oiapoque

BR-156: Oiapoque pode ficar no isolamento mais uma vez

É principalmente em épocas de chuvas que a situação nas estradas piora. Sem manutenção, essas vias acabam oferecendo perigo a motoristas e isolando comunidades interioranas.

No Amapá, a BR-156 é a mais afetada durante o inverno. A rodovia tem 600 quilômetros que ligam a capital ao município fronteiriço de Oiapoque, habitado por cerca de 23 mil pessoas (Censo do IBGE), das quais 7 mil são indígenas. A população reclama da condição da via, que provoca atrasos em viagens que podem durar até 24h. Eles dizem que no verão a estrada permanece esburacada, e, na estação de chuva, a lama predomina, causando a interdição de vários trechos. Motoristas de ônibus que fazem linha para Oiapoque calculam que uma viagem para o município tem demorado mais de 24 horas, por causa dos atoleiros.

O trecho não pavimentado da BR-156, próximo ao município de Oiapoque, está em estado crítico. No km 80 todos os veículos estão atolando. De acordo com a Secretaria de Estado dos Transportes (Setrap), a manutenção da via é terceirizada. A empresa Etecon é a responsável pelo serviço. Os usuários calculam prejuízos com os veículos. São para-choques amassados, cofres quebrados,  eixos avariados, entre outras avarias. 

O mesmo evento ocorreu em 2013 na BR-156. Por esse motivo, a população de Oiapoque estuda a possibilidade de interditar a rodovia para chamar a atenção dos governantes. "Agora estamos saindo em comboio ao local mais uma vez para tentar passar", disse um motorista que leva carga para Oiapoque. 
Além do atoleiro na via, existe uma erosão que pode provocar a interrupção definitiva do tráfego, caso não haja manutenção.  Os usuários do trecho dizem que as viagens podem ou não ser completadas, o que dificulta o trabalho dos caminhoneiros que carregam mercadorias para abastecer o mercado local. O problema provoca inflação no comércio de Oiapoque. 

Porta de entrada

Ponte Binacional (Brasil/França) localizada no município de Oiapoque ligando a Guiana Francesa

Hoje por ser porta de entrada para a Europa e zona de fronteira com a presença de garimpo, a BR-156 é o caminho natural do desenvolvimento do estado.