avião é PP-CCM, que em linguagem aeronáutica significa "Papa Papa - Charlie Charlie Mike", mas o diabo que pode significar também: PUTA PARIU - COARACY CAIU MACACOARI."

Nenhum comentário:

Postar um comentário

ARTIGO DO GATO - Amapá no protagonismo

 Amapá no protagonismo Por Roberto Gato  Desde sua criação em 1988, o Amapá nunca esteve tão bem colocado no cenário político nacional. Arri...