sexta-feira, 4 de abril de 2014

artigo

DOUTORES DAS ÁGUAS
Rubinho de Almeida Prado
Mauro de Almeida Prado

Francisco Leão Jr.

Solidariedade pelos rios da Amazônia

Da idéia de fazer uma expedição social médica à sua efetiva realização é necessário gastar tempo, dedicação e energia. O trabalho é duro, são muitas fases a serem superadas até a conclusão do mutirão.
O foco do atendimento seria nas carências mais básicas, mas que gerassem alto impacto na qualidade de vida desta população.
Para a estimativa inicial de cerca de 800 moradores ribeirinhos precisaríamos de 10 profissionais médicos em diversas especialidades.
Como a viabilidade financeira do projeto era a fase mais complexa, decidimos começar os contatos pelos clientes das expedições Pescaventura, que já conheciam a região e suas necessidades. A adesão ao projeto foi imediata. O reforço de amigos, empresas e fundações foi fundamental e consolidou definitivamente esta etapa.
Em 16 de abril de 2011 partia finalmente a primeira turma dos "Doutores das Águas", com cerca de 300 quilos de remédios na bagagem, acrescida de dezenas de óculos de leitura, centenas de brinquedos, talheres e copos para todas as famílias, além de muitas doses de vermífugo animal para tratar todos os cachorros destas comunidades.


O projeto kalua
A bordo do Kalua Barco Hotel cruzamos o encontro das águas brancas do rio Solimões com as águas negras do rio Negro e seguimos rio abaixo em direção ao rio Madeira, Canumã e finalmente Sucunduri e Acari, para o início de nossos trabalhos.
O sucesso dos Doutores das Águas I em 2011 foi tão grande e a realização tão gratificante que compensou todo esforço empenhado e nos deu a certeza de que continuaríamos navegando nestas águas. Começamos então a viabilizar os Doutores das Águas II, porque manter essa iniciativa era tão essencial como começá-la. Estamos tratando com seres humanos à margem da sociedade, num ambiente hostil, onde a natureza domina e determina os rumos de cada comunidade.
Desapontá-los seria um fracasso pessoal, e lembrar os agradecimentos sinceros, sorrisos abertos e abraços carinhosos eram mais que um estímulo para voltar, sendo um pedido, uma prece, uma súplica.
Resolvemos ampliar a rede de atendimento, não só para a bacia do Rio Madeira, como também para a bacia do Rio Negro. Desta forma, incorporamos uma dezena de vilas ribeirinhas, e a população atendida cresceu de 820 pessoas em 2011 para 1.207 em 2012.
A necessidade de profissionalizar essa iniciativa informal foi cada vez mais importante, e a criação de uma associação sem fins lucrativos, partidários, políticos ou religiosos se mostrou fundamental. Criamos então a ONG DOUTORES DAS ÁGUAS!
 A Edição 2014 do projeto começa em 04 de abril e percorrerá municípios amazonenes.

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