Licitação

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Setrap:  adiamentos suspeitos

Um é pouco, dois é bom, três é demais. O que dirá então de quatro. Quando o número chega à casa dos quatro a coisa fica pra lá de suspeita. É o caso da licitação que está sendo realizada na Secretaria de Estado do Transporte-SETRAP, comandada pelo deputado estadual licenciado, Bruno Mineiro. Tá bom que mineiro é prudente, mas nesse caso os seguidos adiamentos do certame começa a cheirar mal e dar o ar de suspeição.
O certame na modalidade de pregão eletrônico teve o seu edital lançado no dia 16 de janeiro de 2014 e a abertura da proposta estava definida para o dia 4 de fevereiro o que não aconteceu em virtude de alterações no termo de referência. Sanado o vício a Comissão Permanente de Licitação remarcou a realização do certame para o dia 13 de fevereiro. Uma consulta feita por uma das empresas participantes sobre a letra "c" do item 13.4 - QUALIFICAÇÃO TÉCNICA-OPERACIONAL que não definia qual profissional deveria assinar a declaração de capacidade técnica da empresa. Texto do edital só se referenciava a "responsável técnico". A CPL fez a retificação e acrescentou que deveria ser um engenheiro mecânico ou naval.
A licitação então foi protelada mais uma vez e uma nova data foi marcada para a realização do certame, desta feita ficou consignado que seria o dia 28 de fevereiro. Desta vez o SETRAP afirmou que não constava da planilha de orçamento o valor do Óleo Diesel, apesar de a Planilha trazer a descrição do valor da locação de "ferry boad" com tripulação e insumos. Ora, óleo diesel é insumo, mas a desconsideração desse item foi razão para mais um adiamento, desta feita, a data marcada foi o dia 31 de março. A pergunta que se impõe é: será que vai acontecer?

Bem se vai ou não o tempo se incumbirá de responder, mas o que é fato nesse episódio é que mais uma licitação realizada no governo Camilo Capiberibe deixa um mau cheiro danado de favorecimento, direcionamento ou algo que o valha, pois é impossível que uma comissão permanente de licitação não consiga levar a efeito um certame sem maiores complexidades e consiga retardar um processo por um mês.

Enquanto a CPL do SETRAP bate cabeça com um edital, o povo que precisa do serviço de transporte de balsa no estado sofre com o péssimo serviço que é dispensado aos usuários. No rio Matapi, as balsas que permitem a travessia daquele rio que precisam chegar ao município de Mazagão virou uma verdadeira via crucies. Primeiro que o número de balsas que estão fazendo o serviço não e o que estipula o contrato. Ali deveria funcionar quatro balsas. Raramente funciona com duas, na maioria do tempo o serviço é feito por apenas uma, apesar da empresa receber pelas quatro balsas.