sexta-feira, 11 de abril de 2014

Camilo Multifaces

Quanto mais mentia, o nariz de Pinóquio crescia. Mas há quem supere o boneco de madeira esculpido por Gepeto na arte do embuste. É Multifaces, vilão que inferniza a vida de He-Man, super herói guardião do castelo de Greisku.
E se fundíssemos os dois personagens? Aí teríamos o supervilão da enrolação. Para os servidores públicos do Amapá, o governador Camilo Capiberibe encarna essa figura híbrida no mundo real.

A trajetória de Camilo Multifaces começou em 2010. Então deputado estadual, o filho do senador Capí rebelou-se contra a Lei nº 1465/2010 que define critérios para o reajuste salarial dos servidores públicos do Estado do Amapá e como de hábito ludibriou os servidores públicos do grupo gestão e como um embusteiro profissional reuniu os presidentes de sindicatos das categorias do serviço público e fez uma explanação sobre a impossibilidade de conceder o reajuste aos servidores, alegando que o limite prudencial entre o valor total da folha de pagamento e a limitação imposta pela lei de responsabilidade fiscal o impediria de cumprir a palavra dada quando era candidato ao governo do Amapá.
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Entenda o caso:
Em 2010 o governo do Estado concedeu reajuste ao grupo gestão contemplando apenas duas categorias. Agente de comunicação social e o grupo da infraestrutura e as demais categorias não foram alcançadas pelo reajuste. Na condição de deputado estadual e oposição ao governo, Camilo Capiberibe usou por várias vezes a tribuna da Assembléia  e blogs locais para denunciar o que ele chamava de “estelionato político” que o governo passado havia praticado contra os servidores públicos do grupo gestão.


 Na campanha eleitoral, na condição de candidato ao governo Camilo usou com uma das bandeiras de campanha a reparação dessa dívida. Eleito governador Camilo Capiberibe mudou a postura e aquilo que ele denominava de “estelionato político” passou a fazer parte do rol de preocupação do estado para que a folha de pagamento estadual não ultrapassasse o limite de 60% estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Lei Complementar 101/2000 da Presidência da República Art. 19. Para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituição, a despesa total com pessoal, em cada período de apuração e em cada ente da Federação, não poderá exceder os percentuais da receita corrente líquida, a seguir discriminados:

    II - Estados: 60% (sessenta por cento);
Até ai as preocupações do governador multifaces Camilo Capiberibe era algo palatável aos servidores e ele conseguiu enrolar os funcionários públicos por longos três anos e no quarto ano de mandato veio o golpe e ai os servidores conheceram quem é o verdadeiro “estelionatário político” Camilo, o multifaces, após muitas idas e vindas dos sindicalizados ao Palácio, a Seplan e a Sead em 2012 determinou a Mesa de Negociações do GEA estabelece um diálogo com os funcionário e concedeu o que os servidores adjetivaram de míseros 12% de reajuste diferenciados ao nível básico e se comprometendo que até 2014 resolveria de vez o problema e cumpriria a palavra dada em campanha.

Porém em 2013 mais uma medida paliativa do “esperto multifaces”. Determinou que a Secretaria de Administração juntamente com o Sindicato dos Servidores do Grupo Gestão Administrativa a elaborassem um Projeto de Lei que permitisse a análise do impacto do reajuste sobre a folha de pagamento do Estado. O estudo foi elaborado e com robustas e fartas informações sobre o orçamento, aumento orçamentário, valor de folha de pagamento e etc e o governador Camilo Capiberibe (como você pode ver na tabela ao lado) não tinha conhecimento desse trabalho muito bem elaborado e em reunião com os presidentes de sindicato fez o que lhe é de costume: mentiu. Num exercício de puro sofisma, multifaces levou os sindicalistas crerem que não tinha margem prudencial para promover o reajuste devido pelo estado e como fez isso? Emprenhando a Folha de Pagamento do Estado, inserindo valores fictícios nessa folha, como vocês podem constatar nas tabelas ao lado. O Sinsgaap provou por “A” + “B” ao secretário de planejamento, José Ramalho que os números do estado eram fictícios, criados de acordo com a conveniência do governador multifaces que diz o que não faz e faz o que não diz. Diante do desmonte da farsa a saída do governador multifaces foi simplesmente encarar a verdade e falar a aos funcionários públicos do grupo gestão administrativa. “Não vou dar o reajuste e ponto final.” A pergunta que se impõe é: quem é o estelionatário político?









Um comentário:

  1. Nesse caso não é o nariz do pinoquio que cresce, mas o sofrimento do povo amapaense. E que relembre de quanto foi enganado nos últimos quatro anos para não o reeleger.

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